O
presidente do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro, informou, por
meio de nota, que o inquérito da Polícia Federal sobre o caso UTC foi aberto há
cerca de dois anos e, imediatamente, “no intuito de colaborar com as
investigações”, quebrou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, prestando
os esclarecimentos solicitados.
O
ministro afirmou que, quando o relatório da PF foi concluído, preparou um
memorial e o entregou à Procuradoria-Geral da República. Oportunamente, disse
Carreiro, o documento será entregue ao Supremo Tribunal Federal.
“Aguardo
com muita serenidade o resultado das investigações pelo Ministério Público e
pelo Supremo Tribunal Federal, com a certeza de que tudo será esclarecido,
pois, da leitura do relatório, concluo que, se houve irregularidades na
licitação de Angra 3, estas ocorreram fora da esfera do TCU”, afirmou.
O
ministro do TCU Aroldo Cedraz, em nota de sua assessoria, reiterou “sua total
isenção, já demonstrada ao longo de onze anos de atuação como magistrado”.
“Suas ações sempre se pautaram pela ética, lisura e respeito aos princípios
republicanos. Caso seja instado a prestar esclarecimentos, ele o fará no âmbito
do devido processo legal”, disse o comunicado.
A
Polícia Federal apontou indícios de que Raimundo Carreiro e o também ministro
da Corte Aroldo Cedraz fariam parte de um esquema de corrupção para favorecer a
empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 na Corte.
Em
relatório conclusivo sobre a investigação, a delegada Graziela Machado da Costa
e Silva sustenta que as provas colhidas corroboram declarações de cinco
delatores da Lava Jato, que mencionaram pagamento de R$ 1 milhão ao advogado
Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, para que conseguisse influenciar o
julgamento do caso.
O
Estado enviou questionamentos na quinta-feira passada, 13, ao advogado Tiago
Cedraz. Na sexta-feira, 14, e nesta terça-feira, 18, sua assessoria informou
que estava providenciando uma manifestação para enviar à reportagem, mas não
houve resposta. O espaço está aberto para manifestações. (AE)
Quarta-feira,
19 de julho, 2017 ás 12hs30
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