Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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21 abril, 2017

PARA JUCÁ, PARAR INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO SIGNIFICA "PARAR A CALÚNIA"



 
Alvo de inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato, o senador Romero Jucá (RR), voltou a defender hoje a continuidade e a rapidez das investigações afirmando que "parar a Lava Jato hoje é parar a calúnia como está".

"Defendemos a Lava Jato e queremos rapidez na Lava Jato porque hoje todos estão sendo caluniados. Ou não. O que vai definir se é calúnia ou se é verdade é a investigação", disse o senador em discurso durante o durante o 16º Fórum Empresarial, que acontece em Foz do Iguaçu (PR).

"Então, parar a Lava Jato hoje é congelar a calúnia no estado em que ela está. Quem tem seriedade com o Brasil e quer passar a limpo este País quer a investigação", completou, afirmando que o país vive hoje um tempo de "facilidade" e "generalização" de acusação.

"Vivemos hoje um momento de crise política, que, sinceramente - e eu estudo história política, fui governador e tenho três mandatos como senador - e não vi uma crise como a que o país está vivendo", afirmou.

Ao defender a necessidade de aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, o senador peemedebista, líder do governo no Senado, disse que as investigações da Lava Jato "são questões tratadas no Judiciário" que "não vão paralisar o Congresso".

"As investigações são questões tratadas no Judiciário. Essas investigações e qualquer tentativa de qualquer setor não vão paralisar o Congresso Nacional, não vão paralisar o Senado da República e não vão paralisar o governo", disse, ele, afirmando que as reformas deverão ser aprovadas até julho.

Ao falar para a elite empresarial do país, Jucá definiu o governo como "uma janela de oportunidades", que, segundo ele, busca recuperar três pilares básicos perdidos nos governos petistas: credibilidade, segurança jurídica e previsibilidade.

O senador conclamou os empresários a apoiarem e cobrarem o governo. "Quero conclamar os setores brasileiros, e o empresariado é fundamental nisso, para que participem desse esforço. Não julguem, cobrem." (AE)
Sexta-feira, 21 de abril de 2017

MINISTROS DO STF DIVERGEM SOBRE AÇÃO QUE CONTESTA FORO PRIVILEGIADO
Após a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, marcar para 31 de maio o julgamento de ação penal que contesta o foro privilegiado, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou ontem que o Congresso deveria disciplinar o alcance do número de autoridades beneficiadas com a prerrogativa. Em Lisboa, o ministro Gilmar Mendes disse que o momento não é “oportuno” para decidir sobre o tema.

A discussão veio à tona em razão do impacto que o julgamento pode ter sobre o andamento da Lava Jato no Supremo. No dia 11 deste mês, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ministro Edson Fachin, relator dos processos da operação na Corte, instaurou 76 inquéritos para investigar políticos com foro privilegiado citados nas delações premiadas da Odebrecht.

Contrário ao foro privilegiado, Marco Aurélio disse desconhecer a proposta de seu colega Luís Roberto Barroso, que defende a restrição de foro no STF para políticos que tenham cometido crimes apenas durante o exercício do mandato.

“Vamos ver: se a proposição decorrer de simples interpretação do que já está na Constituição, nós poderemos atuar. Agora, não atuamos como legisladores positivos”, disse Marco Aurélio, ao chegar ao STF para a sessão plenária de ontem.

“O ideal seria realmente a disciplina da matéria pelo Congresso. Eu sou contrário à prerrogativa de foro por razões democráticas” afirmou o ministro. Segundo um integrante da Corte, ainda não há maioria para que o Supremo resolva dar um novo entendimento à extensão da prerrogativa.

‘Casuísmo’

Em Portugal, onde participou de evento da área jurídica, Gilmar criticou ontem o debate sobre foro privilegiado. “Não sei se é oportuno tentar fazer uma mudança casuística, diria quase macunaímica agora, aproveitando-se de que este discurso de que o foro é inadequado”, considerou.

Gilmar, porém, afirmou que o STF não corre “nenhum risco” de paralisia por causa do andamento da Lava Jato. Segundo ele, quando a Constituição foi elaborada, seus autores não imaginavam que haveria tanta investigação e práticas criminais em um ambiente político.

“Hoje, temos metade do Congresso, talvez algo mais, investigada no STF, então esse é um dado estatístico inescapável, não há o que discutir”, afirmou.

Em relação à celeridade dos julgamentos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, Gilmar afirmou que a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba trabalha em “condições especialíssimas” e disse que a comparação é “absolutamente imprópria”. “Ele só faz isso”, afirmou.

Questionado se a declaração se tratava de um elogio ou crítica a Moro, ele respondeu que não se referia ao juiz, mas às condições dadas pelo Tribunal Regional Federal (TRF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (AE)

Sexta-feira, 21 de abril de 2017

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