O Ministério Público Federal
(MPF/DF) pediu à Justiça que Cláudia Chater e Edvaldo Pinto sejam presos
preventivamente. Os dois estão detidos desde quarta (26), quando a PF deflagrou
a Operação Perfídia, que apura a atuação de uma organização criminosa na
prática de crimes como falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e evasão
de divisas. O pedido foi apresentado junto com uma ação penal contra Cláudia e
Edvaldo. Neste caso, o MPF/DF pede que eles respondam por falsificação de
documentos públicos e particular.
Segundo a investigação, Cláudia é
a líder do esquema que concedia passaportes brasileiros falsos a estrangeiros
de origens árabes. O MPF e a PF descobriram que todas as solicitações foram
feitas com a utilização de dados pessoais da advogada. Certidões de nascimento,
casamento, identidades e outros foram emitidos – em cartórios do Rio de
Janeiro, do Piauí e de outros estados – a partir da atuação direta de Edvaldo
Pinto, identificado como um dos principais parceiros da advogada nas ações
criminosas.
Início das investigações
A primeira ação proposta pelo MPF
foi enviada em 2016 e teve origem na prisão em flagrante do jordaniano Ismail
Suleiman Hamdan Al Helalat. Em interrogatório, o homem disse ter pago US$ 20
mil à Cláudia Chater para que providenciasse o passaporte brasileiro. A carteira de identidade e o título de
eleitor usados para a emissão do documento tinham números que pertenciam a
outras pessoas.
O Ministério Público cita a
existência de mensagens entre Cláudia Chater e Edvaldo Pinto, em que é possível
identificar o repasse de instruções para a obtenção, confecção e distribuição
de documentos públicos falsificados.
MPF pede que os acusados devem
responder por crimes e que devem ser considerados os critérios do chamado crime
continuado. Outro pedido é para que a Justiça determine pagamento de
indenização como forma de reparar os danos causados pela infração contra a fé
pública.
Sábado, 29 de abril, 2017 as 10hs00
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