Liberdade de expressão

“Ɖ fĆ”cil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressĆ£o”. Marechal Manoel LuĆ­s Osório, MarquĆŖs do Erval -15 de abril de 1866

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04 marƧo, 2017

TEMER CONVIDA MARIZ PARA SER ASSESSOR DE ASSUNTOS PENITENCIƁRIOS



Consultado pelo presidente Michel Temer, que o quer em sua equipe — na função de assessor especial para Assuntos PenitenciĆ”rios —, o criminalista AntĆ“nio Claudio Mariz de Oliveira deve passar o fim de semana estudando a proposta.

Até esta sexta-feira, porém, não parecia propenso a aceitar o cargo. Ele chegou a ser cotado para a Justiça, no lugar de Alexandre de Moraes.

Os dois se encontraram na noite de quinta-feira em uma sala na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista.

Durante mais de 1 hora, Temer deixou claro a Mariz que uma de suas prioridades Ć© encontrar soluƧƵes para o caos no sistema prisional — palco de atrocidades no inĆ­cio do ano no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte.

O presidente disse que a assessoria terÔ total independência e que darÔ ampla cobertura a medidas que Mariz entender necessÔrias. Com larga experiência na Ôrea, o criminalista é apontado como o nome certo para assessorar o presidente em temas penitenciÔrios.

Apesar de honrado com o convite, Mariz fez algumas considerações a Temer. Uma delas: ele teria de permanecer em Brasília por ao menos dois dias da semana, o que o levaria a deixar o tradicional escritório que mantém com 12 advogados. Como assessor, Mariz teria ainda de cuidar da estruturação do setor, ir atrÔs de recursos.

Não agrada o criminalista o fato de aceitar uma missão com prazo escasso para ser executada, menos de dois anos. Ele avalia que o tempo não seria suficiente para apresentar resultados. Outro detalhe que incomoda o advogado é que o cargo seria remunerado, o que ele não quer.

Na conversa com o presidente, o advogado pensou numa alternativa, como a criação de um comitê informal para planejamento e reforma do sistema penitenciÔrio, mas sem que ele tivesse vínculo com o governo.

Mariz disse que não pretende atuar como uma espécie de "conselheiro" do presidente para a política.

— Eu me disponho a ficar sempre do lado do Michel, conversar, dar palpites. Somos amigos hĆ” pelo menos 40 anos, mas ele nĆ£o comentou nada sobre isso comigo.

Segundo Mariz, o presidente foi incisivo e garantiu que estÔ muito preocupado com a situação nos presídios.

— NĆ£o podemos ficar inertes, aguardando a próxima tragĆ©dia.

O advogado disse ainda que "a sensibilidade do Michel Ć© total para o problema".

— Verifiquei uma grande preocupação do presidente em relação ao sistema penitenciĆ”rio brasileiro e um desejo expresso de encaminhar soluƧƵes, por entender que a situação nĆ£o pode perdurar. Ele entende que medidas prĆ”ticas tĆŖm de ser tomadas pelo governo, mas com efetiva colaboração de setores da sociedade. (AE)

SƔbado, 4 de MarƧo de 2017 Ɣs 12hs15

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