A
Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) fechou 2016 com lucro líquido de R$
3,4 bilhões, revertendo quatro anos consecutivos de resultados negativos e um
prejuízo de R$ 14,4 bilhões em 2015.
Os
dados, já encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), indicam que o
principal impacto positivo foi motivado pelo reconhecimento contábil referente
à Rede Básica Sistemas Existentes (RBSE – ativos de transmissão antes de 2000),
cujo efeito líquido – descontados os impostos – atingiu R$ 18,876 bilhões.
Segundo
o balanço encaminhado à CVM, os principais impactos negativos em 2016 foram
referentes aos prejuízos das empresas de distribuição, que totalizaram R$ 6,985
bilhões.
Também
causaram impacto negativo as provisões referentes ao valor recuperável dos
ativos a preços de mercado (impairment), somando R$ 2,886 bilhões, além do
contrato oneroso relativo à Usina Nuclear de Angra 3 (em fase de construção),
no total de R$ 1,350 bilhão.
A
nota encaminhada à CVM pela Eletrobras destaca ainda como responsáveis pelos
impactos negativos no balanço do grupo as provisões para contingências no valor
de R$ 3,994 bilhões, com destaque para o empréstimo compulsório; outros
impairments (excluindo Angra 3) de R$ 2,691 bilhões e também uma provisão para
perdas em investimentos de R$ 1,479 bilhão.
Receita operacional líquida de R$ 12,2
bilhões
No
último trimestre do ano, a estatal fechou com receita operacional líquida de R$
12,2 bilhões, resultado cerca de 55% maior do que o de igual período de 2015.
Em
2016, a Eletrobras agregou 1.465 megawatts (MW) a seu parque gerador e ampliou
e somou ao Sistema Interligado Nacional (SIN) mais de 1.766 quilômetros de
linhas de transmissão.
Por
outro lado, em 2016 o Ebitda da companhia (lucro operacional de caixa antes da
incidência de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,496
bilhões. Em 2015, este resultado havia sido negativo em R$ 10,7 bilhões.
Terça-feira,
28 de Março de 2017 ás 14hs30
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