A
Polícia Federal (PF) está nas ruas para a Operação “Tango & Cash”, 67ª fase
da Lava Jato, cumprindo 23 mandados de busca e apreensão, na quarta-feira
(23/10), que investiga a empresa Techint, fornecedora da Petrobras. O esquema
corrupto funcionou desde 2006, no governo Lula.
A
empresa, que teve R$ 1,7 bilhão bloqueados pela Justiça Federal, é suspeita de
haver pago propinas no valor de R$ 60 milhões para obter contratos na estatal.
O suborno equivale a 2% no valor de cada contrato.
Dois
ex-diretores da Petrobras receberam propina desse esquema: Renato Duque
(ex-diretor da área de Serviços, ligado ao PT e ao esquema do ex-ministro José
Dirceu) e Jorge Luiz Zelada (ex-diretor da área internacional).
Segundo
o Ministério Público Federal (MPF), ex-funcionários da Petrobras que receberam
propina são investigados por corrupção, enquanto os intermediários da Techint e
de duas empresas de consultoria são investigados por lavagem de dinheiro.
A
mobiliza uma centena de policiais para cumprir 14 mandados no Rio de Janeiro,
oito em São Paulo e um no Paraná, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Colaboração
internacional
A
produção de provas a partir de pedido da justiça da Itália para o
compartilhamento de provas e a transferência de investigação da Suíça, apoiadas
por depoimentos de colaboradores, estão na origem desta fase da Lava Jato.
Entre
as provas reunidas nesta investigação estão dados obtidos por meio da quebra de
sigilos bancários, fiscais, telefônicos e de e-mails etc.
A
denominação da operação deflagrada quarta-feira (23/10) se refere aos valores
da propina à dupla nacionalidade do cartel investigado, que é ítalo-argentino,
que chegou a ser formado por 16 empresas.
Velhos
conhecidos
As
propinas eram pagas por meio de offshores a ex-diretores e ex-gerentes da
Petrobras. Um deles embolsou US$9,4 milhões entre 2008 e 2013, e continuou
recebendo propina mesmo após sair da empresa, em 2012.
Dois
dos alvos desta fase da Lava Jato, Renato Duque e Jorge Luiz Zelada, são velhos
conhecidos do noticiário envolvendo corrupção nos governos do PT.
Preso
há 4 anos, Renato Duque e condenado a 104 anos de prisão por roubalheira
generalizada nos negócios da Petrobras durante o governo Lula. Em setembro
último, ele propôs um novo acordo de delação premiada.
Condenado
a 12 anos e 2 meses, Jorge Luiz Zelada já havia cumprido 3 anos, 10 meses e 9
dias de prisão quando foi beneficiado por indulto e extinção da pena, com base
em decreto do ex-presidente Michel Temer. (DP)
Quarta-feira,
23 de outubro ás 10:00
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