A
Black Friday deste ano, marcada para a esta sexta (24), deve registrar um
aumento do número de queixas e consultas dos consumidores, segundo a Fundação
Procon de São Paulo. O motivo é o maior número de empresas participantes e dos
mais variados setores: da loja tradicional a prestadores de serviços, como
bancos, imobiliárias, por exemplo. Essa também será a primeira Black Friday
após a recessão, o que, em tese, amplia o apetite do consumidor pelas compras.
“Em
2013, a Black Friday era praticamente o comércio eletrônico”, lembra o
supervisor de Fiscalização do Procon-SP, Bruno Stroebel. Em 2013 foram
realizados 641 atendimentos pelo órgão. Em 2016, subiu para 2.040 registros. No
ano passado, as principais queixas dos consumidores estavam concentradas em
pedido cancelado sem justificativa, seguido por produto ou serviço anunciado
indisponível. A maquiagem de preço ou falso desconto, que liderou o ranking das
queixas no ano retrasado, caiu para quarta posição no evento de 2016, com 8,7%
das queixas.
Esperamos
que maquiagem de preço tenha uma participação ínfima neste ano”, diz Stroebel.
Segundo ele, as lojas e os prestadores de serviços sabem que essa prática é
muito mal vista. “E todo mundo está de olho: o Procon está monitorando os
principais sites nos últimos 60 dias. ” Além disso, ele observa que, a
disseminação muito rápida de informação pelas redes sociais dificulta o falso
desconto.
Recomendações
A
principal recomendação do supervisor de Fiscalização do Procon-SP ao consumidor
para que ele não seja enganado com promoções falsas é pesquisar com
antecedência o preço do produto ou serviço desejado.
“Pesquisa
é essencial”, diz Stroebel. Na sua avaliação, as lojas querem que a compra
ocorra por impulso. “Se o consumidor sabe qual o preço do produto que pretende
adquirir, ele faz um melhor negócio”, diz. Outro ponto importante é documentar
a pesquisa, imprimindo a página do site onde consta o preço do produto. Com
isso, há provas para questionar a veracidade da oferta.
O
supervisor de fiscalização do Procon-SP lembra também que é importante observa
o custo do frete. Em eventos passados, houve problemas de mercadorias cujo
preço pelo serviço da entrega era desproporcional em relação ao valor do
produto. Pesquisar a reputação das lojas também é recomendável. No site do
Procon-SP, existe uma lista com 519 sites não recomendados. Parte deles ainda
está no ar, alerta Stroebel.
Um
aspecto que pode gerar queixas neste ano é o grande número de lojas hospedadas
dentro de outras lojas (market place). Nestes casos, se houver algum problema,
a responsabilidade é dividida entre a loja que vende o produto e a dona do
market place. “No market place a responsabilidade da venda é solidária”, diz o
supervisor.
Guerra
A
partir desta quinta-feira, 23, às 19h, o Procon-SP, montará uma operação de
guerra. Seus técnicos estarão de plantão na Região Metropolitana de São Paulo e
em oito cidades do Estado para atender ao consumidor pelo site, telefone e
redes sociais. (AE)
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