A
prévia de novembro da inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), desacelerou ligeiramente ao fechar em 0,32%,
resultado 0,02 ponto percentual inferior ao de outubro. Em novembro de 2016, o
IPCA-15 havia sido de 0,26%.
Os
dados relativos ao IPCA-15 foram divulgados nesta quinta (23) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA-15 acumula alta de
2,58%, inferior aos 6,38% do mesmo período de 2016 e o menor acumulado para um mês de novembro desde
o índice de 1,52% registrado em 1998.
O
acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,77%, acima dos 2,71% registrados nos
12 meses imediatamente anteriores.
Apesar
da ligeira desaceleração nos preços em novembro, a inflação continua sendo
pressionada pela alta da tarifa de energia elétrica, que fez com que o grupo
habitação, com alta de 1,33%, fosse o que exerceu o maior impacto individual no
índice do mês.
Com
variação de 4,42% e 0,16 ponto percentual de impacto na taxa mensal, as contas
de luz responderam por metade do IPCA-15 de novembro. “O novo valor do patamar
2 da bandeira vermelha entrou em vigor no dia 1º de novembro e passou a
adicionar R$ 5 para cada 100 KWh consumidos. Com isso, o item ficou entre o
1,12% registrado na região metropolitana de Fortaleza e os 21,21% de Goiânia”,
constatou o IBGE.
Os
números indicam que também o preço do gás de botijão, que subiu 3,3% em razão
dos aumentos decorrentes da nova política de preços da Petrobras continuou a
exercer pressão sobre o grupo habitação e teve impacto de 0,04 ponto percentual
no IPCA-15 do penúltimo mês do ano. Em 5 de novembro, a Petrobras reajustou o
preço dos botijões de 13 quilos nas refinarias em 4,5%, em média.
No
grupo transportes, houve aumento de 0,27%, também influenciado pela alta
autorizada pela Petrobras para a gasolina, que variou nesta prévia de novembro
1,53% e exerceu impacto de 0,06 ponto percentual no resultado final do IPCA-15.
O preço do etanol também exerceu pressão sobre a prévia de novembro. Ao subir
2,78%, exerceu impacto sobre a taxa de 0,03 ponto percentual.
Nos
demais grupos de produtos e serviços pesquisados, destacam-se os artigos de
residência, com deflação de 0,35%, em razão da queda de 1,19% nos preços dos
eletrodomésticos. O grupo alimentação e bebidas apresentou queda de 0,25%.
Regiões metropolitanas
Entre
as nove regiões metropolitanas e os dois municípios abrangidos no levantamento
do IPCA-15, apenas duas fecharam com resultado acima da média nacional de
0,32%: São Paulo, com alta de 0,44%; e o município de Goiânia, que ao registrar
taxa de 1,62% ficou com a maior prévia da inflação de novembro.
As
outras sete regiões fecharam a prévia com taxas abaixo da média nacional, com
destaque para Fortaleza e Salvador, ambas com deflação: -0,05% e -0,03%,
respectivamente.
Prévia
da inflação oficial do país, o IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA (a taxa
oficial), mas com periodicidade e abrangência regional diferentes. Vai da
primeira metade do mês anterior ao da divulgação da taxa aos primeiros 15 dias
do mês de referência e abrange nove regiões metropolitanas e dois municípios,
enquanto o IPCA envolve um total de 13 regiões. (ABr)
Quinta-feira,
23 de novembro, 2017 ás 12hs00
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