O
presidente Michel Temer mandou derrubar a campanha que iria comparar a sua
gestão à vitoriosa seleção de Tite. As ameaças do atual técnico da seleção
brasileira e do ex-técnico Felipão, que seria comparado a ex-presidente Dilma
Rousseff, de processar o governo se fossem mencionados pesou na decisão.
“Se
a campanha usar o nome do treinador, ou mesmo sua imagem, de forma pejorativa,
ele responderá pública e judicialmente contra o governo Temer. Mas ele vai se
manifestar somente depois do lançamento da campanha publicitária do governo.
Não tem como fazer isso antes de a peça ir para o ar”, informou a assessoria de
comunicação de Felipão, que atua na China.
A
expectativa do governo era lançar uma campanha completa, que seria veiculada
nos meios tradicionais (jornais, revistas, outdoors) e digitais (sites,
Twitter, Facebook, Instagram). Na peça apareceria a imagem do ‘gaúcho da copa’,
que ficou famoso ao chorar na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha. Ele
morreu em 2015.
A
campanha era inspirada na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha e na
reviravolta do time com a mudança do técnico. A ideia é sugerir que Dilma é o
Felipão; Temer o Tite.
Ontem,
ao decidir por enterrar a campanha, auxiliares de Temer lembraram que o senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), atual inimigo do presidente, disse, em 4 de abril,
que o “governo, como está, parece a seleção do Dunga, queremos a seleção do
Tite para dar a orientação”. Já Dilma
havia dito, em 1° de julho de 2013, antes do 7 a 1, que seu governo era “padrão
Felipão”. As menções reforçaram a decisão do governo de desistir da campanha.
(AE)
Quarta-feira,
25 de outubro, 2017 ás 12hs00
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