O
ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
encaminhou para a presidente da Corte, Cármen Lúcia, o pedido de abertura de um
novo inquérito contra o presidente Michel Temer, desta vez relacionado a
supostas irregularidades na edição de um decreto que facilitou investimentos
privados nos portos.
Caberá
a Cármen Lúcia fazer a redistribuição do inquérito. Fachin entendeu que não há
relação do caso com a Lava Jato e pediu seu encaminhamento para outro
integrante da Corte. O novo relator terá de decidir sobre a abertura do
inquérito.
As
suspeitas sobre Temer em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a
partir de uma conversa com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)
interceptada pela PF em maio. Loures, que foi assessor da Presidência, estava
grampeado. Na conversa, Temer diz que assinaria o Decreto dos Portos na semana
seguinte.
Depois
da conversa, Loures passou informações por telefone a Ricardo Mesquita, então
integrante do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais
Portuários e diretor de empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.
Quando
a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura do inquérito, o Planalto
informou que não comentaria. A Associação Brasileira dos Terminais Portuários
disse que Ricardo Mesquita "jamais foi autorizado a falar em nome da
associação". Mesquita e a defesa de Loures não foram localizados. (AE)
Sexta-feira
08 de setembro, 2017 ás 0hs 30
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