O
presidente Jair Bolsonaro elogiou quinta-feira (13/06) o trabalho do ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante sua atuação como juiz da
Operação Lava Jato. “O que ele fez não tem preço. Ele realmente botou para
fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à
corrupção”, disse Bolsonaro em conversa com jornalistas após cerimônia no
Palácio do Planalto.
No
último dia 9, o site de notícias The Intercept Brasil divulgou trechos de
mensagens atribuídas a Moro e a membros da força-tarefa da Lava Jato, que
apontam para uma “colaboração proibida” entre o então juiz federal responsável
por julgar processos decorrentes da operação em Curitiba e os procuradores, a
quem cabe acusar os suspeitos de integrar o esquema de corrupção. Para
Bolsonaro, houve "uma invasão criminosa".
“Ele
[Moro] faz parte da história do Brasil. Vazou [a conversa]? Se vazar meu aqui,
tem muita brincadeira que faço com colegas que vão me chamar de novo de tudo
aquilo que me chamavam durante a campanha. Houve uma invasão criminosa, se é
que o que está sendo vazado é verdadeiro ou não”, disse Bolsonaro. Questionado
se considera normal conversa entre juiz e procurador, o presidente respondeu:
"Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos, isso é
normal? Nós temos nos unidos do lado de cá. Ninguém forjou provas nessa questão
da condenação do [ex-presidente] Lula”, ressaltou ele, ao falar sobre o
processo julgado por Moro na primeira instância da Lava Jato, em Curitiba.
Sergio
Moro também nega qualquer irregularidade em sua conduta. Lula está preso desde
7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua
condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que
impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
Na
semana passada, o Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou que uma
tentativa de invasão do telefone celular do ministro tinha sido identificada,
motivando-o a deixar de usar a linha telefônica. A Polícia Federal instaurou
inquérito para apurar a denúncia. (ABr)
Quinta-feira,
13 de junho, 2019 ás 18:00
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