Jair
Bolsonaro consolida a reputação de um presidente cuja palavra não se escreve.
Aconteceu de novo na terça-feira (4/06), quando o Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), cuja maioria é de subalternos do presidente, ignorou sua
declaração pública favorável à venda direta de etanol aos postos. O CNPE
atendeu ao lobby dos distribuidores, que atuam como atravessadores para
encarecer o litro do combustível. A palavra do presidente não foi levada a
sério pelos próprios ministros, tampouco o Cade, a ANP e várias decisões
judiciais no âmbito federal.
O
CNPE consagrou uma mentira, ao decidir que venda direta depende de lei, quando
se trata de um ato da Agência Nacional do Petróleo.
A
decisão do CNPE, orientada pelo Ministério da Economia, premia o alto grau de
inadimplência e riscos de sonegação das distribuidoras.
Distribuidoras
mandam muito: a turma de Paulo Guedes as desonerou, mesmo sendo atravessadoras,
e aumentou impostos para o produtor.
Há
dois anos e meio bandeira do consumidor explorado, que perde dinheiro todo dia,
a venda direta foi postergada por mais 6 meses.
(GP)
Quarta-feira,
5 de junho, 2019 ás 11:00
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