O
presidente Jair Bolsonaro anunciou sexta-feira (21/06) o advogado e major da
Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Antonio de Oliveira Francisco
para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República. O militar, até
então, ocupava a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
Já
Floriano Peixoto Vieira Neto deixa a Secretaria-Geral para assumir a
presidência dos Correios, substituindo Juarez Cunha. Quinta-feira (20/06), o
titular demitido já havia informado em sua conta na rede social Twitter que se
afastaria do comando da estatal. Ele avaliou que sua gestão de sete meses à
frente da empresa teve um “saldo positivo” na recuperação da empresa.
Sobre
o major Francisco, Bolsonaro afirmou: “É uma pessoa que me acompanha há dez
anos. É uma pessoa afeita à burocracia. Desejo boa sorte e temos plena
confiança no trabalho dele”. O presidente classificou a ida de Floriano Peixoto
para os Correios como uma “missão”. “Temos plena confiança de que ele a
cumprirá a contento. É colega nosso acostumado a desafios”, disse.
Privatização
Em
relação à uma possível privatização dos Correios, Bolsonaro destacou que há sim
essa intenção, mas que, no momento, o trabalho de Floriano Peixoto será fazer o
“melhor possível” para que a estatal seja “motivo de orgulho para todos nós”. O
presidente destacou como tarefa avaliar o fundo de pensão da empresa, Postalis.
Currículos
Jorge
Antonio de Oliveira Francisco atuou no Congresso Nacional desde 2003 como
assessor parlamentar da PMDF, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e
também com chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP). Na atual gestão, havia sido nomeado para cuidar da subchefia de
assuntos jurídicos da Casa Civil.
Floriano
Peixoto Vieira Neto é general-de-divisão da reserva. Atuou em diversas funções
no Exército, como no comando do 62o Batalhão de Infantaria em Joinville (SC) e
na 5a Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília. Integrou ainda a
Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).
Articulação
O
presidente também respondeu a jornalistas sobre a troca na articulação
política, que foi retirada da Casa Civil e repassada ao general Luiz Eduardo
Ramos, nomeado para a Secretaria de Governo. Ele minimizou questionamentos de
que isso significaria um enfraquecimento do titular da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni.
“Tem
três ministérios aqui dentro que são fusíveis. Para evitar queimar o
presidente, eles se queimam. A função do Onyx é a mais complicada. Passamos a
Supar [Subchefia de Assuntos Parlamentares] para o Ramos e jogamos o PPI
[Programa de Parcerias de Investimentos] para o Onyx. Ele está fortalecido”,
pontuou.
Mensagens
vazadas
Perguntado
sobre novas mensagens envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e membros
da força-tarefa da Operação Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept
Brasil, Bolsonaro comentou que “não há certeza da fidelidade das mensagens
divulgadas ali”. “Tudo é possível. Acredito que ele se saiu muito bem no Senado
e saiu mais fortalecido do que entrou”.
Projeto
de lei
Em
pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que pretende enviar um projeto de lei
dando mais garantias jurídicas a militares e forças de segurança para
operações. “Se a força da lei estiver em campo, ela sempre estará certa. Para o
cumprimento da missão, todas as possibilidades podem ser empregadas, até mesmo
pelotão de drones. Não quero que policial esteja na linha de tiros”, sublinhou.
(ABr)
Sexta-feira,
21 de junho, 2019 ás 11:00
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