O
leilão da frequência 5G no Brasil deve ser feito até março de 2020, segundo o
presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Morais.
“O
edital deve ser lançado neste ano e a realização efetiva deve acontecer no
primeiro trimestre do ano que vem”, afirmou na quarta-feira (27/02).
Segundo
Morais, quatro faixas serão colocadas à venda. Duas delas na faixa dos 3,5 GHz,
as mais apropriadas para o 5G.
O
presidente da Anatel disse também que esse não será um leilão arrecadatório.
“Não trabalho com essa possibilidade. O [valor] que se gera com impostos depois
é muito maior do que com aquele momento do leilão.”
Morais
fez a ressalva de que isso não significa que pretendem doar espectros.
Nesta
semana, Morais participa do Mobile World Congress (MWC), principal evento de
tecnologia móvel do mundo, em Barcelona. Com a declaração sobre o leilão não
ser arrecadatório, ele vai ao encontro do que pedem as teles na feira.
Logo
na abertura do MWC, o presidente da Telefónica, dona da Vivo no Brasil, criticou
a abordagem de governos em relação à regulação de redes telefônicas para a
adoção do 5G.
“Os
governos estão usando o 5G para ganhar dinheiro a curto prazo em vez de
impulsionar a transformação digital que a sociedade e a economia exigem”,
afirmou.
As
empresas de telecomunicação têm no horizonte a possibilidade de estreitamento
do faturamento nos próximos anos. A executiva-chefe da singapuriana Singtel,
Chua Sock Koong, expressou a preocupação do setor com uma expectativa de
diminuição do crescimento das teles de 5% ao ano para 1% em 2025.
A
expectativa é que o 5G comece a chegar ao Brasil em 2021. A adoção em massa, no
entanto, deve ser lenta devido a desafios técnicos –assim como no resto do
mundo. Previsão da GSMA aponta uma adoção que começa a ser relevante em 2023.
(FolhaPress)
Quinta-feira,
28 de fevereiro, 2019 ás 07:50
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