O
general Joaquim Silva e Luna tomou posse Terça-feira (26/02) como diretor-geral
brasileiro da Itaipu Binacional, em cerimônia em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Silva e Luna substitui Marcos Vitório Stamm e terá mandato até maio de 2022. Ao
tomar posse, ele agradeceu a missão dada pelo presidente Jair Bolsonaro e
prometeu austeridade na gestão da hidrelétrica, além de foco na geração de
energia e no bom relacionamento com o Paraguai.
“As
novas tecnologias avançam, e o modelo do setor energético busca novas
alternativas que permitam inovação tecnológica para produção de energia com
segurança, menor custo operacional e tarifas mais baixas. Estaremos buscando
isso e a austeridade de todos os gastos”, disse o novo diretor-geral de Itaipu,
destacando o alinhamento com a binacionalidade da empresa.
Presente
ao evento de posse, Bolsonaro destacou a importância estratégica da Itaipu
Binacional para os dois países e a disposição de trabalhar em uma agenda comum
com o Paraguai, não só em energia, mas na construção de duas novas pontes entre
os dois países e em ações de segurança pública.
Antes
da cerimônia, Bolsonaro se encontrou com o presidente paraguaio, Mario Abdo,
que também participou da cerimônia em Itaipu. Em discurso, Abdo desejou uma
gestão bem-sucedida a Silva e Luna e ressaltou que as relações entre o Paraguai
e o Brasil devem ser apoiadas por valores e princípios, e não por interesses.
Desafios
Silva
e Luna comandará o lado brasileiro da usina em um momento relevante para a
binacional, às vésperas da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que
trata das bases financeiras e vence em 2023. A binacional do Brasil e do
Paraguai conta com orçamento anual de US$ 3,5 bilhões, dos quais 70%
destinam-se ao pagamento da dívida da construção, que será quitada em 2023,
incluindo juros e amortizações.
Outro
desafio do novo diretor-geral será dar continuidade ao processo de atualização
tecnológica das unidades geradoras da usina. O prazo previsto do trabalho é de
14 anos e o investimento, de cerca de U$ 660 milhões. As propostas comerciais
das empresas e dos consórcios interessados no trabalho devem ser apresentadas ainda
no primeiro semestre deste ano.
Pernambucano
de Barreiros, ex-ministro da Defesa e general da reserva do Exército, Silva e
Luna será o terceiro diretor com formação militar na direção do lado brasileiro
da empresa. O último militar brasileiro a dirigir Itaipu, de 1985 a 1990, foi
Ney Braga, precedido pelo general do Exército José Costa Cavalcanti, o primeiro
diretor-geral brasileiro de Itaipu (1974-1985), que participou de todo o
processo de construção da usina.
Também
foi empossado hoje como diretor financeiro executivo da empresa o
vice-almirante Anatalício Risden Júnior.
A
usina é recordista mundial de geração de energia, com mais de 2,6 bilhões de
megawatts-horas (MWh) acumulados desde o início de sua produção, em 1984. No
ano passado, a hidrelétrica abasteceu 15% do mercado de energia elétrica
brasileiro e 90% do paraguaio e recebeu mais de um milhão de turistas para
visitação. (ABr)
Terça-feira,
26 de fevereiro, 2019 ás 14:57
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