A
Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou na quarta-feira (7/02) um
levantamento comparando a carga tributária para empresas no Brasil e em outros
países. Segundo o estudo "A evolução histórica das alíquotas de imposto de
renda em diferentes países e as potenciais consequências para o Brasil",
feito em parceria com a Ernest Young, o Brasil está distante da média mundial
de tributação sobre a renda das empresas.
Enquanto
a média do imposto sobre a renda pago por empresas nos demais países é de cerca
de 22,96%, a alíquota no Brasil chega a 34%. O levantamento indica que, entre
2000 e 2016, a média dos impostos dos países da Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu de 32% para 23,98%. Já no Brasil
manteve-se inalterada nesse período.
A
CNI ressaltou ainda que, recentemente, Estados Unidos e Argentina reduziram a
taxação para empresas em seu território. Vale lembrar que mais impostos
significam menos investimentos e menos contratações.
“De
todos os países do mundo, apenas 30 têm alíquotas acima de 30%. O Brasil está
isolado. Concorrentes nossos, inclusive na atração de investimentos, como
Argentina, Estados Unidos, França e Japão, já reduziram suas alíquotas. Se não
fizermos a reforma tributária com redução da carga, nossas empresas que têm
investimento no exterior ficarão ainda menos competitivas”, declarou o
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A
entidade destacou também que as empresas brasileiras com investimentos no
exterior pagam à Receita Federal a diferença entre a alíquota dentro e fora do
país. Por exemplo, nos Estados Unidos, uma multinacional brasileira paga 21% de
imposto sobre a renda, assim como uma empresa canadense ou chilena. No entanto,
enquanto a tributação das empresas de outras nacionalidades se encerra no solo
norte-americano, a brasileira paga mais 13 pontos percentuais à Receita para
completar.
Quinta-feira,
08 de janeiro, 2018 ás 00hs05
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