Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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10 maio, 2018

Programa identifica fraudes e gera economia de quase r$ 1 bilhão aos cofres públicos

Segundo informações do Ministério do Trabalho, o sistema de Detecção e Prevenção à Fraude no Seguro-Desemprego (Antifraude), em dois anos, gerou a economia de cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Somente neste ano, até março, o volume de fraudes evitadas chega a aproximadamente a R$ 313,7 milhões. Os dados foram divulgados quarta-feira (9/5).
O Antifraude é uma solução encontrada para detectar indícios, conluios e riscos associados aos recursos do seguro-desemprego em todas as modalidades. “Esses recursos seriam levados por quadrilhas organizadas que, ao longo do tempo, fraudaram e roubaram o dinheiro dos cofres públicos, mas agora elas estão sendo identificadas e interceptadas, com o uso da tecnologia de ponta”, avaliou o ministro da pasta, Helton Yomura.

Para o ministério, o combate às fraudes, além de gerar economia, também dificulta a ação dos criminosos, "que passaram a migrar de uma modalidade de delito para outra, diante da eficiência do programa desenvolvido pela pasta".


Quinta-feira, 10 de maio, 2018 ás 18:00

Fux acha improvável súmula do STF para ampliar restrição ao foro, como quer Toffoli

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou quarta-feira (9/5) “ver muita dificuldade” em uma proposta de se ampliar a restrição ao foro privilegiado via a edição de uma súmula vinculante e que o mais adequado seria prestigiar o Congresso Nacional, a quem caberia debater o assunto.
“Acho que a melhor opção é uma deferência ao Legislativo”, disse Fux ao ser questionado sobre uma proposta apresentada nesta quarta-feira pelo ministro Dias Toffoli, que sugeriu ampliar para todas as autoridades com essa prerrogativa a restrição do foro privilegiado para deputados e senadores que foi decidida pelo plenário do STF.

Na semana passada, os ministros decidiram que somente devem tramitar no STF processos contra parlamentares que tratem de supostos ilícitos cometidos durante e em razão do mandato.

Toffoli propôs a edição de duas súmulas vinculantes pelo Supremo, segundo as quais a mesma restrição seria ampliada para todas as cerca de 38 mil autoridades que possuem algum tipo de foro privilegiado previsto na Constituição.

A súmula vinculante é um tipo de norma, expressa em um enunciado breve, que obriga todos os órgãos da Justiça a seguir determinado entendimento em seus julgamentos. Para vigorar, elas precisam ser aprovadas em plenário por ao menos oito ministros do STF.

Fux avaliou ser pouco provável que isso aconteça. “Vejo muita dificuldade em sumular algo que não foi submetido ao debate das partes”, afirmou o ministro, referindo-se às autoridades que seriam atingidas pela medida. “Acho que é necessário um julgamento de casos referentes a outras categorias para se chegar a uma conclusão global e a uma súmula”, acrescentou.

O ministro Ricardo Lewandowsky também indicou que a decisão do Supremo deve se restringir mesmo ao caso de deputados e senadores. “Nós decidimos apenas a questão dos parlamentares neste momento e mesmo essa questão será examinada por cada um dos gabinetes”, disse.


Quinta-feira, 10 de maio, 2018 ás 10:00

09 maio, 2018

Para 57,5% dos brasileiros, corrupção continuará a mesma ou vai aumentar


Levantamento Paraná Pesquisas revelou que 57,5% dos brasileiros acreditam que o número de escândalos de corrupção vai continuar o mesmo ou aumentar, mesmo após a prisão do ex-presidente Lula.

Em pesquisa realizada entre os dias 27 de abril e 02 de maio, em todo o território nacional, os eleitores foram questionados sobre as consequências da prisão do petista em relação aos demais políticos. Para 18,9% dos entrevistados, os políticos brasileiros vão aproveitar a prisão de Lula para se envolverem em mais casos de corrupção. Outros 38,6% acreditam que a prisão do ex-presidente não fará diferença e os políticos vão continuar se locupletando do dinheiro público em seu favor. A boa notícia é que 40,5% afirmaram que os políticos vão tomar mais cuidado para não se envolverem em casos de corrupção.

Quando questionados se perceberam alguma melhora no país após a prisão do ex-presidente, 66,00% dos eleitores responderam que nada mudou, 22,35% disseram que o país ficou ainda pior e apenas 9% perceberam alguma melhora.

Impunidade nunca mais

Em relação a punição dos políticos, 44,7% dos entrevistados consideram que a justiça vai aumentar a punição de políticos corruptos. Para 40,9% nada vai mudar no poder Judiciário e 10,4% acreditam que as recentes condenações e prisões devem diminuir.

O Paraná Pesquisas ouviu 2002 pessoas maiores de 16 anos em 154 municípios dos 26 estados e Distrito Federal entre os dias 27 de abril e 02 de maio de 2018.

O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2% para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o nº BR-02853/2018.


Quarta-feira, 09 de maio, 2018 ás 00:05

08 maio, 2018

Câmara instala na quarta, com 1 ano de atraso, a comissão da pec. do foro

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, marcou para esta quarta-feira (9), uma reunião para definir como e quando será instalada a comissão especial que vai tratar da restrição do foro privilegiado. Ele toma essa providência quase um ano depois de a Proposta de Emenda Constitucional PEC aprovada no Senado chegar às suas mãos, em 7 de junho de 2017.
Pelo regimento interno, após a chegada da PEC os líderes partidários têm prazo de 48 horas para indicar os membros da comissão, mas se não cumprirem o prazo o próprio presidente da Casa, de ofício, tem o dever de nomear seus integrantes. Nada disso foi observado.

A proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada no Senado Federal em 31 de maio do passado, e seguiu para a Câmara dos Deputados. Em dezembro, Rodrigo Maia criou a comissão especial, que será formada por 35 deputados, entretanto, os líderes partidários ainda não concluíram as indicações. Segundo o regimento da Câmara, nas PECs, os líderes têm o prazo de 48 horas para fazer as indicações de membros para colegiados, ou o presidente da Casa deverá fazê-lo.

A PEC  333/17 de autoria do senador Alvaro Dias (Pode-PR), acaba com o foro privilegiado em caso de crimes comuns para deputados, senadores, ministros de estado, governadores, ministros de tribunais superiores, desembargadores, embaixadores, comandantes militares, integrantes de tribunais regionais federais, juízes federais, membros do Ministério Público, procurador-geral da República e membros dos conselhos de Justiça e do Ministério Público. O foro só será mantido para os casos de crimes de responsabilidade, aqueles que são cometidos em decorrência do cargo público. Assim, todas as autoridades e agentes públicos responderão a processos iniciados nas primeiras instâncias da Justiça Comum.


De acordo com a proposta, o foro será mantido somente para os chefes dos três poderes da União, Executivo, Judiciário e Legislativo, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além do vice-presidente da República.

Para o autor da PEC, senador Alvaro Dias, o foro privilegiado é um “privilégio odioso” nos casos de crimes comuns, como por exemplo, corrupção passiva e peculato. "Estamos persuadidos de que a proposta reafirma e fortalece o princípio republicano, de que todos são iguais perante a lei", disse.

(Com informações Agência Senado)


Terça-feira, 08 de maio, 2018 ás 18:00

PF mira pagamento de propina de r$ 200 milhões ligado a operador do MDB

A Polícia Federal deflagrou nesta terça (8/5) a Operação Deja Vu, 51ª fase da Operação Lava Jato. As investigações apontam o pagamento de propina pela Odebrecht para obtenção de contratos em valores superfaturados junto à Petrobras. Segundo as investigações, o valor dos pagamentos chega a R$ 200 milhões e é referente a um contrato de US$ 825 milhões, firmado em 2010 pela Petrobras e a Odebrecht.
Três ex-funcionários da empresa petrolífera e três operadores financeiros, um deles ligado ao MDB, foram alvo dos mandados de prisão desta terça. Os mandados foram expedidos contra Mario Ildeu de Miranda; Sérgio Boccaleti; Ulisses Sobral Calile; Aloísio Teles Ferreira Filho; Rodrigo Zambrotti Pinaud; e Ângelo Tadeu Lauria.

O mecanismo utilizado para o pagamento das propinas é um velho conhecido da PF, por isso o nome da operação. O pagamento de percentual dos contraos obtidos pela Odebrecht para agentes públicos e políticos era feito por meio de repasses no exterior por empresas off-Shore e por movimentações no Brasil de recursos em espécie com intervenção dos operadores também já conhecidos da Polícia Federal.

Os agentes estão nas ruas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo para cumprir quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O objetivo é apreender elementos que provem a prática de crimes de corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, contra o Sistema Financeiro Nacional, de lavagem de dinheiro, entre outros. (Abr)


Terça-feira, 08 de maio, 2018 ás 11:00

07 maio, 2018

Audiências do processo de Lula envolvendo o sítio de Atibaia são retomadas

A Justiça retoma nesta segunda (7/5) as audiências do processo sobre o sítio de Atibaia (SP), em que o ex-presidente Lula é um dos réus. As testemunhas de defesa serão ouvidas por videoconferência de São Paulo e presencialmente em Curitiba.
Mais de 130 pessoas teriam sido arroladas pela defesa dos réus no processo. Entre elas está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-presidente Dilma Rousseff, que prestam depoimento como testemunhas de defesa de Lula.

O processo em que o petista responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro investiga se Lula recebeu propina da Odebrecht e da OAS por meio da aquisição do sítio e reformas no local que fica no interior de São Paulo. O ex-presidente foi denunciado nesta ação em 2017 e se tornou réu em agosto do mesmo ano.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), as reformas no sitío somariam R$ 1,02 milhão. Lula nega ser dono do local, que está no nome de sócios de um dos filhos do petista. Segundo o ex-presidente, todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita Federal.

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli recusou o pedido da defesa de Lula para suspender o processo contra o ex-presidente na Justiça Federal do Paraná e para enviar a ação para a Justiça de São Paulo. A tentativa da defesa veio após a Segunda Turma do Supremo retirar do juiz federal Sérgio Moro trechos da delação de ex-executivos da Odebrecht sobre Lula por entenderem que as informações não tinham relação com a Petrobras e, portanto, com a Operação Lava Jato.

Para o ministro, no entanto, a decisão de retirar do juiz as menções ao ex-presidente feitas por delatores da Odebrecht envolvendo o sítio e o Instituto Lula não discute sobre as competências de Moro para conduzir as ações penais contra o petista. Dias Toffoli afirma, em sua decisão, que o pedido ultrapassa o que foi decidido pela Segunda Turma do Supremo. (DP)


Segunda-feira, 07 de maio, 2018 ás 10:00

06 maio, 2018

Ministro afirma que Lula está inelegível, e que o ex-presidente sabe disso

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que o ex-presidente e atual presidiário Luiz Inácio Lula da Silva está inelegível e por isso não poderá disputar a eleição, como determina a Lei de Ficha de Limpa. "O próprio Lula, que é um animal político, sabe que sua candidatura é inviável", disse ele durante entrevista ao apresentador José Datena, veiculada na tarde deste sábado (5) pelo programa "Brasil Urgente" da TV Bandeirantes.
Sobre as críticas aos seus posicionamentos, em julgamentos, ele afirmou que o STF tem que ter coragem de manter posições contra o que a maioria da população deseja. "O indivíduo que me xinga ou xinga outros ministros se esquece que a polícia que bate na porta do político hoje, vai bater na porta dele também com truculência."

Gilmar Mendes considera necessário que o STF encontre junto com o Poder Legislativo uma forma adequada para restringir o foro privilegiado, legalmente denominado foo por prerrogativa de função.  "No STF os processos são acompanhados com total transparência, com escrutínio público. Mas se um desses processos descer para o interior de Pernambuco, por exemplo, ninguém irá acompanhar seu andamento."


As dificuldades de Joaquim

Para o ministro Gilmar Mendes, seu ex-colega de corte Joaquim Barbosa (PSB) "terá imensa dificuldade de dialogar com políticos", caso se candidate à Presidência da República. "Eu vejo o ex-ministro Joaquim Barbosa com imensa de dificuldade de atuar na vida política. Ele é certamente uma pessoa capaz e com bons propósitos, mas o vejo com imensa dificuldade de dialogar com políticos", lembrando que a vida política exige "flexibilidade".

"Sem dúvida nenhuma o ministro Joaquim tem qualificações para a função, mas a mim, me parece, que ele terá imensas dificuldades nesse diálogo”.


Domingo, 06 de maio, 2018 ás 00:05

05 maio, 2018

Lula completa neste sábado um mês no xilindró por crime de corrupção

Completa-se um mês neste sábado a prisão do ex-presidente Lula no cumprimento de sua condenação a 12 anos e 1 mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso que ficou provado do recebimento de propina de construtora OAS, na forma de um apartamento tríplex na praoa do Guarujá (SP), em troca de contrato no goerno federal. O ex-presidente ainda responde a outros sete casos de corrupção, igualmente graves.

Primeiro ex-presidente da República preso por crime comum, de corrupção, Lula tem atraído uma romaria de políticos oportunistas do chamado "campo de esquerda", na política brasileira, desmoralizados com a mais impressionante sequência de denúncias de roubalheira dos cobfres públicos da História mundial.

O início do cumprimento de pena tem custado caro aos cofres públicos, cerca de R$300 mil por mês, e principalmente à superintendência da Polícia Federal, onde o meliante se encontra recolhido. Essa situação afeta inclusive o psicológico dos policiais. Nesta sexta, um delegado federal perdeu a paciência e danificou equipamentos de som que nãoparam de propagar odes ao ex-presidente corrupto e xingamentos conyra quem o investigou, acucou, condenou e prendeu.

Tanto a prefeitura de Curitiba quanto entidades de classe de policiais e procradores já pediramà juíza de execuções penais para transferir o condenado para um local adequado ao cumprimento da sua pena, como um presídio ou a mesmo uma unidade militar. (DP)

Sexta-feira, 04 de maio, 2018 ás 10:00


04 maio, 2018

Cheiro de pizza no STF: 2ª turma pode favorecer ex-presidente presidiário


O ex-presidente Lula completa apenas quatro semanas preso neste sábado (5/5), do total de 12 anos e 1 mês de sua pena por corrupção e lavagem de dinheiro, mas já se percebe “cheiro de pizza” no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmam experientes advogados que atuam em tribunais superiores. É que a Segunda Turma do STF começa a julgar, a partir desta sexta (4) e até o próximo dia 10, em “plenário virtual”, um novo recurso que tenta livrar o ex-presidente Lula da prisão, e os ministros estariam "fortemente pressionados" a conceder o regime de prisão domiciliar para Lular.

Ao contrário da rigorosa Primeira Turma do STF, a Segunda Turma tem se caracterizado por decisões favoráveis a acusados na Operação Lava Jato, por meio dos votos dos ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que compõe a maioria. Os outros dois ministros da Segunda Turma são Edson Fachin e Celso de Mello.

Lula está preso na da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ao juiz Sérgio Moro, para o início da execução da pena de 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No recurso que será julgado, a defesa sustenta que a pena não poderia ser executada sem o esgotamento dos recursos no TRF-4, alegando que o Supremo autorizou as prisões somente após o trânsito em julgado segunda instância. Mas o TRF-4 considerou que os recursos estavam esgotados, apesar dos “embargos dos embargos”, consideradas medidas protelatórias.

Os ministros da Segunda Turma da Corte, responsável pelo caso, terão até as 23h59 do dia 10 de maio para decidir a questão no julgamento virtual. Contudo, o resultado poderá ser divulgado antes do prazo se todos os ministros anteciparem os votos. Integram a Turma os ministros: Edson Fachin (presidente), Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

Em geral, o julgamento em plenário virtual é usado para decisões sem grande repercussão e com entendimento pacificado. No entanto, a medida do ministro Edson Fachin, relator do caso, de enviar o recurso de Lula para julgamento não presencial foi entendida dentro do tribunal como uma forma de ganhar tempo. A maioria dos integrantes da Turma é contra o entendimento que autoriza a prisão após a segunda instância da Justiça.

Em março, a Turma também analisou outro recurso de Lula por meio eletrônico. O colegiado liberou acesso da defesa à uma parte da delação premiada dos publicitários João Santana e Mônica Moura.

Como será o julgamento virtual

No julgamento virtual, os ministros apresentam seus votos pelo sistema eletrônico sem se reunirem presencialmente. O plenário virtual funciona 24 horas por dia e os ministros podem acessar de qualquer lugar.

De acordo com as regras, a votação é aberta quando o relator (Edson Fachin) inserir no sistema o recurso e seu voto, que poderá ser visto pelos demais integrantes da Turma.

Depois, os demais ministros da Segunda Turma - Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Dias Toffoli - terão sete dias corridos (até o dia 10 de maio) para inserir suas manifestações no sistema eletrônico, quando dirão se acompanham ou não o relator, com ou sem ressalvas. A previsão é que o resultado seja divulgado no dia seguinte.

Se algum ministro não apresentar o voto até o fim do prazo, será considerado como voto com o relator.

Um pedido de vista pode ser feito a qualquer momento. Neste caso, a decisão vai para o julgamento presencial. (EBC)


Sexta-feira, 04 de maio, 2018 ás 00:05

03 maio, 2018

Supremo restringe foro privilegiado para deputados e senadores

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 3, restringir a prerrogativa do foro privilegiado de deputados e senadores. Houve divergência sobre o alcance da medida, mas prevaleceu posição de manter no STF somente os processos de crimes cometidos durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.

Com a decisão, deixam de tramitar no Supremo parte dos cerca de 540 inquéritos e ações penais em tramitação – caberá ao ministro-relator de cada um deles analisar quantos deverão ser enviados à primeira instância da Justiça por não se enquadrarem nos novos critérios.


O foro por prerrogativa de função é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.

Durante o julgamento, surgiram três posições. A que prevaleceu foi a apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso, de restringir o foro privilegiado de deputados e senadores aos crimes cometidos no exercício do mandato e relacionados ao cargo. Outros seis ministros aderiram a essa posição: Luiz Fux, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Celso de Mello, Rosa Weber e Marco Aurélio Mello.


Quinta-feira, 03 de maio, 2018 ás 18:00

Sem Lula, Bolsonaro lidera e Joaquim empata com Marina em 2º

Levantamento inédito do Instituto Paraná mostra que sem Lula o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) assume a dianteira na corrida ao Planalto.

Bolsonaro fica com 20,5%, seguido por Marina Silva (Rede-AC) e, em terceiro, Joaquim Barbosa (PSB-RJ), que aparece com 11%.

Com a margem estimada de erro de 2%, Marina e Barbosa estão tecnicamente empatados.

A pesquisa do Instituto Paraná ouviu, entre os dias 27 de abril e 2 de maio, 871 pessoas, em 137 municípios de 26 unidades da federação, nas cinco regiões do país.

 A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR 2853/2018

Veja os resultados da pesquisa do Instituto Paraná:

Jair Bolsonaro – 20,5%

Marina Silva –  12%

Joaquim Barbosa – 11%

Ciro Gomes – 9,7%

Geraldo Alckmin – 8,1%

Álvaro Dias – 5,9%

Fernando Haddad – 2,7%

Manuela D’Ávila – 2,1%

Michel Temer – 1,7%

Flávio Rocha – 1%

Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e Rodrigo Maia (DEM) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto cada.


Quinta-feira, 03 de maio, 2018 ás 00:05

02 maio, 2018

TSE determina que partidos devolvam cerca de r$ 13 milhões ao erário

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terminou a análise de 30 prestações de contas de partidos políticos relativas ao exercício financeiro de 2012. Dezenove contas foram aprovadas com ressalvas, duas foram desaprovadas parcialmente e nove foram desaprovadas. O total de devoluções soma cerca de R$ 13 milhões por 25 siglas.
A aprovação com ressalvas acontece quando são verificadas irregularidades de natureza formal, falhas ou ausências irrelevantes. A desaprovação ocorre em três casos: irregularidades que comprometam as contas; nos casos em que documentos e informações são apresentados parcialmente e de forma que não seja possível atestar a movimentação financeira do partido; e quando ficar comprovado que as informações declaradas não são verdadeiras.

Foram aprovadas com ressalvas as contas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a do Partido Socialista Brasileiro (PSB), a do Partido dos Trabalhadores (PT), a do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e a do Partido Ecológico Nacional (PEN).

Já as desaprovações ocorreram nas contas partidárias do Partido da Causa Operária (PCO), a do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), a do Partido da República (PR), a do Partido Popular Socialista (PPS), a do Partido Social Democrata Cristão (PSDC), a do Democratas (DEM) e a do Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB).

A sigla que fará a maior devolução será o PSDB, com R$ 5,4 milhões, seguido pelo PT (R$ 1,5 milhão). No ranking dos partidos que farão grandes devoluções aos cofres públicos estão ainda o DEM (R$ 1 milhão), PPS (R$ 1 milhão), PMN (R$ 922 mil) e PP (R$ 726 mil).

Confira quanto cada partido deve devolver:

PCdoB: R$ 180.250,41
PCB: R$ 87.255,33
PDT: R$ 184 mil
PSDC: R$ 3.168,96
PTB: R$ 368.573,18
PRP: R$ 55.291,14
PT: R$ 1,5 milhão
PCO: R$ 29 mil
PMN: R$ 922.703,76
PRB: R$ 7.422,66
PRTB: R$ 692.852,18
PSDB: R$ 5.442.512,46
PMDB: R$ 41.989,07
PSC: R$ 84.633,81
DEM: R$ 1 milhão
PP: R$ 726.631,76
PT do B: R$ 137 mil
PTN: R$ 87.208,62
PV: R$ 90.613,64
PHS: R$ 185.386,76
PPS: R$ 1.059.206,08
PTC: R$ 34.287,41
PSOL: R$ 216.405,73
PSB: R$ 81.929,54
PPL: R$ 57.619,45


Quarta-feira, 02 de maio, 2018 ás 10:00

01 maio, 2018

Juíza nega excursão de sindicalistas a Lula: 'são incabíveis'


A juíza Carolina Lobos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou na segunda-feira (30/4) o pedido de representantes centrais sindicais para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde se encontra desde o dia 7 de abril.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Intersindical, da União Geral de Trabalhadores (UGT) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores solicitaram o encontro para  quarta-feira (2/5).

A magistrada argumentou que o pedido não deveria sequer ser analisado, uma vez que caberia aos interessados ter feito o pleito junto à Polícia Federal. Ainda que fosse reconhecido o pedido, seria negado por serem “incabíveis as visitas pleiteadas”.

Visitas

A juíza Carolina Lebbos já havia negado diversos pedidos anteriormente. Dia 23, ela proibiu que a ex-presidente Dilma Rousseff e uma comissão de deputados se encontrassem com Lula. Os parlamentares tinham o objetivo de inspecionar as condições de detenção do ex-presidente.

Lebbos justificou as negativas afirmando que o tratamento dispendido a todos os presos no local é a permissão de visitas de advogados e familiares. A entrada de parentes vem sendo liberada, ocorrendo uma vez por semana.

A magistrada também indeferiu pedidos de visita do escritor Adolfo Esquivel, vencedor do prêmio Nobel da Paz, do teólogo Leonardo Boff, da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, do pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes e de uma comitiva de governadores.


Terça-feira, 01 de maio, 2018 ás 00:05

30 abril, 2018

Diante da omissão do congresso, stf discute o fim do foro privilegiado

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar na quarta-feira (2/5) o julgamento sobre foro privilegiado para deputados e senadores. Quando o julgamento foi interrompido, havia maioria de oito votos a favor do entendimento de que os parlamentares só podem responder a um processo na Corte se as infrações penais ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato. Caso contrário, os processos deverão ser remetidos para a primeira instância da Justiça.

A deliberação do STF ocorre em decorrência da omissão do próprio Congresso, que não vota projetos que tratam do tema. O julgamento começou no fim de maio de 2017 e foi interrompido por dois pedidos de vista dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, que será o próximo a votar. O relator, Luís Roberto Barroso, votou a favor da restrição ao foro e foi acompanhado pelos ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux e Celso de Mello. Faltam os votos de Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

De acordo com o voto de Barroso, o foro por prerrogativa dos deputados, previsto no Artigo 53 da Constituição, deve ser aplicado somente aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. O voto do ministro também prevê que o processo continuará na Corte se o parlamentar renunciar ou para assumir um cargo no governo após ser intimado para apresentar alegações finais.

De acordo com professor da FGV Direito Rio Ivar Hartmann, coordenador do projeto Supremo em Números, a restrição ao foro privilegiado pode permitir que os julgamentos de questões penais que, obrigatoriamente, devem ser julgados pelos colegiados da Corte, sejam mais céleres, diante da menor quantidade de ações. Segundo o professor, devido ao acúmulo de processos, a maioria das decisões do STF são tomadas individualmente pelos ministros.

"Na parte que decide colegiadamente há um gargalo muito sério, nas turmas e no plenário,como essas ações de inquérito com foro que são decididas colegiadamente, tirá-las afetaria positivamente o colegiado”, disse Hartmann à Agência Brasil.

Gargalo
Conforme o estudo Supremo em Números, o tempo de tramitação de uma ação penal em 2016 foi de 1.377 dias, tempo maior que o registrado em 2002, quando o processo era julgado em aproximadamente em 65 dias.

Entre 2012 e 2016, das 384 decisões tomadas em ações penais, a declinação de competência, quando o parlamentar deixa o cargo e perde o foro no STF, representou 60% dos despachos, enquanto as absolvições chegaram a 20%. Condenações ficam em apenas 1%.

O promotor de Justiça e professor de Direito Penal do Complexo de Ensino Renato Saraiva (CERS) Rogério Sanches Cunha explica que o foro por prerrogativa de função foi criado para punir crimes funcionais, mas, ao longo do tempo, deixou passou a ser um privilégio. “Nós banalizamos o foro. Temos mais de 50 mil pessoas com foro por prerrogativa de função", disse o professor.

Sobre as consequências da decisão da Corte, Sanches avalia que as investigações que estão em andamento no STF e que devem seguir para a primeira instância não serão iniciadas novamente e retomadas do ponto em que foram suspensas. Para o professor, os processos devem sofrer algum atraso, mas serão decididos bem mais rápido em relação aos que tramitam no STF. “Num primeiro momento, vai gerar atraso para os casos em andamento, mas será muito menor que o STF”, afirmou.

Lava Jato
Mesmo com a finalização do julgamento, a situação processual dos deputados e senadores investigados na Operação Lava Jato pelo STF deve ficar indefinida e as dúvidas serão solucionadas somente com a análise de cada caso. Os ministros terão que decidir se parlamentares vão responder, na própria Corte ou na primeira instância, às acusações por terem recebido recursos ilegais de empreiteiras para financiar suas campanhas.

Na avaliação do professor Hartmann, existem argumentos jurídicos relevantes a favor e contra a manutenção do foro para crimes cometidos para financiar campanhas. "Interpretar o caso de crime envolvendo financiamento de campanha é um caso onde eu consigo ver argumentações para os dois lados. Há argumentos no sentido de que não é em função [do mandato] ou até não é durante o mandato. Por outro lado, vejo argumentos possíveis no sentido de que a pessoa está usando as prerrogativas cargo para cometer esse crime", avalia.

O caso concreto que está sendo julgado pelo STF envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio (RJ), Marcos da Rocha Mendes. Ele chegou a ser empossado como suplente do deputado cassado Eduardo Cunha, mas renunciou ao mandato parlamentar para assumir o cargo no município. O prefeito respondia a uma ação penal no STF por suposta compra de votos, mas, em função da posse no Executivo municipal, o processo foi remetido para a Justiça.  Na última terça-feira (24), Mendes teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Segunda-feira, 30 de abril, 2018 ás 11:00

28 abril, 2018

Lula solto em dez dias

Anote a data, já pode até dar como certo: no próximo dia 10 de maio, até a meia-noite como prazo limite, a vacilante Corte da Segunda Turma do Supremo, com pendores a benevolência extrema fora dos autos, retira das grades o marginal Luiz Inácio Lula da Silva do PT – prontuário número 700004553820, recolhido por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha -, inaugurando assim a temporada do vale-tudo. Será a decantada esculhambação geral da República, com o sepultamento da Lava-Jato, mas não tem jeito. O trio do barulho, Toffoli, Lewandowski e Gilmar Mendes, a julgar por suas últimas piruetas hermenêuticas, vai conceder. Até a escultura de pedra da Justiça, que resguarda cegamente o Tribunal, sabe disso.

 Já na manhã seguinte, uma sexta-feira, pouco mais de um mês após ser conduzido de maneira espetaculosa a cumprir pena de 12 anos, o demiurgo de Garanhuns sai livre pela porta da frente de sua “cela” em Curitiba para deleite do lulopetismo e estupor geral. O novo destino será a prisão domiciliar, com medidas restritivas, inclusive à atividade política – se é que isso é possível no caso de Lula –, impedido de obter o registro no TSE para concorrer à sucessão presidencial. Pouca coisa diante dos delitos. Mas o show de esperneio vai continuar. O Partido insistirá na lorota do Lula candidato, apenas para constar. Acordo feito e sacramentado.

 O homem que já foi condenado em dois tribunais, por quatro juízes, que teve HCs negados inclusive no Supremo, que responde como réu em seis outros laudatórios processos de bandidagem explícita, que tripudia de investigadores, procuradores e magistrados, que aponta o STF como “totalmente acovardado”, que interfere e é capaz de qualquer coisa para obstruir as investigações da polícia, irá assumir de vez a condição de símbolo máximo da impunidade. Com o beneplácito da Segunda Turma, que não mede esforços na interpretação muito peculiar dos artigos, parágrafos, capítulos, incisos e alíneas da Lei, numa pajelança jurídica jamais vista.

Suprema humilhação constitucional.
 A Carta Magna é conduzida ao sabor das circunstâncias e dos nomes em julgamento. Foi dessa maneira que no impeachment de Dilma Rousseff o artigo 52 que determinava “perda do cargo, COM inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública” virou “sem inabilitação”, por mãos e obra de Lewandowski. O instrumento da vez é o recurso dos advogados da defesa de Lula que tenta derrubar a execução da prisão alegando mais um dos embargos, dos embargos, dos embargos protelatórios. O julgamento será virtual, realizado eletronicamente por cada um dos magistrados que vota sem a necessidade de sessão presencial. Os doutos juízes têm a partir das 18 horas do dia 4 de maio até o derradeiro minuto da quinta-feira 10, para se pronunciar. Alguma dúvida do veredicto? Eles são majoritariamente contra a prisão em segunda instância e estão fazendo de tudo para converter em letra morta a decisão colegiada já tomada em plenária do STF. Desassossego institucional que cada um deles causa sem pudores.

Dias atrás a mesma Segunda Turma surpreendeu o mundo jurídico tirando das mãos de Sergio Moro trechos da delação da Odebrecht que trata do sítio em Atibaia e de um terreno para o Instituto Lula, alegando que os desvios nada tinham a ver com as maracutaias praticadas na Petrobras. Foi golpe inacreditável na verdade factual. Só alguém completamente desinformado sobre as investigações em curso seria capaz de desconhecer os vínculos entre uma coisa e outra. Atribua-se a um apagão circunstancial de vossas excelências o esquecimento do “caixa geral de propina” que a empresa arquitetou para o pagamento de tais subornos e distribuição de vantagens em troca dos negócios escusos com a estatal do petróleo.

 O estarrecedor é que a mesma Segunda Turma já havia decidido por unanimidade, há menos de seis meses, que existiriam sim elos entre as duas pontas. A nova conclusão é ainda mais surpreendente diante do fato de que esse mesmo pedido foi negado por quatro vezes no mesmo processo, pela mesma turma, ao longo do ano passado. Com um agravo: o que estava em questão na discussão na terça-feira 24 era um mero embargo de declaração e nessas circunstâncias não é revisto o mérito. Os embargos se limitam a sanar dúvidas, inexatidões ou corrigir omissões sem a mudança de votos. O que os três ministros, Toffoli, Lewandowski e Mendes, enxergaram de novo para virar radicalmente o posicionamento é de um mistério semelhante ao das pirâmides do Egito. Vários juristas ironizaram avaliando a reviravolta como um gol de mão, em impedimento, após o tempo regulamentar. Tamanha incongruência que tende a colocar um malfeitor notório fora do xadrez, o nomeado chefe da quadrilha responsável pelo maior furto estatal de todos os tempos, por um lado expõe a fragilidade de convicções de vossas excelências. Por outro, reforça a impressão de um certo autoritarismo do judiciário, que tomou para si o papel de mandar e desmandar a reboque de interpretações distorcidas da Lei. Ao fazer e desfazer sentenças os ministros criaram um clima de incerteza e tumultos desnecessários e, de quebra, podem macular, irreversivelmente, suas próprias reputações. Um vexame.
(IstoE)


Sábado, 28 de abril, 2018 ás 14:00

Delegados sugerem serenidade a temer e dizem não admitir ameaças

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) reagiu às declarações do presidente Michel Temer (MDB), que afirmou, sexta-feira (27/4), sofrer “perseguição criminosa disfarçada de investigação”, ao comentar a revelação de que Polícia Federal apura indícios de que o presidente teria usado dinheiro de propina para reformar imóveis da família e teria ocultado bens em nome de terceiros. Em nota publicada, a ASPF sugere serenidade ao Temer, para que as manifestações comuns a investigados não se transformem em ameaças e pressão indevidas contra a Polícia Federal.
Ao demonstrar preocupação com o tom da reação de Temer ao vazamento das apurações de delegados federais, a ADPF reiterou que a instituição “não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes”.

A ADPF ainda defendeu a apuração de supostos vazamentos por qualquer das instituições que manuseiam os autos. E prometeu seguir vigilante, sem admitir pressões ou campanhas para desacreditar a atuação de delegados de Polícia Federal, na condução da investigação do presidente ou de qualquer outra apuração.

Leia a nota da ADPF:

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta preocupação com a entrevista do Presidente da República, Michel Temer, sobre as apurações de suposta prática de lavagem de dinheiro envolvendo a si e a seus amigos e familiares.

É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações. Entretanto, é necessária serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal.

A ADPF reitera que a instituição não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes. Vale destacar que, no caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal.

É fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional.

A ADPF defende a apuração de supostos vazamentos causados por qualquer das instituições que manuseiam os autos. A entidade seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos Delegados de Polícia Federal na condução dessa ou de qualquer outra investigação.


Sábado, 28 de abril, 2018 ás 00:05

27 abril, 2018

Aécio Neves depõe na polícia federal sobre propina da Odebrecht

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) prestou depoimento na quinta-feira (26/4) na sede da Polícia Federal, em Brasília, após ter sido intimado no inquérito em que é investigado pelo suposto recebimento de propina da construtora Odebrecht.
As investigações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a abertura de 76 inquéritos no ano passado pelo ministro Edson Fachin, com base nos depoimentos de colaboração premiada de ex-executivos da empresa. Fachin é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.

De acordo com a defesa do parlamentar, "todos os esclarecimentos" solicitados pelos policiais foram prestados por Aécio. Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron disse que os "próprios delatores" afirmaram nos depoimentos que as contribuições financeiras feitas pela Odebrecht às campanhas do PSDB "nunca estiveram vinculadas a qualquer contrapartida".

"Por se tratar de empreendimento conduzido pelo governo federal à época, ao qual o senador e seu partido faziam oposição, não há nada que o vincule às investigações em andamento", afirmou a defesa.

Em depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo disseram que o senador recebeu propina para atuar favoravelmente aos interesses da empresa (LINK). O objetivo, segundo os delatores, seria obter apoio parlamentar para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. (ABr)


Sexta-feira, 27 de abril, 2018 ás 00:05

26 abril, 2018

Ação contra Lula tem outras provas e fica em Curitiba, diz Moro

Em despacho expedido quinta-feira (26/4), o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, disse que a ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de receber vantagens indevidas por meio da reforma de um sítio em Atibaia (SP) tem mais provas, além das delações de executivos da Odebrecht. O caso permanece, por ora, em Curitiba, decidiu o magistrado. Apenas os depoimentos de diretores da Odebrecht foram retirados do processo, onde há outras provas abundantes sobre o sítio de Lula.

“Oportuno lembrar que a presente investigação penal se iniciou muito antes da disponibilização a este Juízo dos termos de depoimentos dos executivos da Odebrecht em acordos de colaboração, que ela tem por base outras provas além dos referidos depoimentos”, escreveu Moro no despacho, com o qual negou pedido da defesa para que o caso fosse remetido à Justiça Federal em São Paulo ou em Brasília.

O pedido da defesa foi feito após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado, na última terça-feira (24/4), o envio de acusações feitas por executivos da Odebrecht contra Lula, que estavam sob responsabilidade de Moro, para a Justiça Federal em São Paulo, onde os supostos crimes teriam ocorrido.

Em decorrência da decisão, os advogados de Lula entraram com uma petição para que não só as delações como também todo o processo fosse remetido à Justiça em SP ou em Brasília, onde Lula exerceu a Presidência da República à época dos fatos. Isso porque o ex-presidente não poderia ser julgado em duas jurisdições pelo mesmo caso, que não teria relação com desvios na Petrobras, afastando-se assim a competência de Moro, alegou a defesa.

No mesmo dia, o Ministério Público Federal (MPF) manifestou-se no processo, afirmando que a decisão do STF tem caráter “superficial”, não afetando a competência de Moro para julgar tanto o caso do sitio em Atibaia como um outro, no qual o ex-presidente é acusado de receber propina por meio da compra de uma nova sede para o Instituto Lula.

Para Moro, há “precipitação” de ambas as partes, pois a decisão do STF sequer foi publicada. “É certo que a decisão deverá ser considerada para a avaliação da competência deste Juízo para a presente ação penal, mas isso não é algo automático”, afirmou o juiz. Ele acrescentou que a questão da competência, de fato, pode ter sido afetada, mas será julgada no momento adequado em outro tipo de processo, já aberto pela defesa, chamado exceção de competência.

As ações sobre o sitio em Atibaia e a sede do Instituto Lula, em São Paulo, tramitam em separado da ação sobre o tríplex no Guarujá (SP), em decorrência da qual Lula foi preso no último dia 7. (Abr)


Quinta-feira, 26 de abril, 2018 ás 16:00

STF confirma para 4 a 10 de maio julgamento de recurso de lula



O julgamento virtual que vai analisar o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) para deixar a prisão será iniciado no dia 4 de maio. Na ação, a defesa de Lula pretende derrubar a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP). No início da semana, o relator do caso, ministro Edson Fachin determinou que o recurso seja julgado eletronicamente.

A partir das 18h do dia 4 maio, será aberto um prazo de uma semana que os ministros da Segunda Turma entrem no sistema e possam proferir seus votos. Encerrado o prazo, à meia-noite do dia 10 de maio, o resultado do julgamento será publicado. Dessa forma, não haverá reunião presencial para julgar o caso.

Em geral, o julgamento virtual é usado para decisões que não têm grande repercussão e que possuem jurisprudência pacífica. No entanto, a medida de Fachin foi entendida dentro do tribunal como uma forma de ganhar tempo. A maioria dos integrantes da Segunda Turma é contra o entendimento que autoriza a prisão após a segunda instância da Justiça.

Com a exceção de Fachin, os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli se manifestaram contra a medida em outros julgamentos sobre o mesmo tema, inclusive no habeas corpus em que a Corte negou pedido de Lula para não ser preso, no início do mês.

Na reclamação, a defesa de Lula sustenta que Moro não poderia ter executado a pena porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), segunda instância da Justiça Federal. Para os advogados, a decisão do Supremo que autorizou as prisões após segunda instância, em 2016, deve ser aplicada somente após o trânsito em julgado no TRF4. Os advogados também pedem que o ex-presidente possa aguardar em liberdade o fim de todos os recursos possíveis na Justiça. (ABr)


Quinta-feira, 26 de abril, 2018 ás 00:05

25 abril, 2018

PF pede transferência de lula para outra unidade prisional


A Polícia Federal pediu a transferência do ex-presidente Lula de suas dependências, em Curitiba, para "um estabelecimento prisional adequado para o cumprimento da pena". O petista foi preso no dia 7 de abril para cumprir 12 anos e um mês de prisão no caso triplex do Guarujá (SP).

Em ofício "urgente"endereçado à juíza Carolina Lebbos, da execução penal, os policiais afirmam que os transtornos causados pela presença do ex-presidente na carceragem da PF são inúmeros e os gastos para mantê-lo, muito altos.

De acordo com o documento, "tem-se uma perspectiva de gastos de aproximadamente R$ 300 mil" no mês com diárias de policiais, passagens e deslocamentos de pessoal de outras unidades para reforçar a segurança da superintendência.

Em cerca de quinze dias, já foram gastos R$ 150 mil em duas semanas, equivalentes a despesas de cerca de R$10 mil por dia só para manter o ex-presidente na sala em que se encontra, com banheiro quente, banheiro privativo e até TV..

Em sua terceira semana encarcerado na PF, a defesa do ex-presidente não pediu até aqui a remoção para uma unidade prisional próxima do domicílio, um direito previsto na Lei de Execução Penal.


Quarta-feira, 25 de abril, 2018 ás 00:05