Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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20 junho, 2020

AUMENTA PROCURA POR DIVÓRCIO DURANTE A PANDEMIA



A procura por divórcio tem aumentado durante o período de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19. Segundo a advogada da área de Família e Sucessões, Débora Guelman, o convívio intenso em virtude da quarentena tem sobrecarregado física e emocionalmente as famílias brasileiras.

“Esse isolamento social forçado pela pandemia aumenta o convívio entre os casais e justamente esse aumento do convívio gera conflitos. Por conta disso, a probabilidade de haver mais divórcios é muito maior”, disse Débora Guelman, em entrevista à Rádio Nacional.

A advogada afirma que cerca de 70% dos pedidos de divórcio são iniciados pelas mulheres, e a reclamação mais frequente é a tripla jornada. “Essas mulheres trabalham, cuidam dos filhos e cuidam da casa. Então, elas não aguentam relacionamentos machistas”, afirmou.

No Brasil há dois tipos de divórcios. No mais simples, chamado de “extrajudicial”, casais podem se separar de forma mais rápida, pelo cartório, amigavelmente. Já o divórcio judicial ou litigioso é realizado diante de um juiz e envolve questões mais complexas como falta de consenso entre o casal, partilha de bens, pensão e guarda de filhos.

“Se divorciar não é um processo rápido, pelo contrário. É um processo demorado e muito doloroso. Principalmente no aspecto emocional e no aspecto financeiro. Então, essa decisão de se divorciar envolve diversos fatores, que são impedimentos até para pessoa efetivar esse divórcio. Normalmente, a pessoa pensa por um ano e meio, até dois anos, antes de se efetivar o pedido”, explicou Débora Guelman.

Em Brasília, um grupo terapêutico formado por duas psicólogas e uma advogada foi criado para auxiliar mulheres que estão passando por esse momento. O grupo se reune por meio de uma plataforma online, com participação de três a seis pessoas.

“O isolamento causado pela pandemia acirrou os conflitos nas relações, mas, por outro lado, dificultou o acesso aos advogados e ao Judiciário; e a recursos essenciais em uma separação, como mudar de casa, por exemplo”, explicou a psicóloga Lívia Magalhães, uma das responsáveis pela condução do grupo.

O grupo reúne mulheres que passam pelo momento pós-divórcio e aquelas que ainda estão se preparando para tomar essa decisão.

“Muitas vezes elas não têm com quem compartilhar suas angústias, suas dores, não tem o conhecimento de outras para aprenderem, não tem o acolhimento de quem passou pelo que elas estão vivendo”, disse a psicóloga.

“O isolamento causado pela pandemia acirrou os conflitos nas relações, mas, por outro lado, dificultou o acesso aos advogados e ao Judiciário, e a recursos essenciais em uma separação, como mudar de casa, por exemplo”, completou.

Segundo Lívia Magalhães, depois do atendimento em grupo, as mulheres passam por uma escuta individual para orientações específicas.

“A posteriori do grupo, ofereceremos um plantão de acolhimento individual para essas mulheres entrarem em contato e para que possamos escutá-las na sua singularidade. Não é um dispositivo terapêutico. Mas um espaço para acolher alguma demanda ou sofrimento que por ventura o grupo possa ter desencadeado”, acrescentou a psicóloga. (ABr)

Sábado, 20 de junho, 2020 ás 13:00


14 abril, 2020

ARTIGO DO NY TIMES CONFIRMA QUE BOLSONARO ESTAVA CERTO: “O ISOLAMENTO HORIZONTAL MATA MAIS QUE A DOENÇA EM SI”



Médicos ouvidos pelo jornalista defendem isolamento apenas de idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — o restante da sociedade seria tratado normalmente como se trata uma gripe.

Thomas Friedman, um dos dos colunistas mais influentes do mundo, ouviu três médicos e escreveu o artigo mais contundente até agora sobre o risco do lockdown global se estender por muito tempo.

No texto, publicado no The New York Times, Friedman destaca que os políticos estão tendo que tomar “decisões enormes de vida ou morte, enquanto atravessam uma neblina com falta de informações com todos no banco de trás gritando com eles. ”

Eles estão fazendo o melhor que podem.

”Mas com o desemprego se alastrando pelo mundo tão rápido quanto o vírus”, alguns especialistas estão começando a questionar:

“Espera um minuto! O que estamos fazendo com nós mesmos? Com nossa economia? Com a próxima geração? ”

Será que essa cura [isolamento total] — mesmo que por um período curto — será pior que a doença [vírus chinês] em si?

Friedman diz que as lideranças políticas estão ouvindo o conselho de epidemiologistas sérios e especialistas em saúde pública.

Ainda assim, ele diz que o mundo tem que ter cuidado com o “pensamento de grupo” e que até “pequenas escolhas erradas podem ter grandes consequências”.

Para ele, a questão é como podemos ser mais cirúrgicos na resposta ao vírus de forma a manter a letalidade baixa e ao mesmo tempo permitir que as pessoas voltem ao trabalho o mais cedo possível e com segurança.

Friedman também cita um artigo publicado semana passada pelo Dr. John P. A. Ioannidis, um epidemiologista e codiretor do Centro de Inovação em Stanford.

No artigo, Ioannidis diz que a comunidade científica ainda não sabe exatamente qual é a taxa de mortalidade do coronavírus.

Segundo ele, “as evidências disponíveis hoje indicam que a letalidade pode ser de 1% ou ainda menor. ”

“Se essa for a taxa verdadeira, paralisar o mundo todo com implicações financeiras e sociais potencialmente tremendas pode ser totalmente irracional.

É como um elefante sendo atacado por um gato doméstico. Frustrado e tentando fugir do gato, o elefante acidentalmente pula do penhasco e morre. ”

Friedman também cita o Dr. Steven Woolf, diretor emérito do Centro Sobre a Sociedade e Saúde da Universidade da Virgínia, para quem o lockdown “pode ser necessário para conter a transmissão comunitária, mas pode prejudicar a saúde de outras formas, custando vidas”

“Imagine um paciente com dor no peito ou sofrendo um derrame — casos em que a rapidez de resposta é essencial para salvar vidas — hesitando em chamar o serviço de emergência por medo de pegar coronavírus.

Ou um paciente de câncer tendo que adiar sua quimioterapia porque a clínica está fechada”.

Friedman complementa: “Imagine o estresse e a doença mental que virá — já está vindo — de termos fechado a economia, gerando desemprego em massa”.

Woolf, o médico da Virgínia, afirma [no artigo] que a renda é uma das variáveis mais fortes a afetar a saúde e a longevidade:

“Os pobres, que já sofrem há gerações com taxas de mortalidade mais altas, serão os mais prejudicados e provavelmente os que receberão menos ajuda”

Há outro caminho? Pergunta Friedman.

Para ele, a melhor ideia até agora veio do Dr. David Katz, diretor do Centro de Prevenção e Pesquisa da Universidade de Yale e um especialista em saúde pública e medicina preventiva.

Num artigo publicado sexta-feira no The New York Times, o Dr. Katz diz que há três objetivos neste momento: salvar tantas vidas quanto possível, garantindo que o sistema de saúde não entre em colapso, “mas também garantir que no processo de atingir os dois primeiros objetivos não destruamos nossa economia e, como resultado disso, ainda mais vidas. ”


Katz diz que o mundo tem que mudar a estratégia de “interdição horizontal” que estamos empregando agora — restringindo o movimento e o comércio de toda a população, sem considerar a variância no risco de infecção severa — para uma estratégia mais “cirúrgica”, ou de “interdição vertical”.

“A abordagem cirúrgica e vertical focaria em proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, os idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais conhecidas como a gripe. ”

Katz sugere que o isolamento atual dure duas semanas, em vez de um período indefinido.

Para os infectados, os sintomas aparecerão nesse período.

“Aqueles que tiverem uma infecção sintomática devem se auto isolar em seguida, com ou sem testes, que é exatamente o que fazemos com a gripe.

Quem não estiver sintomático e fizer parte da população de baixo risco deveria voltar ao trabalho ou a escola depois daquelas duas semanas. ”

“O efeito rejuvenescedor na alma humana e na economia — de saber que existe luz no fim do túnel — é difícil de superestimar.

O risco não será zero, mas o risco de acontecer algo ruim com qualquer um de nós em qualquer dia da nossa vida nunca é zero. ”

*Diário do Brasil

Terça-feira, 14 de Abril, 2020 ás 11:00  


27 março, 2020

VÍRUS E BACTÉRIAS PODEM SOBREVIVER POR DIA NAS SOLAS DOS CALÇADOS



Na tarde de quinta-feira (26/03), divulgamos uma entrevista esclarecedora e anti-pânico do deputado federal e médico Osmar Terra.

Terra criticou as medidas restritivas de isolamento total:

“Com quarentena ou sem quarentena, a epidemia dura em torno de 12 semanas. Quarentena não resolve nada, ela não diminui um caso. Os casos vão acontecer independentemente da quarentena porque o vírus está dentro das casas, dentro das famílias”, disse.

Pois bem … num determinado trecho da entrevista, Terra foi enfático sobre os cuidados básicos de higiene (água+sabão constantemente) para evitar um possível contágio com o vírus chinês.

O médico também frisou o seguinte: “Tirar os sapatos quando for entrar em casa”

Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, também afirmou, em entrevista coletiva, que a prática é recomendável não apenas por conta do risco de contágio do novo coronavírus, mas também por uma questão de higiene.
Pois bem … no início desta noite, um importante noticiário norte-americano publicou o seguinte:

O coronavírus é conhecido por se abrigar em muitas superfícies não humanas, incluindo maçanetas, caixas de papelão e carrinhos de compras (aço inox).

Agora, para a surpresa de todos, infectologistas estão classificando os sapatos de “terreno fértil” para germes.

A especialista em doenças infecciosas Mary E. Schmidt alerta que o coronavírus pode sobreviver em solas de borracha, couro e PVC por cinco dias ou mais e sugeriu que os indivíduos usem sapatos que possam ser lavados na máquina.

Dependendo de quais materiais são usados ​​para se fabricar um sapato, o patógeno também pode permanecer por dias na parte superior.

O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas descobriu que o COVID-19 pode sobreviver em plástico por até dois ou três dias, o que significa que sapatos com componentes de plástico também são arriscados – embora essa não seja a preocupação principal de alguns médicos.

“A sola do sapato é o terreno fértil de mais bactérias, fungos e vírus do que a parte superior do sapato”, disse o médico de emergência Cwanza Pinckney.

Um estudo de 2008 realizado por microbiologistas da Universidade do Arizona constatou que a sola média contém cerca de 421.000 bactérias, vírus e parasitas.

No entanto, Pinckney nos lembra que muitos desses microorganismos “influenciam e nos permitem desenvolver imunidade”.

Então, de várias maneiras, eles poderiam (ou não) estar nos ajudando a ficar mais saudáveis.

A especialista em saúde pública Carol Winner diz que tirar os sapatos antes de entrar em casa é uma medida inteligente para qualquer pessoa:

“Se você puder deixá-los em sua garagem ou na entrada de sua casa, isso seria ideal” disse ela ao HuffPost.

“Você precisa esconder os sapatos das crianças pequenas para garantir que elas não os toquem … sapatos são os objetos mais sujos que temos em nossas casas, além dos banheiros. ”

Não há evidências para dizer que o coronavírus entra em nossas casas através dos sapatos … pragmaticamente, eles estão na parte do corpo mais distante do nosso rosto, e sabemos que o maior risco de transmissão é de pessoa para pessoa e não de sapato para pessoa … mas a prevenção continua sendo o melhor remédio”

Priscila Carvalho, do portal UOL, publicou quarta-feira (25/03) um importante alerta:

“Em primeiro lugar, não toque em nada ao voltar para casa e lave as mãos. É muito importante, sempre que retornar, começar higienizando os sapatos de forma correta. Ao chegar da rua, lave-os com água e sabão ou passe álcool gel em toda a superfície. ”

“Além disso, é fundamental deixar um único calçado para usar na rua e outro para usar dentro de casa. Dessa forma, é possível evitar a proliferação do vírus. ”

*Diário do Brasil

Sexta-feira, 27 de março, 2020 ás 12:00