Morreu na segunda-feira (24/01) o escritor e professor Olavo de Carvalho, aos 74 anos, em Richmond, na Virginia (EUA). A informação foi confirmada em uma nota de falecimento publicada no Twitter de Olavo.
O guru bolsonarista havia sido diagnosticado com Covid-19 e chegou a cancelar a transmissão de suas aulas online. Olavo fazia parte do grupo de risco para a doença.
“Nota de falecimento
Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (1947-2022)
Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”.
No último dia 9, havia surgido um rumor nas redes sociais de que o escritor teria morrido. A própria filha de Olavo, Heloísa de Carvalho, que cortou relações com o pai, escreveu que havia recebido a informação de que ele havia falecido.
“Acabaram de me falar que parece que o Olavão faleceu, gente eu não sei, não falo com absolutamente nenhum parente Carvalho”, escreveu Heloísa no Twitter.
No entanto, Paulo Figueiredo Filho, neto do general João Batista Figueiredo – que foi presidente entre 1979 e 1985 -, publicou em sua conta no Twitter que essa informação é falsa. Desde o início da pandemia, Olavo questiona a gravidade dela.
Negacionista
Em várias oportunidades, Olavo de Carvalho negou a ciência, diminuiu a gravidade da pandemia e da Covid-19, chegou a chamar o coronavírus de “vírus chinês”.
Em maio de 2020, ele escreveu: “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel.”
Ainda em abril de 2020, o escritor disseminou fake news ao insinuar que o coronavírus seria um “vírus chinês” e que não seria um acidente.
“Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade”, escreveu.
Em julho do mesmo ano, Olavo questionou quando conservadores parariam de usar o termo “pandemia” para se referir à pandemia de Covid-19. “Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?”, escreveu em seu Twitter.
Em janeiro de 2021, o escritor colocou em dúvida a mortalidade do coronavírus, que chamava de “moco ronga vírus”. “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, disse.
*IstoÉ
Terça-feira, 25 de janeiro 2022 às 12:42
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