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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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10 dezembro, 2022

ENCARGOS REPRESENTA QUASE A METADE DO VALOR DAS CONTAS DE LUZ

 

Estudo realizado pela consultoria PwC e pelo Instituto Acende Brasil mostra que, de cada R$ 100 que o consumidor brasileiro paga em sua conta de luz, R$ 46 são usados para bancar 11 encargos do setor elétrico e oito tributos federais, estaduais e municipais.

 

A lista de cobranças é, hoje, um dos principais fatores a puxar para cima o custo da energia, que poderá crescer ainda mais nos próximos anos devido a uma série de decisões políticas que foram empurradas sobre o setor pelo Congresso.

 

O levantamento se baseou em dados de 45 empresas do setor elétrico brasileiro, as quais representam cerca de 70% do mercado de geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia no País.

 

As informações consolidadas apontam que tributos e encargos setoriais recolhidos apenas por estas empresas analisadas chegaram, em 2021, a R$ 106,1 bilhões, ante R$ 95 bilhões recolhidos em 2020. Isso representa 46% da receita bruta operacional das empresas, que chegou a R$ 230,7 bilhões.

 

Na prática, o cenário mostra que quase metade das contas não remuneram os próprios agentes do setor, mas é usada para outros fins, muitas vezes sem qualquer relação com o setor elétrico. Em 2020, essa participação chegou a ser de 49,1%. A queda no índice deve-se, em linhas gerais, a uma ligeira redução da quota de rateio da chamada Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que funciona como um guarda-chuva de subsídios ao setor elétrico.

 

Quando as cobranças são observadas de forma segregada, a carga consolidada de tributos em 2021 chegou a 35,6% da conta, enquanto os encargos setoriais representaram 10,4% da receita bruta operacional das empresas do setor.

 

“Quando comparado ao ambiente de pandemia de 2020, o ano de 2021 foi marcado pela retomada da economia e por um período de preocupações acerca do abastecimento de energia para o setor produtivo do País. Apesar disso, notamos uma relativa estabilidade na participação dos tributos na cadeia de energia”, disse Vandré Pereira, sócio da PWC.

 

Em relação ao cenário previsto para este ano, há a expectativa de que o peso dos tributos tenha alguma redução, após a decisão que entrou em vigor em julho estabelecendo o teto de 17% para cobrança de ICMS em todos os Estados.

 

Segundo Mauricio Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e integrante do governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva, há expectativa de rever o peso de tributos e encargos a partir do próximo ano.

 

“O setor tem de chegar a um pacto, um acordo para resolver as questões em diálogo, porque o que acontece hoje é que cada setor e a gente tenta obter algo para si, tenta passar uma emenda, uma lei, e quem paga a conta é o consumidor. Vai chegar o momento em que essa conta vai ficar impagável, estamos chegando a esse ponto. Vai acabar todo o setor sendo afetado. Temos de buscar um pacto junto com o Congresso também”, disse ele ao Estadão.

 

Tolmasquim reconhece que, apesar da vontade política, a decisão depende de uma negociação direta com o Congresso. “Não é uma questão fácil e que possa se resolver numa canetada. São questões que dependem de uma negociação com o Congresso.”

 

O especialista diz que há subsídios pagos por todos os consumidores que “são necessários e legítimos”, mas que outros precisam ser reavaliados. “O carvão é um desses casos. Tem de se pensar se a gente deve continuar a subsidiar carvão”, afirmou ele.

 

A equipe de transição fez um levantamento do impacto financeiro de medidas tomadas pelo governo Bolsonaro sobre todo o setor elétrico, com consequências diretas na conta de luz do consumidor. A estimativa do relatório aponta para um rombo de R$ 500 bilhões nos próximos anos, ultrapassando a gestão petista, que vai até dezembro de 2026.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sábado, 10 de dezembro 2022 às 13:10


 

11 agosto, 2021

NOVO SURTO DE COVID-19 NA CHINA ATINGE SERVIÇOS, VIAGENS E HOSPEDAGEM

 

As restrições sociais mais rígidas adotadas pela China para enfrentar o surto de covid-19 mais recente, agora em sua quarta semana e envolvendo mais de uma dúzia de cidades, está atingindo o setor de serviços, especialmente viagens e hospedagens, da segunda maior economia do mundo.

 

A China evita lockdown totais em grandes cidades, como os vistos durante os primeiros dias do surto da doença na província de Hubei, para evitar paralisar completamente a economia.

 

"A onda atual leva à reimposição de medidas de distanciamento social muito mais duras, o que atingiria consideravelmente o transporte, o turismo e outros setores de serviço", disseram analistas em nota na quarta-feira (11/8).

 

"Agora acreditamos que uma recuperação plena do setor de serviços será adiada para o quarto trimestre."

 

Ding, que opera uma pousada de 15 quartos nas terras altas da província de Sichuan, no oeste chinês, afirmou que esperava uma taxa de ocupação de ao menos 80% nos finais de semana entre o fim de julho e o começo de agosto.

 

Devido às oito infecções locais detectadas em Sichuan, a taxa de ocupação é de 20% a 30%, disse ela à Reuters.

 

A China relatou 83 casos novos transmitidos localmente até 10 de agosto, informou a autoridade de saúde, o que eleva a 583 o número total de infecções novas da última semana.

 

Trata-se de um aumento de 85,1% no número total de casos locais em relação à última semana. A taxa quase não mudou em relação à disparada de 87,5% vista na semana anterior, que autoridades atribuem, principalmente, à variante Delta altamente transmissível.

 

A variante Delta já foi detectada em mais de uma dúzia de cidades, desde que os primeiros casos foram encontrados em Nanjing no final de julho, levando as autoridades a orientar os governos locais a superarem uma "frouxidão mental" em suas medidas de contenção e a acabar com as brechas em seus esforços de combate ao vírus.

 

Voos domésticos ainda têm permissão de partir de cidades que relatam casos, exceto os que saem de Nanjing, Yangzhou e Zhangjiajie, mas aviões e trens que chegam a Pequim, procedentes de áreas onde casos foram relatados, foram interrompidos.

 

A China relatou um total de 94.080 infecções desde que o novo coronavírus surgiu na cidade central de Wuhan, no final de 2019. (Reuters)

Quarta-feira, 11 de agosto, 2021 ás 12:47


 A pandemia ainda não acabou, é preciso continuar com os protocolos de segurança e tomar as vacinas necessarias, proteja-se!

02 junho, 2020

O CAVALEIRO DE ARUANDA CONTRARIOU CONSELHOS DE ASSESSORES E ALIADOS, AO PARTICIPAR DE ATO NO DOMINGO




Apesar de aconselhado por assessores a não comparecer, o Caudilho foi ao ato do último domingo (31/05) e contrariou até aliados, que avaliam negativamente para o próprio governo a manutenção do clima de confronto no país neste momento.

No ato, manifestantes reivindicaram medidas antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.

 Segundo interlocutores do presidente, ele recebeu de assessores o pedido para que não estivesse presente nos protestos, liderados por grupos Bozistas na busca de contribuir para baixar a temperatura da crise política, principalmente no relacionamento com o STF.

Nos últimos dias, auxiliares diretos do presidente procuraram, nos bastidores, ministros do STF para tentar estabelecer um clima de paz entre Executivo e Judiciário, diante da piora da tensão entre os dois poderes depois da operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes contra grupos Bozistas que disseminam informações falsas.

 Contrariando seus assessores e aliados no Congresso Nacional e no Judiciário, presidente não só sobrevoou o local das manifestações como depois circulou demoradamente entre os manifestantes. Com isso, na avaliação desses interlocutores que o apoiam, o presidente criou mais dificuldades para se chegar a um entendimento entre o Palácio do Planalto e o STF.

Segundo um desses aliados, o presidente está jogando contra seu próprio governo. Em sua avaliação, Bolsonaro pode até se fortalecer junto a seu eleitorado fiel, só que ele é minoria hoje no país e vai acabar afundando ainda mais a economia. O reflexo desse movimento será, no médio prazo, um enfraquecimento ainda maior da sua administração.

Na segunda-feira (dia 1/06), numa orientação que contraria seu comportamento recente, Bolsonaro pediu que seus apoiadores não promovam atos no próximo domingo na Esplanada dos Ministérios, quando grupos que defendem a democracia e são contra as pautas antidemocráticas prometem organizar manifestações em Brasília. 

*G1

Terça-feira, 02 de junho, 2020 ás 11:00