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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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12 agosto, 2020

QUEM SÃO AS PESSOAS QUE NÃO TÊM ACESSO À INTERNET NO BRASIL?



A pandemia de covid-19 trouxe à tona uma realidade que por vezes foi ignorada no Brasil: a falta de acesso à internet. A necessidade do isolamento social por conta do novo coronavírus, torna o momento decisivo para se aprofundar na discussão sobre o tema e conhecer quem está sendo deixado de lado.

Uma vez que o ensino a distância tem sido uma condição para garantir a aprendizagem de crianças e adolescentes durante a pandemia, o acesso à internet de qualidade passa a ser uma questão central para as famílias. Essa é a primeira de uma série de quatro reportagens do Brasil de Fato sobre os desafios da Educação a Distância (EaD).

“Falando do nível de indivíduo, a gente pode dizer que o usuário de internet no Brasil é predominantemente urbano; escolaridade maior, principalmente médio e superior; tende a ter idade entre 10 e 45 anos; e sobretudo das classes mais altas, A e B”, explica Fabio Storino, analista de informações do Centro Regional de Estudos para Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic)

De acordo a pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Cetic, em 2019, 74% da população tinha acesso à internet, o que correspondia a 134 milhões de pessoas e 71% dos lares do país.

Hoje, 46 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Desse total, 45% explicam que a falta de acesso acontece porque o serviço é muito caro e para 37% dessas pessoas, a falta do aparelho celular, computador ou tablet também é uma das razões.

Se para alguns, mexer em um computador é uma tarefa simples, para 72% dos desassistidos, a falta de habilidade com o equipamento impede o acesso à rede.

Quando se olha para o recorte de renda, a população mais vulnerável concentra os maiores números. Para 57% das pessoas com renda de até um salário mínimo, a principal causa para o não-acesso são os altos preços do serviço no Brasil. Considerando a mesma faixa salarial, 46% dizem não ter aparelhos como celular ou computador.

Se considerados os territórios, 75% da população urbana é usuária de internet, no campo esse número cai para 53%, ou seja, quase metade das pessoas que vivem em áreas rurais não acessa a rede de computadores. Os dados sobre a população mais pobre do país revelam que apenas metade das casas da classe D e E têm acesso à internet.

A pesquisa também revelou que cerca de 99% dos usuários navegam pela internet no celular e apenas 42% deles se conectam pelo computador, menos da metade das pessoas que usaram a internet no smartphone. Ainda segundo o estudo, em 2019, 58% dos brasileiros acessaram a internet exclusivamente pelo telefone. No Brasil, o acesso via computadores, notebook e tablets começou a cair a partir de 2015.

“No campo, o acesso somente via celular chega a quase 80% dos usuários e entre as pessoas de menor renda, das classes D e E, chega a 85%. O celular se tornou um dispositivo muito importante e muito relevante para o uso da internet no Brasil”, explica Fabio.

Quando se leva em consideração o grau de instrução, quanto maior a formação educacional, maior o acesso. Apenas 23% da população analfabeta ou que frequenta o Ensino Infantil tem acesso à internet. Entre os estudantes do nível fundamental, esse número sobe para 68%. Já entre os que têm nível superior, a marca é de 98%.

A faixa etária também é um dado importante quando se fala de conexão. A maioria dos usuários tem entre 10 e 45 anos e a cada dez pessoas com 60 anos ou mais, apenas quatro tem acesso à rede. Já quando se trata de renda, entre a população mais pobre, apenas seis de cada dez brasileiros conseguem navegar pela internet. 

A pesquisa TIC Domicílios também revelou que apenas 41% das pessoas utilizaram, no último ano, a internet para realizar atividades ou pesquisas escolares. E apenas três de cada dez pessoas utilizaram a internet para assuntos relacionados a educação, entre a população dos indicadores D e E.

A pesquisa ainda indica que a cada cinco pessoas, uma afirma que só consegue acessar a internet, através da rede emprestada do vizinho. 

*Blog Combate

Quarta-feira, 12 de agosto, 2020 ás 18:00


07 julho, 2020

VIASAT LANÇA BANDA LARGA RESIDENCIAL POR SATÉLITE NO PAÍS



A norte-americana Viasat lança terça-feira (7/7), seu primeiro serviço no País. Em parceria com a Telebrás, a companhia vai oferecer internet banda larga por meio de satélite. Mas, diferentemente das empresas que já atuam no Brasil, promete atender todo o território nacional — um diferencial do satélite lançado em órbita pelo governo em 2017.

Os primeiros pacotes da Viasat serão oferecidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e Distrito Federal. A promessa é chegar a todos os Estados até o fim deste ano.

Os clientes terão duas opções. Para o pacote básico, com velocidade de 10 mega, a mensalidade será de R$ 199 nos primeiros três meses e, depois, R$ 349,00, com franquia de 40 GB. Para o pacote avançado, com velocidade de 20 mega, o preço mensal será de R$ 349 nos primeiros três meses e, depois, R$ 419, com franquia de 80 GB.

A ativação, com instalação e equipamentos, inclusive roteador WiFi, é de R$ 300 para contratos de 12 meses. Entre 2h e 7h, a navegação é gratuita. Mesmo que a franquia seja ultrapassada, os clientes terão navegação básica e mensagens ilimitadas em aplicativos como WhatsApp. A meta é instalar o serviço em até 48 horas após a solicitação, a não ser para áreas remotas, cujo prazo é de até sete dias.

"É um serviço Premium, sabemos que não é para todos. Mas, nas próximas semanas, vamos lançar outros pacotes para diferentes segmentos de mercado. Esse é apenas nosso primeiro passo no mercado", disse o vice-presidente da Viasat, Evan Dixon, chefe da área de internet residencial.

O mercado potencial desse serviço para a companhia é de 2 milhões de clientes residenciais, afirma o executivo. Segundo ele, a empresa poderá oferecer internet em alta velocidade não apenas para áreas rurais e locais remotos no interior do País, mas também nas periferias de capitais, onde redes de cabos e fibra não costumam chegar.

"Será uma melhora significativa para aqueles que já possuem acesso por meio de uma banda ruim. Muitos poderão experimentar um serviço de banda larga pela primeira vez, com a possibilidade de usufruir de serviços de streaming, por exemplo", afirmou Dixon. "A maioria dos nossos clientes vem dos subúrbios das grandes cidades."

A pandemia do novo coronavírus não postergou os planos da Viasat. Segundo ele, esse é o melhor momento para lançar o serviço. "Temos visto uma demanda recorde por internet residencial nos mercados em que já atuamos nos EUA e na Europa. É nosso dever oferecer isso o mais rápido possível no Brasil. Muitas pessoas estão trabalhando em casa, muitas crianças estão estudando em casa", disse.

Para ter acesso à internet satelital, é preciso instalar uma antena na varanda, telhado ou em área externa. Dixon garante que a conexão é estável e só é afetada em grandes tempestades.

O maior mercado da Viasat é os EUA, onde já atua há 30 anos. Na Europa, onde está a companhia está há três anos, já está presente em oito países. Hoje, a empresa tem cerca de 30 milhões de clientes. "Em todos os países em que atuamos há uma característica comum. Independente da língua, da cultura, sempre há pessoas que foram deixadas para trás pelo mercado. O Brasil é nossa prioridade agora", afirmou Dixon.

A Viasat tem uma parceria com a Telebrás, dona do satélite brasileiro lançado em órbita em 4 de maio de 2017, com investimentos de R$ 2,8 bilhões. Ele tem duas bandas: uma é de uso exclusivo militar, já em utilização; outra de uso civil, para internet satelital. Coube à empresa norte-americana instalar antenas e infraestrutura em terra para que fosse possível fornecer sinal a milhares de localidades no País.

A companhia e a Telebrás têm uma parceria para tocar para prover sinal para municípios e localidades sem acesso à internet, incluindo escolas públicas, postos de saúde, quilombolas e postos de fronteira. O contrato prevê compartilhamento de custos e receitas entre as duas empresas.

A contratação da Viasat foi feita após um chamamento público feito pela Telebrás para exploração do satélite. A companhia utilizou a modalidade de "contrato associativo", previsto na nova Lei das Estatais, que permitiu ceder uma parte da capacidade do satélite para a Viasat.

As operadoras questionaram o acordo na Justiça, mas o contrato foi considerado lícito. O Tribunal de Contas da União (TCU) também aprovou a parceria.

Algumas companhias oferecem o serviço de internet satelital no Brasil, mas o satélite da Telebrás é o primeiro a cobrir todo o território nacional com a banda Ka, uma tecnologia mais moderna.

*Estadão
“Vale destacar que a promessa do governo era internet grátis para as pessoas carentes, no entanto veja o preço que está sendo oferecido”

Segunda-feira, 6 de julho, 2020 ás 13:00


28 junho, 2020

CIDADÃOS PODERÃO AVALIAR SERVIÇOS PÚBLICOS DIGITAIS PELA INTERNET



Os cerca de 2 mil serviços públicos federais fornecidos pela internet poderão ser avaliados em um clique. A Secretaria de Governo Digital criou uma página onde o cidadão poderá avaliar e sugerir melhorias nos serviços digitalizados oferecidos pelo portal gov.br. Os interessados deverão inscrever-se no endereço: gov.br/pesquisacomusuarios. Pessoas de todo o país podem participar. Os voluntários serão entrevistados remotamente. Após a conclusão da pesquisa, os participantes receberão um certificado online e serão informados de novidades e de melhorias no serviço avaliado.

Segundo o Ministério da Economia, a pesquisa é essencial para tornar os serviços públicos digitais mais simples e acessíveis à população, ao permitir ao governo verificar eventuais dificuldades na interação com o meio digital. Na avaliação da Secretaria de Governo Digital, as chances de recomendação do serviço aumentam à medida que o cidadão está satisfeito com a qualidade.

A avaliação integra a Estratégia de Governo Digital 2020–2022, lançada em abril. Nos próximos meses, estão programadas pesquisas sobre a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) por meio do aplicativo da Carteira Digital de Trânsito e a prova de vida para serviços do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que poderá ser simplificada com o uso de biometria.

Antes do lançamento da estratégia 2020–2022, o governo vinha fazendo pesquisas com o cidadão. Desde o início de 2019, foram entrevistadas cerca de 2 mil pessoas sobre o aprimoramento de serviços como a Carteira de Trabalho Digital, o eSocial e o Portal Gov.br.

Atualmente, o governo federal oferece mais de 3,5 mil serviços à sociedade. Desse total, 57% são fornecidos por meios digitais (sites ou aplicativos). Entre as metas da estratégia, está a digitalização de 100% dos serviços públicos federais até o fim de 2022. (ABr)

Domingo, 28 de junho, 2020 ás 10:00