Com
776 habitantes, o município de Serra da Saudade, em Minas Gerais, é a cidade
brasileira que registra a menor população. Em seguida, vem Borá, em São Paulo,
com 838 habitantes; Araguainha, no Mato Grosso, onde há 946 habitantes; e
Engenho Velho, no Rio Grande do Sul, com 982 habitantes.
Os
dados fazem parte da pesquisa Estimativas da População dos Municípios 2019,
divulgada quinta-feira (27/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A
última década registrou um aumento na quantidade de grandes municípios no país.
No Censo de 2010, apenas 38 municípios registravam população superior a 500 mil
habitantes. Dentre eles, apenas 15 tinham mais de 1 milhão de moradores. Já em
2020, o país tem 49 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes. Em
17 deles, a população é superior a 1 milhão de moradores.
Para
o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo
Minamiguchi, esse resultado indica uma tendência verificada em períodos
recentes. “Os números acompanham uma tendência já percebida nos últimos anos,
evidenciando a emergência de polos regionais, que apresentam crescimento
populacional acima de 1% ao ano”, disse.
Dos
49 municípios com mais de 500 mil pessoas, 23 são capitais. Os outros 26
municípios estão distribuídos nos estados de São Paulo (8), do Rio de Janeiro
(6), de Minas Gerais (3), do Espírito Santo (2), Pernambuco, Bahia, Santa
Catarina, Goiás, Paraná, Pará e Rio Grande do Sul (com 1 município, cada).
Quatro capitais: Vitória, Palmas, Rio Branco e Boa Vista têm menos de 500 mil
habitantes.
Na
outra ponta, há 30 municípios com população inferior a 1,5 mil habitantes,
sendo que, em quatro deles, há menos de 1 mil moradores.
As
27 capitais concentram 50 milhões de habitantes, o equivalente a 23,86% da
população total do país em 2020.
De
acordo com o IBGE, Boa Vista, em Roraima, registrou a maior taxa de crescimento
(5,12%) no período 2019-2020. A menor foi Porto Alegre, no Rio Grande do Sul
(0,30%). A taxa de crescimento anual (0,84%) do conjunto dos municípios das
capitais ficou acima da taxa do país (0,77%).
A
região metropolitana mais populosa do Brasil ainda é a São Paulo, com 21,9
milhões de habitantes, seguida pelo Rio de Janeiro (13,1 milhões), Belo
Horizonte (6,0 milhões) e também a Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE)
do Distrito Federal e Entorno (4,7 milhões).
Segundo
o IBGE, as taxas de crescimento das maiores regiões metropolitanas (São Paulo,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador)
ficaram ligeiramente abaixo da média do país. “Nessas metrópoles, o crescimento
do município sede é, na maioria dos casos, mais baixo do que o verificado nos
municípios restantes”, informou.
A
pesquisa indica redução populacional em 28,1% dos municípios do país, ou seja,
1.565 cidades onde as taxas de crescimento foram negativas. Em pouco mais da
metade dos municípios brasileiros (52,1%), a alta no número de habitantes foi
entre zero e 1%. Em 3,7% deles, 205 municípios, tiveram crescimento igual ou
superior a 2%.
O
grupo que, proporcionalmente, apresentou maior número de municípios com redução
populacional é o de até 20 mil habitantes. Já o grupo dos municípios entre 100
mil e 1 milhão de habitantes é o que, na proporção, tem mais municípios com
crescimento superior a 1%. As cidades com mais de 1 milhão de habitantes
registraram crescimento entre 0 e 1% ao ano.
As
regiões Norte e Centro-Oeste tem o maior número de municípios com crescimento
acima de 1%. Na Região Sul, 45,6% dos municípios tiveram redução de população.
Com
46,3 milhões de habitantes, o estado de São Paulo permanece como o mais
populoso do país e concentra 21,9% da população total do Brasil. Minas Gerais
vem em seguida com 21,3 milhões de habitantes, e o Rio de Janeiro, com 17,4
milhões de habitantes. Os cinco estados menos populosos somam cerca de 5,7
milhões de pessoas: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia, todos na região
norte.
Entre
os municípios, o de São Paulo também se mantém como o de maior população. Lá
são 12,3 milhões de habitantes. Depois estão Rio de Janeiro (6,75 milhões),
Brasília (3,05 milhões) e Salvador (2,88 milhões). Os 17 municípios do país com
população superior a 1 milhão de habitantes concentram 21,9% da população
nacional e 14 deles são capitais estaduais.
Segundo
o IBGE, as estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros
utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular o Fundo de
Participação de Estados e Municípios. Elas servem também de referência para
vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. A divulgação é anual e
atende ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013. A
tabela com a população estimada para cada município foi publicada na edição de
hoje do Diário Oficial da União. (ABr)
Quinta-feira,
27 de agosto, 2020 ás 13:00
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