A
Polícia Federal (PF) deflagrou segunda-feira (31/8) a megaoperação Caixa Forte
2, para investigar tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados por
facção criminosa. Para a ação, foram mobilizados 1,1 mil policiais federais,
que cumprem 623 mandados judiciais em 18 unidades federativas (Acre, Alagoas,
Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Chile.
Ao
todo, foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte 422 mandados de
prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão. Também foi ordenado o
bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
Em
nota, a PF informou que, na primeira fase da operação, descobriu a existência
do núcleo "Setor do Progresso", que tinha como função promover
lavagem de dinheiro dos valores gerados com a atividade de tráfico de drogas.
As
investigações também conduziram a polícia ao chamado "Setor da Ajuda",
criado para recompensar membros de uma facção recolhidos em presídios e que
mantinham contas bancárias para onde parte do dinheiro oriundo das atividades
era destinada. Em alguns casos, as quantias eram depositadas em contas de
pessoas que não pertenciam ao grupo criminoso, para despistar as autoridades
policiais.
A
PF apurou, ainda, que 210 suspeitos desempenham as funções no alto escalão da
facção criminosa, como a execução de servidores públicos. Todos cumprem penas
em presídios federais. Os presos deverão responder por crimes de participação
em organização criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão. (ABr)
Segunda-feira,
31 de agosto, 2020 ás 10:30
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