O
secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, um dos
presos durante a Operação Dardanários, da Polícia Federal (PF), Quinta-feira (6/8)
na capital paulista, disse por meio de sua assessoria de comunicação que foi
desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013,
ocorridos em Goiás, dos quais sequer participou. A defesa disse que a medida é
descabida e as providências para sua revogação serão tomadas.
“O
secretário tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Sempre
esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais foi questionado ou
interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são
mencionados nesta situação”, diz a nota.
O
governador de São Paulo, João Doria, disse por meio de nota que os fatos que
levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão
no governo de São Paulo, motivo pelo qual não há nenhuma implicação na sua
atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. “Na condição de governador
de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos
e colaborar com a Justiça”, afirmou Doria.
Durante
a operação foram cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão no
Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Os alvos foram empresários
e agentes públicos suspeitos de fazer contratações irregulares para serviços
públicos, especialmente na área da saúde. Até as 7h de hoje, três pessoas já
tinham sido presas, de acordo com a PF.
Os
mandados da Operação Dardanários estão sendo cumpridos nas cidades de
Petrópolis (RJ), Goiânia, Brasília, São Paulo e São José do Rio Preto (SP). A
investigação é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS,
que tiveram o ex-governador Sérgio Cabral e gestores de seu governo (2007 a
2014) como investigados.
Os
investigados responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de
dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão
encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da Justiça. Os
mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro,
estão sendo cumpridos pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Combate a
Crimes Financeiros, com apoio do Ministério Público Federal (MPF). (ABr)
Quinta-feira,
06 de agosto, 2020 ás 12:45
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