O
presidente Jair Bolsonaro disse quinta-feira (7/03) esperar que a proposta de
reforma da Previdência “não seja muito desidratada” pelo Congresso Nacional. O
texto, proposto pelo governo, já está na Câmara dos Deputados, que ainda
formará as comissões para o início da tramitação. Sugestões de alterações no
texto já foram feitas por líderes de partidos em uma reunião com o presidente,
na semana passada.
“Nós
precisamos fazer uma reforma da Previdência. Afinal de contas, ela está mais do
que deficitária. […] Nós pretendemos aprovar a reforma que está lá. Se bem que
o Parlamento é soberano para fazer qualquer possível alteração. Só esperamos
que ela não seja muito desidratada, para que atinja seu objetivo e sobre
recursos para investirmos em emprego, saúde, segurança e educação”, disse
Bolsonaro.
O
presidente falou sobre o tema em uma live (transmissão ao vivo) no Facebook.
Bolsonaro estava acompanhado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional
(GSI), Augusto Heleno; e do porta-voz, Otávio do Rêgo Barros. O presidente
disse que a sua intenção é fazer uma transmissão ao vivo todas as
quintas-feiras, às 18h30, e ouvir as demandas dos internautas que o acompanham
na rede social.
Declaração sobre Forças
Armadas
Bolsonaro
também se manifestou sobre uma declaração dada por ele mais cedo, em evento no
Rio de Janeiro. No evento, ele agradeceu às Forças Armadas e afirmou que
“democracia e liberdade só existem quando as suas Forças Armadas assim as
querem”. O pronunciamento de Bolsonaro provocou reação no meio político.
Na
live, ele disse que fez uso da palavra e que "para variar" criou-se a
polêmica. "No Brasil, nós devemos às Forças Armadas a nossa democracia e a
nossa liberdade. Assim é em todo lugar do mundo [...] Essa fala já levaram para
as mais variadas interpretações possíveis", afirmou. Depois, questionou o
ministro Augusto Heleno: "O senhor achou o meu pronunciamento no Rio de
Janeiro polêmico? Algo que deixa uma dúvida de que eu estaria no caminho errado
naquilo que falei no tocante que as Forças Armadas no Brasil sempre estiveram
ao lado da democracia e da liberdade?"
O
ministro respondeu: “Isso não tem nada de polêmico, foi dito de improviso para
uma tropa qualificada [...], exortando para que continuem a fazer o papel que
vêm fazendo, de serem os guardiões da democracia. Tentaram distorcer isso, como
se isso fosse um presente dos militares para os civis. Não é nada disso."
Horas
antes, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a fala do presidente foi
mal interpretada.
Fim das barreiras
eletrônicas nas estradas
Bolsonaro
também citou a intenção do governo em aumentar a validade da carteira de
motorista, de cinco para dez anos. Além disso, o presidente anunciou a decisão
de acabar com as barreiras (ou lombadas) eletrônicas nas estradas do país. “Há
uma quantidade enorme de lombadas eletrônicas no Brasil. É quase impossível
você viajar sem levar uma multa. E sabe, ou desconfia, que, no fundo, o
objetivo não é diminuir acidentes”.
Para
Bolsonaro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
estava agindo por interesse de políticos antes do início de seu mandato e que o
grande número de barreiras eletrônicas está ligado à arrecadação, e não à
redução de acidentes.
“Decisão
nossa: não teremos mais nenhuma nova lombada eletrônica no Brasil. As que
existem, quando forem perdendo a validade, não serão renovadas. […] Vale
lembrar que o DNIT estava, até pouco tempo, na mão de partidos políticos. Isso
acabou e esse departamento está, agora, voltado para trabalhar 100% em
benefício dos condutores”. (ABr)
Sexta-feira,
08 de março, 2019 ás 00:05
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