No
último treino da seleção brasileira antes da estreia na Copa do Mundo da
Rússia, a defesa repetiu várias vezes os posicionamentos para eliminar as
jogadas de bola parada da Suíça. O ataque foi trabalhado para criar lances
ensaiados que possam superar a defesa do adversário. Os atletas já receberam
pelo celular lances em vídeo, editados pela comissão técnica. O time suíço é um
oponente perigoso que pode optar por duas formas de jogo. Tite quer o Brasil
pronto para encarar qualquer uma delas.
Nas
análises de desempenho feitas sobre a Suíça, alguns detalhes ficaram claros: 1)
os principais jogadores, que merecem um olhar mais atento, são os meias Xherdan
Shaqiri e Granit Shaka; 2) a equipe é muito técnica e evoluiu a passagem da
defesa para o ataque e se tornou mais ofensiva e 3) a defesa continua muito
forte. Na eliminatórias, o time dirigido pelo técnico Vladimir Petkovic perdeu
apenas para Portugal e venceu os outros nove jogos. É um adversário que vem
contrariando a fama de ser retranqueiro.
Mesmo
assim, Tite e seus homens (Cléber Xavier, Sylvinho, Matheus Bacchi e Fernando
Lázaro) trataram de estudar estratégia para a possibilidade da Suíça se fechar
antes de procurar o jogo no Rotstokv Stadium. “Como o jogo é com a gente, não
seremos surpreeendidos se eles baixarem as linhas”, explicou Xavier.
Será
curioso ver como o time brasileiro vai se sair com uma formação mais ofensiva.
Philippe Coutinho, William e Neymar terão a função de desmontar qualquer
esquema defensivo da Suíça e também ajudar os volantes Casemiro e Paulinho a
protegerem a defesa. Isso vale também para o avante Gabriel Jesus, que
pressiona a saída de bola adversária.
Desde
que Tite assumiu a seleção brasileira e chamou Fernando Lázaro para ajudar a
estabelecer análises mais profundas de cada adversário do Brasil. A Suíça
passou por um “raio x” feito pelo centro de análise de desempenho do Grêmio. A
CBF enviou todos os protocolos de análise e criou um servidor onde os gremistas
puderam baixar partidas e fazer edições da estrutura tática, jogadas ensaiadas,
armadilhas criadas pelos suíços.
Os
analistas do Grêmio dissecaram a Suíça por vídeos e ao vivo. Lucas Sacchet
acompanhou “in loco”, os jogos dos suíços contra Grécia e Panamá, no mês de
março. Quando a seleção se reuniu para treinar na concentração da Granja
Comary, os relatórios foram entregues e discutidos com Tite e companhia. Os
dois amistosos antes da Copa também foram observados: empate em 1 a 1 com a
Espanha e vitória por 2 a 0 sobre o Japão.
(IstoE)
Domingo,
17 de junho, 2018 ás 00:05
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