Levantamento
feito pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da
União (CGU) constatou que 13% das ambulâncias e 46% das motolâncias integrantes
da frota das Unidades Móveis de Saúde (Samu) estavam sem condições de
funcionamento entre os anos de 2013 e 2015 nas capitais dos 26 estados e no
Distrito Federal.
A
auditoria do ministério identificou também que houve um prejuízo de R$ 922 mil
pela não comprovação da execução dos serviços de manutenção das ambulâncias
pagas pelo Ministério da Saúde.
“À
época dos exames, foram identificadas falhas nos controles internos
administrativos do Ministério da Saúde que resultaram em casos de concessão de
incentivos financeiros para habilitação e qualificação de unidades do Samu 192
sem comprovação do atendimento a todos os requisitos expressos na legislação
vigente”, diz trecho do relatório.
Segundo
o Ministério da Saúde, atualmente, o Samu tem 185 centrais de Regulação das
Urgências, que atendem aproximadamente 2.944 municípios. O serviço é
disponibilizado para cerca de 150 milhões de habitantes, o que corresponde a
74,59% da população brasileira.
Em
2015, conforme dados do Ministério da Saúde, o montante de recursos empenhados
no Samu foi R$ 1,01 bilhão 4.338.455,10. O valor corresponde a recursos
transferidos pela União aos estados e municípios a título de custeio das Unidades
Móveis de Saúde habilitadas.A auditoria apontou a necessidade de aprimoramento
dos controles internos administrativos relativos ao cálculo dos valores a serem
transferidos para custeio do Samu.
De
acordo com a auditoria da CGU nos Serviços de Atendimento Móvel, foi possível
atestar o funcionamento ininterrupto de todas as centrais de regulação, embora
tenham sido identificadas deficiências em relação à estrutura mínima para
funcionamento do serviço conforme as normas do Ministério da Saúde em oito estados
e déficit de profissionais em 14 (51%) delas.
“Foi
constatado, ainda, que 151 [18,73%] das 806 unidades móveis de Saúde terrestres
habilitadas e custeadas pelo Ministério da Saúde estavam fora de funcionamento,
assim como 3 das 7 embarcações habilitadas; e que a estrutura das Bases
Descentralizadas estava inadequada em 21 dos 27 municípios fiscalizados, o que
impacta negativamente a execução da ação de governo e acarreta dano ao erário
em função dos valores repassados mensalmente para custeio dessas unidades, no
montante de R$ 2,3 milhões”, diz trecho do relatório.
Já
entre as motolâncias, foi identificado o maior percentual de veículos
habilitados e fora de funcionamento, chegando a 46,15 % do total, o que
demonstra a baixa efetividade desse tipo de Unidade Móvel no âmbito do Samu
192. (ABr).
Domingo,
25 de dezembro de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário