Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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18 junho, 2020

OPERAÇÃO ANJO



O Ministério Público prendeu na manhã de quinta-feira (18/6) o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. A prisão ocorreu em Atibaia, no interior de São Paulo, numa operação denominada de “Anjo”, onde também foram realizadas buscas e apreensão.

Segundo policiais que participaram da ação, ele estava escondido na casa do caseiro de um sítio de propriedade do advogado Frederick Wassef, localizado no município que fica a 66 km da capital paulista. Wassef defende os interesses de Bolsonaro no caso de Adélio Bispo, que tentou assassinar a facada o atual presidente da República, e também é advogado de Flávio Bolsonaro no caso da “rachadinhas”.

A operação prendeu também a mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e Alessandra Esteves Marins, assessora do senador Flávio Bolsonaro em seu escritório no Rio de Janeiro. Alessandra também é acusada no esquema da “rachadinhas”, na época em que Flávio era deputado estadual.

A operação foi autorizada pela Justiça Estadual do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio de policiais e do Ministério Público de São Paulo, segundo informou o jornalista Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes.

Fabrício Queiroz foi assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador. Ele é acusado de administrar um esquema conhecido como “rachadinhas”, em que uma parte dos salários de casa funcionário comissionado é descontado para compor uma espécie de “fundo” usado para contratar informalmente mais assessores.

*Diário do Poder

Quinta-feira, 18 de junho, 2020 ás 10:00


17 junho, 2020

FACEBOOK É A MAIOR PLATAFORMA DE NOTÍCIAS FALSAS, APONTA PESQUISA



O Facebook e o WhatsApp são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos, segundo o Relatório de Notícias Digitais 2020 do Instituto Reuters, considerado o mais importante estudo mundial sobre jornalismo e novas tecnologias. Entre os ouvidos, 29% manifestaram preocupação com a difusão de desinformação nas redes sociais Facebook, 6% no Youtube e 5% no Twitter. Nos apps de mensagem, o WhatsApp foi o mais citado.


O Facebook foi a rede social mais apontada nas Filipinas (47%), Estados Unidos (35%) e Quênia (29%), entre outros países. No Brasil, o WhatsApp foi mencionado como principal local por onde mensagens falsas são disparadas (35%), enquanto o Facebook é o segundo canal mais citado (24%). O Youtube é objeto de maior preocupação na Coreia do Sul, enquanto o Twitter ocupou essa posição no Japão.

Mais da metade (56%) dos participantes do levantamento se mostrou preocupada como identificar o que é real e o que é falso no consumo de informações. O Brasil foi o país onde esse receio apareceu de forma mais presente (84%), seguido do Quênia (76%) e da África do Sul (72%).

Entre as fontes de desinformação, a mais indicada foram os políticos (40%), especialmente nos Estados Unidos, Brasil e Filipinas. Em seguida vêm ativistas (14%), jornalistas (13%), cidadãos (13%) e governos estrangeiros (10%).

Confiança

Entre os ouvidos, 38% disseram confiar nas notícias, índice quatro pontos percentuais menor do que no ano passado. Essa atitude varia entre países, sendo mais comum na Finlândia e Portugal e menos recorrente em Taiwan, na França e na Coreia do Sul. O Brasil teve desempenho acima da média (51%).

Quando perguntados sobre os conteúdos jornalísticos que consomem, o índice subiu para 46%, ainda abaixo da metade e três pontos percentuais menor do que no ano anterior. Essa avaliação sobre a confiabilidade é menor em mecanismos de busca (32%) e em redes sociais (22%).

Mas 60% relataram preferir notícias mais objetivas (sem uma visão política clara) e 28% preferiram conteúdos com visões políticas claras e que reforçam suas crenças. O Brasil foi o com maior percentual de pessoas que desejam ver notícias de acordo com suas concepções (43%).

Fonte de informação

Os serviços online foram apontados como principal fonte de informação em diversos países, como Argentina (90%), Coreia do Sul (85%), Espanha (83%), Reino Unido (79%), Estados Unidos (73%), Alemanha (69%). Em seguida vêm a TV e o rádio. A mídia impressa perdeu espaço, servindo como meio para se informar em índices que variam de 30% a 16% a depender do país.

O estudo confirmou uma variação desse comportamento conforme a idade. Jovens preferem canais jornalísticos online, enquanto a TV e a mídia impressa são a principal alternativas para a faixa acima dos 55 anos de idade.

Os brasileiros foram os que mais recorrem ao Instagram para se informarem (30%), e também estão entre os que mais utilizam o Twitter para esta finalidade (17%). Mas o Facebook e o Whatsapp ainda são as plataformas dominantes, servindo de alternativa informativa para, respectivamente, 54% e 48% dos entrevistados.

Pandemia

Embora realizado em sua maioria antes da pandemia, o estudo avaliou o consumo de notícias durante esse período. Entre os ouvidos em seis países, 60% consideraram que a mídia ajudou a entender a crise e 65% concordaram que os noticiários explicaram o que os cidadãos poderiam fazer. Dos entrevistados nestas nações, 32% avaliaram que a mídia exagerou no impacto da pandemia.

Para o pesquisador do Instituto Nic Newman, a crise provocada pela pandemia do coronavírus reforçou a necessidade da importância de um jornalismo confiável e correto que possa informar a população. Ao mesmo tempo, ele lembra como a sociedade está suscetível a teorias da conspiração e à desinformação.

“Os jornalistas não controlam o acesso à informação, enquanto o uso de redes sociais e plataformas dão às pessoas acesso a um rol grande de fontes e fatos alternativos, parte dos quais é enganosa ou falsa”, disse.

O estudo

A equipe responsável pelo relatório entrevistou mais de 80 mil pessoas em 40 países de todos os continentes. A maior parte das entrevistas foi coletada antes da pandemia, mas em alguns países, as respostas foram obtidas em abril, já trazendo algum impacto desse novo cenário. (ABr)

Quarta-feira, 17 de junho, 2020 ás 16:00


16 junho, 2020

PODERÁ SER VOTADA EM DUAS SEMANAS PEC QUE ADIA ELEIÇÕES MUNICIPAIS


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que o Congresso discuta, nas próximas duas semanas, uma proposta de adiamento das eleições municipais. Prefeitos e vereadores seriam eleitos em outubro, mas, devido à crise do novo coronavírus, as datas de primeiro e segundo turnos devem ser alteradas para novembro ou dezembro.

"O ideal é que se comece em no máximo duas semanas a votação”, disse Maia, em entrevista coletiva, na tarde de terça-feira (16/6). Ele se reuniu, pela manhã, por videoconferência, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, líderes partidários do Congresso e especialistas na área de saúde, para discutir o assunto.

A ideia é que as eleições ocorram entre 15 e 20 de dezembro. Agora, cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), "coordenar os trabalhos junto aos partidos no Senado e conosco, na Câmara, para que gente possa iniciar a discussão", disse Maia. O projeto deve começar a ser discutido pelos senadores e, depois, enviada aos deputados.

O adiamento das eleições precisa ser aprovado por Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em dois turnos de votação em cada Casa. O trâmite é necessário porque o texto constitucional estabelece as datas: o primeiro turno, no primeiro domingo de outubro (este ano, dia 4) O segundo, no último domingo do mesmo mês (dia 25). 

Para contornar as dificuldades da campanha neste ano, Maia defende mais tempo de televisão para os candidatos. Aumentar a propaganda eleitoral seria importante para evitar aglomerações nas ruas, explicou. Segundo ele, a proposta não traz gastos relevantes. "Acho que é uma boa ideia", disse.

Maia ressaltou que o país ainda terá que conter aglomerações mesmo quando a curva de contágio cair. "Talvez ampliar não o prazo da televisão, mas o tempo de televisão durante o dia. Ou aumentar mais cinco dias a televisão. Talvez seja um caminho que possa ajudar", sugeriu.

"Quem tem muito tempo de televisão, quanto menor a eleição, melhor. Quem tem pouco tempo de televisão, se você prolongar ou aumentar o tempo, proporcionalmente, ele vai ter mais chance de chegar ao eleitor dele", disse Maia.

*Correio Brasiliense

Terça-feira, 16 de junho, 2020 ás 18:00