Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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21 fevereiro, 2024

ESPECIALISTA PREVÊ QUANDO A IA PODE DESTRUIR A HUMANIDADE

 

O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) continua a provocar reações mistas em diversos setores, com os recentes avanços despertando tanto entusiasmo quanto preocupação entre especialistas e o público em geral. A introdução de um novo robô por Elon Musk, projetado para realizar tarefas domésticas, representa um avanço significativo na área, destacando o potencial da IA para simplificar as atividades diárias. No entanto, este e outros avanços rápidos na tecnologia de IA têm levantado preocupações sobre as consequências imprevistas de tal progresso.

 

Entre os problemas trazidos à tona estão os desafios apresentados pelos deepfakes, que têm manipulado a aparência de indivíduos em vídeos que circulam nas redes sociais, muitas vezes sem o seu consentimento. Esse fenômeno destaca os aspectos mais sombrios das capacidades da IA e seu potencial para uso indevido.

 

Acrescentando à apreensão em torno da trajetória da IA está a posição de Eliezer Yudkowsky, um renomado pesquisador de IA conhecido por sua visão cautelosa sobre a evolução da tecnologia. Em uma entrevista recente ao The Guardian, Yudkowsky expressou sua preocupação de que a IA poderia representar uma ameaça existencial à humanidade em um prazo relativamente curto. “Se você me pressionar contra a parede e me forçar a estabelecer probabilidades, tenho a sensação de que nosso prazo restante atual se parece mais com 5 anos do que 50 anos. Pode ser 2 anos, pode ser 10”, declarou Yudkowsky, enfatizando a urgência da situação.

 

Yudkowsky tem um histórico de fazer declarações ousadas sobre os potenciais perigos do desenvolvimento descontrolado da IA. Suas sugestões anteriores, incluindo a ideia controversa de bombardear centros de dados para conter o crescimento da IA, provocaram debates dentro da comunidade tecnológica e além. Embora Yudkowsky tenha moderado sua posição sobre o uso de medidas extremas, ele mantém que uma ação decisiva é necessária para mitigar os riscos associados à IA avançada.

 

A possibilidade de a IA se tornar autossuficiente e considerar a humanidade obsoleta é um cenário que Yudkowsky e outros na área veem como uma possibilidade real. Esse conceito, muitas vezes retratado na ficção científica, representa um ponto sem retorno que muitos temem que possa se tornar realidade se o desenvolvimento da IA continuar sem restrições.

 

Além disso, o impacto da IA no mercado de trabalho continua sendo uma preocupação significativa, com o potencial da automação para deslocar trabalhadores humanos em várias indústrias. Essa dimensão econômica adiciona outra camada de complexidade ao debate sobre o futuro papel da IA na sociedade.

 

Especialistas, incluindo aqueles entrevistados pelo The Guardian, questionam a inevitabilidade de perseguir avanços na IA sem considerar as implicações éticas. Yudkowsky sugere que limitar o desenvolvimento da IA a um certo limiar, como não exceder as capacidades de sistemas como o GPT-4, poderia oferecer um caminho para mitigar os riscos. No entanto, a probabilidade de a indústria adotar tais restrições autoimpostas permanece incerta, dada a natureza competitiva da inovação tecnológica.

* Lucas Rabello

Quarta-feira, 21 de fevereiro 2024 às 22:16


 

     

02 junho, 2020

O CAVALEIRO DE ARUANDA CONTRARIOU CONSELHOS DE ASSESSORES E ALIADOS, AO PARTICIPAR DE ATO NO DOMINGO




Apesar de aconselhado por assessores a não comparecer, o Caudilho foi ao ato do último domingo (31/05) e contrariou até aliados, que avaliam negativamente para o próprio governo a manutenção do clima de confronto no país neste momento.

No ato, manifestantes reivindicaram medidas antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.

 Segundo interlocutores do presidente, ele recebeu de assessores o pedido para que não estivesse presente nos protestos, liderados por grupos Bozistas na busca de contribuir para baixar a temperatura da crise política, principalmente no relacionamento com o STF.

Nos últimos dias, auxiliares diretos do presidente procuraram, nos bastidores, ministros do STF para tentar estabelecer um clima de paz entre Executivo e Judiciário, diante da piora da tensão entre os dois poderes depois da operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes contra grupos Bozistas que disseminam informações falsas.

 Contrariando seus assessores e aliados no Congresso Nacional e no Judiciário, presidente não só sobrevoou o local das manifestações como depois circulou demoradamente entre os manifestantes. Com isso, na avaliação desses interlocutores que o apoiam, o presidente criou mais dificuldades para se chegar a um entendimento entre o Palácio do Planalto e o STF.

Segundo um desses aliados, o presidente está jogando contra seu próprio governo. Em sua avaliação, Bolsonaro pode até se fortalecer junto a seu eleitorado fiel, só que ele é minoria hoje no país e vai acabar afundando ainda mais a economia. O reflexo desse movimento será, no médio prazo, um enfraquecimento ainda maior da sua administração.

Na segunda-feira (dia 1/06), numa orientação que contraria seu comportamento recente, Bolsonaro pediu que seus apoiadores não promovam atos no próximo domingo na Esplanada dos Ministérios, quando grupos que defendem a democracia e são contra as pautas antidemocráticas prometem organizar manifestações em Brasília. 

*G1

Terça-feira, 02 de junho, 2020 ás 11:00


30 março, 2020

PANDEMIA DA MISÉRIA



A paralisação da economia tem um impacto destrutivo ainda maior sobre a população de baixa renda. Segundo o Data Favela, 72% dos moradores de Paraisópolis, em São Paulo, não têm condições de fazer quarentena

A crise atual tem um impacto ainda mais perverso sobre a população de baixa renda. Muitos profissionais sobrevivem da economia informal ou dependem de remuneração por serviços pontuais para pagar as despesas do dia a dia. Com a paralisação geral provocada pelo coronavírus, a maioria dos serviços não essenciais foram cancelados ou adiados. Para piorar a situação, o isolamento individual recomendado pelas autoridades médicas nem sempre é uma opção para quem divide o pequeno teto com famílias muitas vezes numerosas. Em localidades onde a densidade populacional é alta e as necessidades básicas são mais altas ainda, as perspectivas com a situação atual são as piores possíveis. É assim que vivem moradores de Paraisópolis, a segunda maior comunidade da cidade de São Paulo. Próxima ao Morumbi, um dos bairros mais nobres da capital paulista, Paraisópolis tem cerca de 100 mil habitantes espalhados por 21 mil domicílios em uma área de 10 quilômetros quadrados. Enquanto a densidade demográfica do Morumbi é de 4,1 mil habitantes por quilômetro quadrado, a de Paraisópolis tem mais que o dobro: 10 mil.

O problema é tão sério que Paraisópolis decidiu desenvolver o seu próprio sistema para enfrentar a crise da Covid-19. A estratégia criada pela associação de moradores, formada por 420 líderes comunitários, instituiu a figura do “presidente de rua”, cuja função inclui cuidar de cerca de 300 moradores. “Eles vão fazer aquilo que o poder público não faz”, afirma Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores e Comerciantes de Paraisópolis. Segundo ele, os presidentes de rua vão mapear os 10 quilômetros quadrados de área da favela e organizar o fluxo de doações, cestas básicas e itens de higiene. “Fazer quarentena é possível para quem mora em prédios. Na favela é difícil”, diz o morador Marcus Vinícius Conceição dos Santos. 

*IstoÉ

Segunda-feira, 30 de março, 2020 ás11:00