Numa
entrevista a Leandro Colon e Felipe Amorim, o ministro Luis Roberto Barroso
afirmou que as decisões judiciais por si só não serão suficientes para combater
as fake news que serão injetadas no universo da Internet nas eleições
municipais de 2020.
Barroso,
que vai assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, terá a seu cargo
o problema de comandar a lisura da vontade popular nas eleições do ano que
começa nesta quarta-feira. A entrevista divulgada pela FSP foi para as redes
sociais através do portal UOL.
Para
mim, o ministro Barroso foi absolutamente sincero não criando uma fantasia
impossível de concretizar. Não se deve criar ilusão, acrescentou ele próprio. É
possível num caso ou outro, se estabelecer o processo de culpa na medida em que
pode se denegrir até a vida pessoal dos adversários.
De
modo geral, portanto, no meu modo de ver, a justiça eleitoral não é uma aranha
capaz de interceptar fake news dolosamente incluídas na comunicação eletrônica
moderna.
Como
digo sempre, na internet cada um é o editor de si mesmo em não há como impedir
a viagem das mensagens sejam de que sentido for, porque o número de matérias
injetadas por dia nos diversos sites é enorme.
Na
minha impressão, no Brasil devem gravitar diariamente, em várias direções,
quase 1 milhão de postagens. Como poderia se evitar a inclusão de fake news
numa escala absolutamente tridimensional. A própria responsabilidade pelos
crimes de calúnia, injúria e difamação torna-se impraticável porque em muitos
casos seu autor pode retirá-la no dia seguinte. Elas ficarão gravadas no
sistema, mas encobertas pelo espaço de 24 horas.
Desejo,
inclusive, sugerir ao ministro Barroso, a Leandro Colon e a Felipe Amorim que
considero único caminho possível de anular a os efeitos de uma fake news é
ressaltar que na maioria dos casos deve se usar o espaço de 24 horas para que
se confirme ou não o conteúdo de notícias de acordo com a sensibilidade da
matéria.
Se
um assunto destinar-se a uma grande repercussão pública os internautas devem
apenas aguardar 24 horas para sua confirmação. Se não forem confirmadas pelas
emissoras de televisão e pelos jornais do dia seguinte poderão fazer o teste de
sua origem se verdadeira ou não.
É claro que a grande maioria das fake news
destina-se no plano eleitoral a atingir adversários e para isso colocam em ação
os robôs que até o século XX eram personagens do futuro, mas que no século XXI
fazem parte do presente. A questão é difícil, deve se reconhecer, mas os
precedentes são bastante amplos. Não há como evitar o acesso de qualquer pessoa
às redes sociais.
Somente
uma maneira muito branda existe para desconhecê-las: a sensibilidade e
inteligência de cada um de nós.
Segunda-feira,
30 de Dezembro, 2019 ás 11:00
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