Associações
empresariais defenderam a necessidade de reformas econômicas e pediram união
após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.
Em
nota, Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria),
disse que Bolsonaro, ao assumir o governo, deve unir os brasileiros e
enfrentar, de forma serena e determinada, os enormes desafios que o Brasil tem
para voltar a crescer e a criar empregos.
“Tenho
a certeza de que, com a aceleração das reformas econômicas e institucionais,
como a da Previdência e a tributária, o país se fortalecerá e construirá, nos
próximos quatro anos, uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao
mercado internacional”, afirma
Para
a confederação, o governo deve priorizar os tópicos equilíbrio das contas
públicas, melhoria do ambiente de negócios (modernização da infraestrutura,
tributária e burocrática) e atração de investimentos para transformação
estrutural.
A
Apas disse que as eleições deste ano foram as que trouxeram posições mais
radicalizadas entre os candidatos e diz esperar que os eleitos entendam que
governará para todos e não para parte ou para setores da sociedade.
A
entidade diz que exercerá seu papel cobrando ações prometidas pelos eleitos.
Afirma
que, em São Paulo, as propostas do governador eleito João Doria (PSDB) vão na
direção do aumento do emprego. Entre elas estão ampliação da atuação da Agência
de Desenvolvimento de São Paulo (Desenvolve SP) para o estímulo aos
financiamentos e investimentos em micro e pequenas empresas, o programa de
desestatização e a simplificação do processo de abertura e regularização de
empresas.
O
setor supermercadista afirma que, no plano federal, as ações propostas pelo
presidente eleito Jair Bolsonaro que estão em linha com o crescimento são os
princípios do liberalismo, em que a livre concorrência é estimulada, e a busca
pelo equilíbrio das contas públicas do governo.
Também
por meio de nota, José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da
Indústria da Construção), disse que chegou a hora da trégua para que se
construa um país com justiça social, segurança jurídica e oportunidades para
todos, baseada no emprego digno.
A
Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais) disse que, terminado o processo eleitoral, é hora de juntar forças em
torno de objetivos comuns, medidas que permitam o avanço socioeconômico do
Brasil.
“Queremos
manter com o futuro governo o mesmo diálogo aberto, franco e construtivo que
tem pautado nossa relação com as autoridades ao longo da nossa história”,
afirmou a associação.
A
CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) cumprimentou Bolsonaro em
nota e disse que é preciso, urgentemente, reduzir a burocracia e simplificar os
processos que envolvem abertura, funcionamento e inovação das empresas.
Além
disso, a confederação pede que se avance no desenvolvimento de políticas
relacionadas à segurança pública, à infraestrutura e ao acesso a crédito.
A
Vale também se manifestou a respeito das eleições, parabenizando os eleitos e
comemorando a transparência e legitimidade no processo eleitoral.
“O
tempo agora é de união. Precisamos direcionar esforços para vencer grandes
obstáculos e construir, em torno de objetivos e desafios comuns, uma agenda
positiva que leve o País ao crescimento sustentável com melhores condições de
educação, trabalho, saúde e segurança. ”
Em
oposição a Bolsonaro, a Força Sindical se manifestou afirmando respeitar sua
eleição em texto assinado por seu presidente, Miguel Torres.
“Respeitamos
o resultado eleitoral e desejamos que o eleito, em cumprimento aos primados
democráticos da nossa Constituição, possa recolocar o País no rumo do
desenvolvimento, do respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários dos
trabalhadores, aos direitos individuais e à imprensa livre passando a falar
para todos os brasileiros, e não somente para o seu eleitorado, posição esta
que deve ser, também, das forças de oposição. ”
A
entidade afirma que irá seguir representando os trabalhadores e sua luta por
emprego decente, por aposentadoria justa, pela retomada do crescimento e em
defesa do patrimônio nacional. (FolhaPress)
Segunda-feira,
29 de outubro, 2018 ás 20:17
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