O
candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou na noite
de segunda-feira (08/10) ao “Jornal Nacional” que será “escravo da
Constituição”, caso vença a disputa, e desautorizou o general Hamilton Mourão,
descartando uma “constituinte de notáveis”, como sugeriu seu vice, e que jamais
cogitou um suposto “autogolpe” em caso de anarquia.
Bolsonaro
declarou que Mourão foi infeliz nessas declarações, ‘e mostrou quem manda:
–
Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses
dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite.
Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para
tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer
naquele momento. Mas isso não existe.
O
candidato vitorioso no primeiro turno, com quase 50 milhões de votos, também
deixou claro que se a ideia fosse dar golpe, não teria por que disputar
eleições:
–
Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e
seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair
Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão… Hamilton Mourão. E ele
sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser
vice.
Durante
a entrevista, Bolsonaro disse que a nomeação de Hamilton Mourão para a chapa se
deveu à necessidade de se demonstrar “autoridade”, mas “sem autoritarismo”.
O
candidato do PSL afirmou ainda que falta “tato” a Mourão, porque o colega de
chapa não é do meio político, e sim do meio militar.
“O
que falta ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivência com a
política. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão
importante que é a dele. […] Nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma
canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse
sentido”, reiterou Bolsonaro. (DP)
Terça-feira,
09 de outubro, 2018 ás 00:05
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