Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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02 junho, 2020

O CAVALEIRO DE ARUANDA CONTRARIOU CONSELHOS DE ASSESSORES E ALIADOS, AO PARTICIPAR DE ATO NO DOMINGO




Apesar de aconselhado por assessores a não comparecer, o Caudilho foi ao ato do último domingo (31/05) e contrariou até aliados, que avaliam negativamente para o próprio governo a manutenção do clima de confronto no país neste momento.

No ato, manifestantes reivindicaram medidas antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.

 Segundo interlocutores do presidente, ele recebeu de assessores o pedido para que não estivesse presente nos protestos, liderados por grupos Bozistas na busca de contribuir para baixar a temperatura da crise política, principalmente no relacionamento com o STF.

Nos últimos dias, auxiliares diretos do presidente procuraram, nos bastidores, ministros do STF para tentar estabelecer um clima de paz entre Executivo e Judiciário, diante da piora da tensão entre os dois poderes depois da operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes contra grupos Bozistas que disseminam informações falsas.

 Contrariando seus assessores e aliados no Congresso Nacional e no Judiciário, presidente não só sobrevoou o local das manifestações como depois circulou demoradamente entre os manifestantes. Com isso, na avaliação desses interlocutores que o apoiam, o presidente criou mais dificuldades para se chegar a um entendimento entre o Palácio do Planalto e o STF.

Segundo um desses aliados, o presidente está jogando contra seu próprio governo. Em sua avaliação, Bolsonaro pode até se fortalecer junto a seu eleitorado fiel, só que ele é minoria hoje no país e vai acabar afundando ainda mais a economia. O reflexo desse movimento será, no médio prazo, um enfraquecimento ainda maior da sua administração.

Na segunda-feira (dia 1/06), numa orientação que contraria seu comportamento recente, Bolsonaro pediu que seus apoiadores não promovam atos no próximo domingo na Esplanada dos Ministérios, quando grupos que defendem a democracia e são contra as pautas antidemocráticas prometem organizar manifestações em Brasília. 

*G1

Terça-feira, 02 de junho, 2020 ás 11:00