O
ex-presidente Lula visitou oito países sem acordo de extradição com o Brasil
desde 2012. O fato de cumprir agenda internacional para locais em que não há o
tratado motivou a Justiça Federal a determinar o recolhimento do passaporte do
petista para evitar o risco de fuga após ele ter sido condenado a 12 anos e um
mês de prisão no caso do triplex do Guarujá. Levantamento feito no Portal da
Transparência do governo mostra que Lula viajou para Acra, Maputo, Lagos,
Joanesburgo, Abuja, Cotonou, Doha, Havana e Santiago de Cuba. Ele esteve em
Adis Abeba, na Etiópia, duas vezes, em 2012 e 2013.
Ao
proibir Lula de deixar o Brasil, o juiz Ricardo Leite justificou que “merecem
tratamento diferenciado” as “viagens internacionais e não oficiais” do
ex-presidente, “especialmente a países que não possuem tratado de extradição
com o Brasil”.
O
Ministério Público, que solicitou a apreensão do passaporte de Lula, alertou
que, mesmo condenado, ele pretendia viajar para a Etiópia e apontou risco de
fuga “notadamente para países sem o acordo”. Após 2015, quando virou alvo da
Lava Jato, Lula viajou para Cuba.
A
assessoria do ex-presidente diz que “todas as viagens dele ao exterior foram
públicas e comunicadas à imprensa”. Na Etiópia, Lula falaria no painel
“Parceria renovada para acabar com a fome na África até 2025” na 30ª Cúpula da
União Africana – organizado pela FAO, agência de combate a fome da ONU. (AE)
Segunda-feira,
29 de janeiro, 2018 ás 09hs00
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