A
menos de uma semana de ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), em Porto Alegre, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
afirmou a jornalistas estrangeiros que uma eventual impugnação de sua
candidatura à Presidência da República, consequência provável da manutenção de
sua condenação a 9 anos e seis meses de cadeia por corrupção passiva, seria uma
“fraude”. Além disso, o petista declarou que vai continuar “brigando” até o
final para concorrer na eleição de outubro. E pior, falou tudo isso na terceira
pessoa.
Os
jornalistas do El País, The New York Times, The Guardian, La Nación, Die Zeit e
Liberátion participaram da "coletiva". A entrevista estampa o jornal
El País, da Espanha, desta sexta (19). “Se o Lula for proibido de ser candidato
por uma decisão política do judiciário, obviamente está se montando uma
fraude”, disse o petista, referindo-se a ele próprio na terceira pessoa.
Mesmo
papo de sempre
Na
"exclsuiva" para jornalistas estrangeiros, realizada no Instituto
Lula em São Paulo, o petista insistiu que é inocente apesar de estar condenado
em primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do
triplex do Guarujá (SP). Para ele o processo foi "político".
PT
nos braços dos 'golpistas'
Lula
aproveitou para admitir que o PT poderá fazer alianças com partidos que
apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, na eleição deste ano,
mesmo sem o apoio de setores mais radicais do partido.
“Nós
tentamos fazer as alianças políticas com partidos que não votaram no
impeachment. Mas o partido também saberá se curvar em função da realidade
regional”, reconheceu, citando a aliança do PT com o PMDB em Minas Gerais,
governada pelo petista Fernando Pimentel. “Não é questão de princípio, é de
conjuntura política. Vamos construir, caso a caso, uma aliança política, porque
não queremos apenas ganhar, queremos governar”, afirmou.
Sexta-feira,
19 de janeiro, 2018 ás 12hs00
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