Pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quinta-feira revela que mais da metade dos brasileiros (cerca de 55%) são contra a união civil entre homossexuais, aprovada em maio pelo Supremo Tribunal Federal. Um total de 2.002 pessoas com mais de 16 anos de todas as regiões do país compuseram o grupo de entrevistados. A margem de erro amostral é de dois pontos percentuais.
Entre os evangélicos, 77% desaprovam decisão. Dentre os católicos, 50% são contra e 50% a favor.
Com relação aos homens, 63% afirmam não concordar com o STF, contra o percentual de 48% das mulheres.
Jovens entre 16 e 24 anos somam 60% das opiniões favoráveis, mas 73% dos maiores de 50 anos são contra.
Entre pessoas com formação até a quarta série do ensino fundamental, 68% são contrários à formalização da união homossexual. Já as pessoas com nível superior somam 40% das opiniões desfavoráveis.
Na pesquisa por território, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice diminui para 51%.
A pesquisa também questionou a opinião das pessoas com relação à adoção de crianças por casais homossexuais: 55% são contrárias.
Entre os homens, 62% não concordam que parceiros do mesmo sexo adotem uma criança. Com as mulheres, esse percentual é de 49%. Dos católicos, 51% são contra. Entre evangélicos e protestantes o percentual sobe para 72%.
O Ibope quis saber ainda opiniões sobre o nível de aceitação a amigos homossexuais,assim como a tolerância a médicos, policiais ou professores gays. Referindo-se à amizade, 73% dos brasileiros consideram que essa hipótese não os afastariam de pessoas próximas, 24% disseram que se afastariam muito ou pouco e 2% não tinham opinião formada.
Em relação à aceitação de homossexuais trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental, 14% são total ou parcialmente contra gays trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores. Os brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis somam 84% dos entrevistados para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.
A diretora executiva de marketing e novos negócios do Ibope Inteligência, Laure Castelnau, conclui que "os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças".
Quinta - feira 28/7/2011 ás 6h:05
Postado pela Redação
Nenhum comentário:
Postar um comentário