Estudo aponta que 15% das mulheres recém-divorcidas na Inglaterra citam a rede como motivo
Já não há mais dúvidas de que a tecnologia é parte integrante no nosso dia-a-dia, e que cada vez mais estamos nos tornando dependentes dela. Quantas pessoas você conhece que conseguem passar um final de semana inteiro sem tocar no celular ou checar a caixa de e-mails? Uma pessoa que se encaixe nessas características é rara, muito rara. E, como tudo na vida, isso tem seu lado bom e outro lado muito ruim.
Quando a internet entra como parte constante da vida a dois, as chances do relacionamento ruir aumentam. A tecnologia pode muito bem nos manter conectados com o mundo, mas pode também acabar nos isolando de quem está do nosso lado. Segundo o site do jornal "Daily Mail", um estudo recente apontou que 15% das mulheres recém-divorciadas citaram que os ex-maridos preferiam jogar videogames a ficar com elas.
Quando a internet entra como parte constante da vida a dois, as chances do relacionamento ruir aumentam. A tecnologia pode muito bem nos manter conectados com o mundo, mas pode também acabar nos isolando de quem está do nosso lado. Segundo o site do jornal "Daily Mail", um estudo recente apontou que 15% das mulheres recém-divorciadas citaram que os ex-maridos preferiam jogar videogames a ficar com elas.
No site "Divorce Online", que reúne informações para auxiliar casais que estão no processo de separação, o Facebook é citado em um a cada cinco processos de divórcio, e o termo "telefone celular" em cerca de 13% das separações. Para o terapeuta Douglas Weiss, especialista em relações de casais, o termo ideal para ilustrar esse novo "hábito" é "solidão compartilhada".
"Atualmente as pessoas estão conectadas o tempo todo, usam o celular durante o jantar e ficam horas olhando o computador ou vendo TV. Acaba que elas ficam mais próximas dos amigos virtuais do que da pessoa a qual elas prometeram amar e respeitar 'até que a morte os separe'", explica ele.
"A tecnologia está interrompendo as relações e nos possibilitando evitar as pessoas. Isso virou uma desculpa para não termos relações ou intimidade com os outros", explica Douglas, que compara a era atual com as "desculpas" de antigamente. "Há trinta anos, os homens ficavam até mais tarde no trabalho ou se escondiam atrás do jornal no café da manhã. Hoje eles podem se esconder atrás de um celular ou de um laptop".
O HÁBITO CONSTANTE PODE IRRITAR, E MUITO
Pesquisas apontam que cerca de 80 minutos por dia são gastos com mensagens de texto, navegação em redes sociais e redação de e-mails. Para a psicoterapeuta Paula Hall, a tecnologia não deveria afetar nossas relações. "As pessoas passaram a acreditar que elas têm que ficar alcançáveis para o mundo inteiro o tempo todo, isso está afetando a qualidade do tempo que passamos com os nossos parceiros", explica. Até mesmo pequenos hábitos podem ter um efeito corrosivo nos casamentos ou namoros.
"Tenho pacientes reclamam que os parceiros ficam checando os e-mails à uma hora da manhã ou checando as mensagens de texto durante o jantar. Parecem coisas pequenas, mas, quando são constantes, fazem a parceira se sentir despriorizada. O que começa como uma pequena fonte de irritação, pode acabar sendo a última gota d'água", explica ela.
A TECNOLOGIA VICIA
Para Douglas, a internet é uma arma sedutora para quem está com problemas na relação. "Com apenas o apertar de um botão você pode ser quem quiser. É uma válvula perfeita para escapar da realidade, e muito mais fácil do que ter que lidar com os problemas de uma relação real", declara ele, que atenta para os perigos de acabar se viciando no mundo virtual. "Qual a grande diferença entre alguém que fica constantemente entrando no Facebook ou checando sua caixa de mensagens, para alguém que fuma um cigarro a cada dez minutos?", exemplifica. "Não há diferença. Algumas pessoas acabam precisando de ajuda profissional para conseguir largar esse vício".
Uma pesquisa da Universidade de Northampton envolvendo 360 pessoas, apontou que 30% eram viciadas em algum tipo de tecnologia e que esse vício afetava a vida pessoal ou profissional. Outro estudo, da Universidade de Tel Aviv, concluiu que o vício na internet pode estar relacionado a outros distúrbios, como vício em jogatina, em sexo ou a cleptomania.
Mas como os casais devem lidar com isso? Conversando. Um bate-papo franco e aberto sobre o assunto, sobre as questões que estão incomodando um ao outro, pode abrir os olhos. Às vezes acabamos nos deixando levar por esse vício, por conta de outros problemas que preferimos não enxergar.
A combinação de um trabalho chato, com problemas familiares e/ou financeiros pode acabar levando a pessoa a se enfiar de cabeça na internet e deixar o casamento de lado. As redes sociais, joguinhos e relações virtuais podem parecer um refúgio para quem está entrando em depressão. Uma boa conversa pode ter um valor inestimável para muitos casais, e salvar muitos casamentos por aí.
Sexta – feira 22/07/2011 ás 06h:05
Postado pela redação
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