Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

18 janeiro, 2019

BNDES divulga lista com 50 maiores tomadores de recursos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou na manhã de sexta-feira (18/01) a relação das cinquenta empresas e entes públicos que mais tomaram recursos emprestados da instituição de fomento.

A medida, adotada pelo presidente do banco, Joaquim Levy, faz parte do que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem chamado de “abrir a caixa-preta” do BNDES, em referência a suspeitas de corrupção e uso político do banco ao longo dos últimos governos.

O banco, fortaleceu seus sistemas de informática em virtude da expectativa de um alto número de acesso. Outras informações disponibilizadas na área de “Transparência” do site da instituição são a relação completa de todos os contratos firmados com relação às obras no exterior e a relação de empresas das quais o BNDES é sócio.

Os negócios estrangeiros são um dos principais tópicos de crítica de Bolsonaro a respeito da atuação do banco. Entre as obras citadas estão, por exemplo, o controverso porto de Mariel, em construção em Cuba. O presidente divulgou em sua conta no Twitter o link para essa área específica da divulgação desta sexta, dizendo que seu governo “ainda vai mais a fundo” no tema.

A campeã da lista dos principais credores do BNDES, criado para emprestar dinheiro a juros baixos para obras e projetos estratégicos para o desenvolvimento do Brasil, é a Petrobras, com 62,4 bilhões de reais, seguida pela Embraer (49,3 bi), Norte Energia (25,3 bi) e a Vale (24,8 bi).

Em quinto lugr, aparece a Odebrecht, cujos financiamentos ultrapassam 18 bilhões de reais. Outra empresa do grupo de Marcelo Odebrecht, a Braskem, aparece na 21ª colocação, com 7,3 bilhões de reais. A JBS aparece uma posição acima, em 20ª, com 7,6 bilhões.

 

Confira as relações completas no site do BNDS:

Com informações (VEJA online)


Sexta-feira, 18 de janeiro, 2019 ás 8:14

16 janeiro, 2019

Bolsonaro sanciona Lei do Orçamento 2019 de mais de R$ 3,3 trilhões

A Lei 13.808, que trata do Orçamento da União e estima receita para o exercício de 2019 em mais de R$ 3,3 trilhões está publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (16/01). Ela também fixa a despesa em igual valor.

No capítulo que trata dos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, a lei diz, em seu Artigo 2º, que a receita total estimada é de mais de R$ 3.2 trilhões, “incluindo a proveniente da emissão de títulos destinada ao refinanciamento da dívida pública federal, interna e externa”.

A lei foi sancionada terça-feira (15/01) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, com dois vetos.

Um dos vetos é o da reestruturação das carreiras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com valor estimado em R$ 50 milhões. Na justificativa, Bolsonaro diz que a reestruturação de carreiras e aumento da remuneração infringem a Constituição por estar prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Ademais, a inclusão do item durante a tramitação do projeto desconsidera a discricionariedade da Administração para priorizar e harmonizar suas necessidades conforme os critérios de conveniência e oportunidade", acrescentou.

O outro veto refere-se a destinação de R$ 10 milhões para investimento em inovação e modernização tecnológica dos Órgãos do Poder Judiciário (Fundo Especial no Conselho Nacional de Justiça). (ABr)


Quarta-feira, 16 de janeiro, 2019 ás 11:26

15 janeiro, 2019

Com decreto, pessoas acima de 25 anos podem ter até 4 armas de fogo

A partir do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (15/01), no Palácio do Planalto, cidadãos brasileiros com mais de 25 anos poderão comprar até quatro armas de fogo para guardar em casa. O texto regulamenta o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo e munição no país, uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro.
Citando o referendo de 2005 em que a população rejeitou a proibição do comércio de armas de fogo, Bolsonaro argumentou a necessidade do decreto.

“O povo decidiu por comprar armas e munições, e nós não podemos negar o que o povo quis naquele momento. Em toda minha andança pelo Brasil, ao longo dos últimos anos, a questão da arma sempre estava na ordem do dia. Não interessa se estava em Roraima, no Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou Rio de Janeiro.”

O decreto entra em vigor após sua publicação no Diário Oficial da União e refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro não foi incluído no texto.

Critérios

Os cidadãos deverão preencher uma série de requisitos, como passar por avaliação psicológica e não ter antecedentes criminais. O que muda com o novo decreto é que não há necessidade de uma justificativa para a posse da arma. Antes esse item era avaliado e ficava a cargo de um delegado da Polícia Federal, que poderia aceitar, ou não, o argumento.

“E o grande problema que tínhamos na lei é comprovação da efetiva necessidade, isso beirava a subjetividade, então, bem costurado, o senhor ministro [da Justiça] Sergio Moro, o senhor ministro, também Fernando, da Defesa, entre outros, chegamos à conclusão de que tínhamos, sim, como não driblar, mas fazer justiça com esse dispositivo previsto na lei, de modo que o cidadão pudesse, então, sem a discricionariedade, obter, observando alguns outros critérios, a posse da sua arma de fogo”, disse Bolsonaro.

Além de militares e agentes públicos da área de segurança ativos e inativos, poderão adquirir armas de fogo os moradores de áreas rural e urbana com índices de mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes, conforme dados do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Donos e responsáveis por estabelecimentos comerciais ou industriais também poderão adquirir o armamento, assim como colecionadores de armas, atiradores e caçadores, devidamente registrados no Comando do Exército.

Limites

O limite de quatro armas poderá ser flexibilizado, caso o cidadão comprove a necessidade de adquirir mais, como, por exemplo, ser possuidor de mais de quatro propriedades rurais ou urbanas.

“Na legislação anterior se poderia comprar meia dúzia de armas, mas na prática não poderia comprar nenhuma, ou então era muito difícil atingir esse objetivo. Com a legislação atual, pode-se comprar até quatro, e ele, preenchendo esses requisitos, cidadão de bem, com toda certeza, poderá fazer uso dessas armas”, afirmou o presidente.

De acordo com o decreto, caso na residência haja criança, adolescente ou pessoa com doença mental será necessário apresentar uma declaração de que existe um cofre ou outro local seguro com tranca para o armazenamento da arma.

Registros

O registro e a análise da documentação continuam sob responsabilidade da Polícia Federal, mas, segundo Bolsonaro, futuramente, de acordo com a demanda, poderá haver convênios com as polícias militares e civis para esse trabalho.

O prazo para a renovação do registro da arma de fogo passará de cinco anos para 10 anos. Os registros ativos, feitos antes da publicação do decreto, estão automaticamente renovados pelo mesmo período. (ABr)


Terça-feira, 15 de janeiro, 2019 ás 14:20

14 janeiro, 2019

Battisti chega a Roma após quase 40 anos foragido da Justiça

Battisti chegou a Roma e foi levado para um presídio onde cumprirá pena de prisão perpétua (Max Rossi/Reuters/Direitos reservados)

Cesare Battisti, 64 anos, chegou segunda-feira (14/01) ao aeroporto de Ciampino, em Roma. Vestindo calça jeans e uma jaqueta marrom, ele desceu do avião sem algemas e foi recebido por agentes do grupo operacional móvel da polícia penitenciária.

Logo depois, Battisti foi levado para a prisão de Rebibbia, na capital italiana, onde será colocado na ala de segurança máxima para cumprir pena de prisão perpétua.
Battisti foi capturado no último sábado (12) nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, ele usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil.

* Com informações da RAI (emissora pública/estatal de televisão da Itália)


Segunda-feira, 14 de janeiro, 2019 ás 9:39

13 janeiro, 2019

Ataques como os do Ceará são terrorismo, diz Bolsonaro


Desde 2 de janeiro, estado vive onda de ataques em que criminosos já detonaram explosivos em pontes e em uma torre de transmissão de energia

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, pelo Twitter, endurecer a legislação penal contra atos como os ataques que vêm acontecendo no Ceará. Incêndios, explosões e depredação de bens deveriam ser classificando como terrorismo, segundo o presidente.

“Ao criminoso não interessa o partido desse ou daquele governador. Hoje ele age no Ceará, amanhã em SP, RS ou GO. Suas ações, como incendiar, explodir, … bens públicos ou privados, devem ser tipificados como TERRORISMO. O PLS 272/2016 do Sen. Lasier Martins é louvável”, escreveu o presidente na manhã deste sábado.

O PLS 272 amplia os casos e condutas tipificadas na Lei Antiterrorismo. Para representantes de movimentos sociais, as mudanças tornam a classificação imprecisa e podem permitir a criminalização de movimentos sociais e de manifestações públicas.

Atualmente, o projeto encontra-se pronto para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. O relator é o senador Magno Malta (PR-ES), que não obteve a reeleição.

Desde 2 de janeiro, o Ceará vive uma onda de ataques comandada por facções criminosas. Na madrugada de sábado (12/01), criminosos explodiram uma torre de transmissão de energia na cidade de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza. A queda da torre provocou cortes de energia na região. Também neste sábado, uma explosão atingiu o pátio de uma concessionária de veículos em Fortaleza, por volta das 5 horas da manhã, deixando alguns veículos danificados.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)


Domingo, 13 de janeiro, 2019 ás 00:05

12 janeiro, 2019

5 toneladas de explosivos são apreendidas no bairro Jangurussu neste sábado


Em busca de suspeitos que participavam dos ataques nos últimos dias em Fortaleza, policiais encontraram cerca de cinco toneladas de explosivos em um terreno próximo à casa dos procurados. A apreensão dos materiais ocorreu na manhã deste sábado, 12. A suspeita das fontes ligadas à Polícia Civil é de que carga seria a mesma que foi roubada em 20 de dezembro, na BR-116, perto do município de Aquiraz, litoral do Ceará.

Além disso, foram apreendidas munição de calibre 12 e um carregador de pistola. Os materiais encontrados no local estariam sendo utilizados nas explosões que vem acontecendo em Fortaleza e em outras cidades do Estado desde a quarta-feira, 2.

Também no Jangurussu, policiais encontraram um depósito clandestino com sete mil litros de combustível, na última quarta-feira, 9. O local serviu como centro de distribuição dos materiais para pessoas responsáveis pelos ataques a ônibus, prédios e equipamentos públicos e privados.

Segundo boletim anunciado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), até a manhã deste sábado, cerca de 330 pessoas foram presas por participação nos atos criminosos. Completando 11 dias, a onda de violência no Ceará registra mais de 190 ataques.

(Com O POVO Online)


Sábado, 12 de janeiro, 2019 ás 15:30

10 janeiro, 2019

Coordenador da Lava Jato diz que voto secreto ajuda Renan e afeta combate à corrupção

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato, afirmou que a decisão de autorizar a votação secreta na disputa pela Presidência do Senado favorece a eleição do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e dificulta a aprovação de leis necessárias ao combate à corrupção. A declaração publicada no Twitter na madrugada desta quinta-feira (10) é uma crítica direta à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que negou quarta-feira (9/01) a transparência dos votos na disputa.

“Decisão de Toffoli favorece Renan, o que dificulta a aprovação de leis contra a corrupção, pois a Presidência do Senado decide pauta (o que e quando será votado). Diferentemente de juízes em tribunais, senadores são eleitos e têm dever de prestar contas. Sociedade tem direito de saber”, escreveu Dallagnol.

Ao afirmar que, se Renan for presidente do Senado, dificilmente os brasileiros verão uma reforma contra corrupção aprovada, o coordenador da Lava Jato sugeriu que o suposto constrangimento dos senadores de expor seus votos no senador alagoano faz com que o voto secreto favoreça Renan.

“[Renan] tem contra si várias investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos senadores podem votar nele escondido, mas não terão coragem de votar na luz do dia”, argumentou Dallagnol, na noite de ontem.

“Autorizar a votação secreta subverte o dever dos políticos de prestar contas ao povo e o direito da sociedade de fiscalizar seus representantes. Estes não agem em nome próprio, mas em nosso nome”, criticou o procurador. (DP)


Quinta-feira, 10 de janeiro, 2019 ás 14:55

09 janeiro, 2019

BNDES dará apoio técnico a privatizações, diz Joaquim Levy

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse terça-feira (8/01) que o banco tem um papel a cumprir dando apoio técnico às privatizações que forem propostas pelo Governo Federal e por governos estaduais. "Vamos ser parceiros. Obviamente a direção vai ser dada pelo secretário [de desestatização e desinvestimentos] Salim Mattar. Mas vamos ser parceiros e proporcionando exatamente o apoio técnico e o que for necessário para fazer acontecerem essas privatizações", disse Levy, em coletiva de imprensa depois da cerimônia de transmissão de cargo na sede do banco, no Rio de Janeiro. 

Levy afirmou que há um potencial de criação de eficiência que pode ser obtido com as desestatizações. "Vai ser nesse sentido que vamos trabalhar juntos".

Em relação aos estados, o banco vai cumprir o mesmo papel, quando esse for o direcionamento dos governos estaduais. Levy afirmou que cada caso é um caso, mas disse que há boas experiências na área de saneamento. Na visão dele, esse é um modelo que pode ser valioso para estados que estão diante de desafios fiscais.

"Para muitos estados, a desestatização pode ajudar a não só gerar um valor imediato, mas também reduzir perdas e ineficiências que se arrastam por muitos anos".

Agências reguladoras

O economista ponderou que o bom funcionamento do setor privado na infraestrutura depende de ter agências reguladoras para "acompanhar e garantir a boa entrega de serviços e que, em alguns casos, possa até substituir o concessionário".

"A experiência no Brasil é boa. Agora, é óbvio que depende de criar um ambiente adequado para a empresa privada ser bem regulada e bem supervisionada e, quando necessário, ser substituída, e em muitos casos dando garantia aos investidores de que esse processo vai se dar de maneira transparente, previsível e com capacidade de os financiadores poderem tomar ações preventivas e corretivas se necessário".

Eletrobrás

Em relação à proposta de privatização da Eletrobrás, Levy afirmou que o processo continua em discussão. "Há um interesse do governo e vamos continuar apoiando a política que se fixar no horizonte".

O presidente do banco também falou sobre a necessidade de deixar os dados do banco mais acessíveis à população e afirmou que é preciso "ter clareza em relação ao passado". Esse trabalho, segundo ele, passa muitas vezes por organizar melhor os dados que já existem, de modo que possam ser mais bem compreendidos.

"A gente não vai ficar só olhando para o passado, mas também precisamos ter clareza em relação ao passado. Na verdade, uma caixa preta é preta enquanto você não decripta o que está ali dentro. Em geral, se abre a caixa-preta quando se teve um acidente, um desastre, e vai tentar se descobrir o que aconteceu. Nesse sentido, há registros e se pode descobrir exatamente o que aconteceu", disse ele. "A gente quer que sirva de base para continuar desenvolvendo boas regras de governança. É um tema que certamente a gente vai se dedicar e desenvolver".  (ABr)


Quarta-feira, 09 de janeiro, 2019 ás 00:05

08 janeiro, 2019

Bolsonaro afirma que ele e todas as autoridades devem ser cobradas por melhoria na segurança

Depois da reunião ministerial, na manhã de terça-feira (8/01), o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para cobrar maior envolvimento de autoridades de todos os níveis com questões relacionadas à segurança pública. Segundo ele, presidente, governadores, prefeitos, deputados federais, estaduais, vereadores e o poder Judiciário têm que ser cobrados para melhorias no setor.

Para Bolsonaro, o trabalho em conjunto é o caminho para solucionar os problemas de segurança no país. “Agir em conjunto sem jogo de empurra é um grande passo para dar a resposta que os brasileiros tanto pedem”, destacou.

O governo federal enviou há dois dias tropas para reforçar a segurança no estado do Ceará, a pedido do governador Camilo Santana. No total, 406 agentes e 96 viaturas estão reforçando as ações de segurança no estado. Outras unidades da federação, como o Pará, também pediram reforço das tropas federais. (ABr)


Terça-feira, 08 de janeiro, 2019 ás 17:00

07 janeiro, 2019

Governo Bolsonaro prepara pente-fino em todos os benefícios pagos pelo INSS


O governo Jair Bolsonaro quer rever as regras previdenciárias para passar um pente-fino em todos os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para viabilizar a operação, o governo deve enviar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória (MP) que estabelece o pagamento de um bônus de R$ 57,50 a técnicos e analistas do seguro social que identificarem irregularidades em aposentadorias e pensões.

A expectativa é que as novas regras possam gerar uma economia de R$ 9,3 bilhões em um ano, já descontados os pagamentos dos bônus.

O valor corresponde a 4,2% do déficit previsto no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para este ano. É um valor ínfimo perto de um rombo total que deve bater em R$ 220 bilhões.

Quem acompanha o trabalho, porém, defende que a MP terá o efeito de funcionar como uma espécie de ação moralizadora, para melhorar a organização do INSS, corrigir distorções legais e coibir fraudes enquanto se finaliza uma proposta mais ampla de reforma da Previdência.

Pela medida provisória, entram na mira dos fiscais a pensão por morte, a aposentadoria rural e o auxílio-reclusão.

No caso de concessão de pensão por morte para quem não era formalmente casado, uma das mudanças propostas na medida provisória é exigir, além da demonstração de dependência econômica, a chamada prova documental contemporânea —um documento que comprove a união na ocasião da morte.

O governo entende que a regra atual, que permite a comprovação de união estável apenas com apresentação de testemunhas, abre brechas para simulações e fraudes.

Na aposentadoria rural, a MP substitui a declaração do sindicato rural pelo auto declaração do segurado.

Entidades credenciadas pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater) ficarão responsáveis pela homologação desse auto declaração do beneficiário.

Para o governo Bolsonaro, o reconhecimento de direitos por meio do sistema sindical é um resquício inadequado da mistura entre o Estado e essas entidades.

O auxílio-reclusão, benefício pago aos dependentes do trabalhador preso, passa a ter um período de carência (tempo mínimo de contribuição consecutiva ao INSS) de 12 meses.

O benefício não poderá ser acumulado a outros e haverá aferição de baixa renda com base em uma média dos salários. Hoje, o limite de renda é definido a partir do último salário do trabalhador preso.

O governo estima que essa regra consiga reduzir a concessão do benefício para pessoas fora do perfil de renda, mas que estão desempregadas na véspera da prisão.

Esse modelo de conferência dos benefícios que a equipe de Bolsonaro quer adotar com a MP é parecido com o usado pela gestão Michel Temer (MDB) no pente-fino realizado nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez pagos há mais de dois anos.

Desde 2016, os peritos médicos previdenciários estão recebendo R$ 60 por exame extra realizado nos postos do INSS.

Até 15 de dezembro de 2018, quase 1,2 milhão de perícias tinham sido realizadas no pente-fino dos benefícios por incapacidade.

Cerca de 651 mil segurados, praticamente a metade dos que foram avaliados nos exames periciais, tiveram o pagamento cortado. A economia com esses pagamentos foi de R$ 13,8 bilhões.

(Com informações da FolhaPress)


Segunda-feira, 07 de janeiro, 2019 ás 00:05

06 janeiro, 2019

Polícia prende 110 e registra três mortes no Ceará


A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) atualizou para 110 o número de pessoas capturadas por envolvimento nas ações criminosas registradas no estado há cinco dias. No total, até agora, foram 76 presos e 34 adolescentes apreendidos.

Na madrugada de domingo (6/01), dois suspeitos, ainda não identificados, morreram, após troca de tiros com a Polícia Militar, no bairro Granja Portugal, segundo informou a secretaria.

Pela versão oficial, os suspeitos tentarem atear fogo em um posto de atendimento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Na última quinta-feira (3), outro suspeito de tentar destruir um radar de trânsito foi alvejado pela PM e morreu. Também foram apreendidos, segundo as forças de segurança, coletes à prova de bala, um revólver calibre 38, cartuchos de munição, coquetéis molotov, galões de combustíveis, além de um veículo.

Entre as autuações, está ainda a de um suspeito, preso em flagrante, pela venda irregular de combustíveis a grupos criminosos. Um caminhão-tanque foi apreendido e o homem foi encaminhado para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Segundo as apurações, o suspeito vendia cada galão de gasolina a R$ 70.

Apoio federal

Agentes da Força Nacional de Segurança também estão atuando nas ruas da capital desde ontem (5). No terminal Antônio Bezerra, no bairro de mesmo nomes, os agentes davam suporte à segurança do local, de onde partiam e chegavam ônibus urbanos que circularam pela capital ao longo do dia. Uma equipe de três policiais militares escoltava cada veículo coletivo.
Transporte comprometido

Ao todo, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) disponibilizou, durante a tarde deste domingo, um total de 136 veículos, que operaram 81 linhas. As operações, no entanto, sofreram ao menos duas interrupções, de duas horas cada, para a troca de turno dos policiais militares que faziam a segurança dos coletivos. Em um dia normal, a frota de ônibus é de 1.810 veículos urbanos e 350 metropolitanos.

Na entrada do terminal Antônio Bezerra, o moto-taxista Gilvan de Brito contou que faturava mais do que o habitual. Apesar do aumento do movimento, ele lamentou a situação para os moradores da capital. "O movimento aumentou uns 50%, mas a gente sabe que é uma situação de muito transtorno para a população", disse.

Por volta das 14h, a garçonete Danuzia Lacerda aguardava um ônibus no terminal, para chegar ao trabalho. A previsão, no entanto, era de que as linhas do terminal só voltariam a operar por volta das 17h. "Ontem eu tive que faltar ao trabalho porque não tinha transporte. Vamos ver se hoje consigo chegar", relatou. As principais ruas e corredores de ônibus da capital cearense estavam vazios neste domingo. Uma cena rara, segundo o taxista Ronaldo Barros.

"Domingo já é um dia com movimento, mas eu jamais vi a cidade sem praticamente nenhum ônibus coletivo nas ruas, ainda mais nas principais avenidas, onde há corredores e estações exclusivas", afirmou.

A partir de meia-noite, 20 linhas de ônibus “corujões”, que atuam na madrugada, serão escoltadas por viaturas da Polícia Militar em Fortaleza, visando inibir ações criminosas contra os veículos de transporte de passageiros.
Blitz

Outra medida para inibir as ações criminosas, segundo as forças se segurança, são as operações com blitz da Polícia Militar do Ceará. Ao todo, 20 barreiras foram montadas em bairros e avenidas estratégicas da capital com mais de 100 profissionais de segurança empregados. (ABr)


Domingo, 06 de janeiro, 2019 ás 19:30

Onyx nomeia delegado que apontou ‘criminalidade institucionalizada’ no governo do PT

O ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni nomeou o delegado federal aposentado Jorge Barbosa Pontes para o cargo de diretor de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, braço do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A Diretoria de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, recém-criada, terá a missão de ‘pensar e repensar’ a formação e o treinamento das polícias.

Em 2016, Pontes apontou o que classificou de ‘criminalidade institucionalizada no governo do PT’.

Em novembro de 2017, Pontes alertou para delegados ‘abduzidos’ pelo poder político. Ele afirmou que o País quer ‘ouvir o barulho de uma porta de ferro da cadeia trancando senadores, governadores e deputados’. E disse que ‘a Lava Jato nunca correu tanto risco’. Afirmou, ainda que “assessorar alguns políticos é mais comprometedor do que se associar à boca de fumo.”

Pontes coordenou a Interpol no Brasil, foi adido da Polícia Federal em Paris e é formado pela Academia Nacional do FBI em Virgínia.

Nos 30 anos de carreira na PF, o delegado descobriu a farsa do célebre ‘Dossiê Cayman’, um punhado de papéis montados por estelionatários que pretendiam vender a opositores informações forjadas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002).

O carioca é autor da proposta que originou a criação da unidade especializada da Polícia Federal que combate à delinquência ambiental no país.

Ele também é autor da tese que aponta a existência de um novo fenômeno da criminologia, o crime institucionalizado, ‘um flagelo a ser enfrentado, mais problemático e localizado ainda acima do crime organizado convencional’. (DP)


Domingo, 06 de janeiro, 2019 ás 00:05

05 janeiro, 2019

Governo Bolsonaro herda R$ 292 bilhões em investimentos engatilhados


Segundo levantamento feito pelo banco Itaú BBA para o jornal Folha de S.Paulo, os projetos de infraestrutura já contratados ou engatilhados têm um potencial de investimento de R$ 339 bilhões nos próximos anos. Do total, R$ 291,6 bilhões devem se concentrar em cinco anos – ou seja, a maior parte ocorrerá no governo Jair Bolsonaro.

São obras do porte da rodovia BR-364/365, que liga Uberlândia (MG) a Jataí (GO), ou da ferrovia Norte-Sul, em construção há cerca de 30 anos, mas que tem trechos com edital já publicado e leilão marcado para março.

É possível que o potencial de investimento seja ainda maior, segundo Rogério Yamashita, chefe de infraestrutura e logística na área de project finance do Itaú BBA.

“Temos conversado com o governo e ele tem um planejamento enorme de projetos para serem realizados e que não estão mapeados aqui porque ainda são ideias. O que colocamos nas previsões são projetos que já têm estudos”, diz ele.

O setor de energia elétrica é o principal responsável por esses investimentos já mapeados. Do valor total, R$ 202 bilhões deverão ser investidos em novas usinas geradoras e linhas de transmissão.

Em seguida, vem o setor de transportes, com projetos de rodovias (R$ 79 bilhões), aeroportos (R$ 34 bilhões) e ferrovias (R$ 24 bilhões).

Apesar das cifras bilionárias, o valor está longe do ideal, avalia Claudio Frischtak, presidente da Inter.B, especializada em infraestrutura.

Para ele, em um cenário otimista, uma retomada significativa ocorrerá apenas em três anos, a partir de 2022.

Em 2019, os investimentos em infraestrutura deverão representar 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, apontam cálculos da consultoria. A taxa ficaria em um patamar semelhante à do ano passado, de 1,7% do PIB.

O ideal, diz Frischtak, era que os investimentos chegassem a 4% da economia do país.

(Com informações da FolhaPress)


Sábado, 05 de janeiro, 2019 ás 16:00

04 janeiro, 2019

Presidente diz que não vai declarar guerra a governadores de oposição


Na primeira entrevista concedida após a posse, o presidente Jair Bolsonaro afirmou quinta-feira (3/01) que não pretende retomar a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nem aumentar alíquotas. Avisou ainda que, mesmo com, a oposição de alguns governadores, não pretende partir para o enfrentamento.

“Não posso fazer uma guerra com os governadores do Nordeste, atrapalhando as pessoas [da região]”, afirmou o presidente com exclusividade ao SBT. Ele aproveitou para brincar: “Espero que não venham pedir dinheiro”.

Impostos

Bolsonaro negou que pretende retomar a cobrança do imposto sobre cheques e elevar alíquotas para a contribuição previdenciária do funcionalismo público. Segundo ele, o que planeja é implementar a fusão de tributos, mas não detalhou como será feito.

De acordo com o presidente, é fundamental buscar os pontos pelos quais escoam o dinheiro público. Ele levantou dúvidas sobre a liberação de recursos para eventos esportivos e culturais que, na sua avaliação, são elevados. Para ele, há indícios de corrupção na movimentação financeira de órgãos públicos.

O presidente afirmou que manterá o Bolsa Família. No entanto, vai revisar o programa para evitar desvios, mas jamais acabar com os repasses. “Seria um ato de desumanidade retirar a bolsa para essas famílias”, disse.

Após o PSL, partido de Bolsonaro, fechar hoje apoio à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele optou pela neutralidade. O presidente da República disse não ter restrições aos nomes já postos para comandar a Casa, mas quer a vitória de alguém que consiga dialogar com ele. “Nós queremos é dialogar com quem quer dialogar. ”

Política externa

Bolsonaro afirmou que pretende ir aos Estados Unidos para se reunir com o presidente norte-americano, Donald Trump. Questionado se o norte-americano não viria para o Brasil, disse que sabia do seu lugar.

“Eu reconheço a minha posição, nós sabemos que ele é o homem mais poderoso do mundo, gostaria muito que nós visitássemos, mas já sinalizei para o [secretário de Estado norte-americano] Mike Pompeo que em março eu gostaria de fazer uma visita [aos Estados Unidos]. ”

De acordo com o presidente, a parceria com os norte-americanos pode país pode ser “bélica”, indo além das questões econômicas. “A aproximação minha com os Estados Unidos é econômica, mas pode ser bélica. Podemos fazer acordos também. ” Bolsonaro disse que o Brasil não quer ter “superpoderes na América do Sul”, mas quer ter “supremacia”.

Questionado sobre a aliança da Rússia com a Venezuela, fortalecendo o país sul-americano, Bolsonaro disse que acompanha as intenções do governo de Nicolás Maduro. “O Brasil tem de se preocupar com isso, sim. ”

O presidente negou que a aproximação com Israel poderá prejudicar a relação com os países árabes. Para ele, “grande parte do mundo arábe está se alinhando com os Estados Unidos. ” (ABr)


Sexta-feira, 04 de janeiro, 2019 ás 00:05

03 janeiro, 2019

Bolsonaro reúne ministros para tratar de temas prioritários do governo


Diante de 22 ministros já empossados, o presidente Jair Bolsonaro iniciou reunião na manhã de (03/01), no Palácio do Planalto, a primeira reunião do primeiro escalão de seu governo. O encontro, que ocorre dois dias depois da posse, deve concentrar temas prioritários de cada ministério.

Desburocratização e enxugamento da máquina pública e melhoria da qualidade de serviços prestados à população brasileira estarão sobre a mesa. Hoje, mais de 300 funcionários comissionados que integravam a Casa Civil da Presidência da República na última gestão foram exonerados. A medida foi adotada para uma nova composição de equipe mais alinhada com o novo governo.

Temas mais específicos - como o avanço da reforma da Previdência - que exige esforço redobrado das equipes econômicas e de articulação política, também devem tomar grande parte das conversas.

Ao longo de toda a transição, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, conversou com parlamentares para tentar construir uma relação entre o Legislativo e o Executivo dentro de novos moldes.

Determinado a pôr fim à política do “toma lá, dá cá”, baseada na concessão de cargos em troca de apoio em votações no Congresso Nacional, Onyx costurou, ao longo das últimas semanas, um diálogo em busca de uma base forte que possa garantir o avanço de projetos como a revisão da lei previdenciária. O tema é defendido como fundamental para o equilíbrio das contas públicas.

Paralelamente, a equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, busca o melhor formato de texto com o propósito de garantir o avanço da proposta. (ABr)


Quinta-feira, 03 de janeiro, 2019 ás 9:30

02 janeiro, 2019

Bebiano diz que liberalismo econômico será implementado a todos

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, disse quarta-feira (2/02) que a expectativa é que pela primeira vez o liberalismo econômico seja implementado a favor de todos. Para ele, com o Ministério da Economia sob comando de Paulo Guedes, será colocado um ponto final ao “desnecessário e injustificável estado de pobreza e atraso da Nação”.

“Esperamos que, pela primeira vez, de verdade, o liberalismo econômico seja implementado a favor de todos nós”, disse o ministro que participou da cerimônia de transmissão de cargo, no Palácio do Planalto, na presença do presidente Jair Bolsonaro e várias autoridades.

Bebianno destacou o otimismo da equipe para começar o governo. “Vamos em frente com fé, otimismo e força e, que o amor à nossa pátria seja amplificado e guardado longe das garras destrutivas da mentalidade bolivariana que, de modo geral, insistem ameaçar as nações na América no Sul. ”

Agradecimento

Na solenidade, os ex-ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) destacaram os avanços implementados na gestão anterior, como o controle da inflação e a recuperação econômica. Também mencionaram a superação de momentos desafiadores.

“Temer foi firme e conseguiu fazer uma transição de uma inflação que beirava os dois dígitos para cerca de 4%. Ele pegou uma estrada esburacada e está entregando uma estrada recuperada”, afirmou Eliseu Padilha.

Marun lamentou as perseguições contra Temer e destacou sua gratidão. “Enfrentamos tempo de tempestade, representada por enfrentamento de perseguições”. Marun finalizou seu discurso afirmando que o governo Temer “entrega um país muitíssimo melhor do que recebeu. ” (ABr)


Quarta-feira, 02 de janeiro, 2019 ás 16:00

Combate à corrupção pode ser diferente no governo federal, afirma Moro

Sérgio Moro assumiu na quarta-feira (2/01) o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, recebendo o bastão do até então ministro da pasta Torquato Jardim e de Raul Jungmann, que chefiou o Ministério Extraordinário de Segurança Pública, criado por Michel Temer.

Em seu discurso, Moro afirmou que deixou 22 anos de magistratura porque um juiz em Curitiba pouco pode fazer sobre a criação de políticas gerais de combate à corrupção, mas que no governo federal “a história pode ser diferente”.

“Não se combate a corrupção somente com investigações e condenações criminais eficazes. São necessárias políticas mais gerais contra a corrupção, leis que tornem o sistema de justiça mais eficaz, leis que diminuem os incentivos e oportunidades contra a corrupção”, afirmou o ministro, falando também sobre leis mais eficazes de combate ao crime organizado.

“Não é uma tarefa impossível”, afirmou o ex-juiz fazendo a referência ao trabalho da polícia dos Estados Unidos e da Itália no desmantelamento de “famílias mafiosas”. Já o crime violento — homicídio, roubos armados, estupros, entre outros — deve ser combatida com “estratégia, inteligência e políticas públicas eficazes”.

Segundo Moro, as altas taxas de criminalidade prejudicam os negócios e o desenvolvimento, afetando a credibilidade das instituições e “em certo nível, a própria qualidade da democracia”. Cabe ao Ministério da Justiça e de sua equipe, segundo o ministro, iniciar um ciclo de diminuição dos crimes.

Moro afirmou que a missão dada pelo presidente Jair Bolsonaro é clara: “o fim da impunidade da grande corrupção, o combate ao crime organizado e a redução dos crimes violentos, tudo com respeito ao estado de direito para servir e proteger o cidadão”. O ministro da Justiça disse ainda que os mais atingidos pela violência e o desvio de recursos públicos são os mais vulneráveis, que “têm o direito de viver sem medo da violência e sem medo de ser vítima de um crime”, além de terem o direito de “que os recursos públicos sejam destinados ao bem-estar geral e não ao enriquecimento ilícito dos poderosos”.

Medidas

Ao anunciar as primeiras medidas para a pasta, Moro afirmou que o Brasil não será “porto-seguro para criminosos”. Segundo o ministro, o trabalho no ministério ainda está sendo elaborado, mas deu alguns exemplos do que será feito: padronização nas polícias de todo o país, a retomada de controle do governo nas penitenciárias, o fortalecimento de uma área de cooperação internacional, entre outros.

O ministro informou ainda que, entre fevereiro e março deste ano, a pasta deve apresentar um pacote de medidas ao Congresso Nacional.

Segundo o ex-juiz, o Ministério da Segurança Pública não será extinto, mas apenas receberá uma nova roupagem. “O legado das gestões anteriores não está sendo abandonado, apenas pretendemos dar continuidade e fazer tudo que for possível para melhorar o serviço público cada vez mais. ”

Moro agradeceu a presença do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), “uma pedra fundamental do estado de direito e da democracia”. Segundo o ministro, o Ministério da Justiça pretende ser um parceiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido por Dias Toffoli, e que espera uma relação “de cooperação para a construção de um futuro melhor”. (DP)


Quarta-feira, 02 de janeiro, 2019 ás 13:00

01 janeiro, 2019

Após receber faixa, Bolsonaro defende fim de corrupção e de vantagens

Logo após receber, às 17h, a faixa presidencial de Michel Temer, o presidente Jair Bolsonaro discursou no parlatório do Palácio do Planalto, de frente para o público que lotava a Praça dos três Poderes. Recepcionado aos gritos de "mito" e "o capitão chegou", Bolsonaro propôs a criação de um "movimento para restabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso pais". Ele defendeu ainda que "a corrupção, os privilégios, as vantagens, os favores politizados, partidarizados" acabem e fiquem "no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade para a nação".

"Não podemos deixar que ideologias nefastas venha a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições. Ideologias que destroem nossas famílias, alicerces da nossa sociedade. Convido a todos para iniciarmos um movimento neste sentido. Podemos eu, você e nossas famílias, todos juntos, restabelecer os padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil", afirmou.

A primeira frase do presidente para seus apoiadores foi: "este momento não tem preço, servir a pátria como chefe do Executivo". Em seguida, prometeu "fazer o Brasil ocupar o lugar que merece no mundo e trazer paz e prosperidade para todos."  O momento mais aplaudido de seu discurso de improviso ocorreu logo em seguida, quando Bolsonaro proferiu a seguinte frase: "O  povo começou a se liberar do socialismo". E continuou: " Se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto", sendo novamente muito aplaudido. Bolsonaro concluiu esse trecho de sua fala dizendo que a eleição deu voz a quem não era ouvido e que a voz das ruas e das urnas foi muito clara.

Ele assegurou que fará as mudanças pleiteadas pela maioria, respeitando os princípios do estado democrático e a Constituição. Bolsonaro destacou ter sido eleito "com a campanha mais barata da história" e voltou a prometer um "governo sem conchavos e sem acertos políticos". Disse que o "time de ministros" está qualificado para transformar o país, colocando os interesses dos brasileiros em primeiro lugar. Disse que esse era o "propósito inegociável" de seu governo.

Combate ao desemprego

Pela primeira vez, o presidente mencionou a necessidade de combater "o desemprego recorde" na economia. Ele defendeu que os brasileiros tenham direito a uma vida melhor e a um governo honesto e eficiente, que não crie "pedágios e barreiras". Voltou a dizer que vai desburocratizar o Estado e melhorar a infraestrutura do país. Bolsonaro reiterou que quer " acabar com ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

Prometeu ainda garantir "a segurança das pessoas de bem e do direito de propriedade e da legitima defesa" e avisou que a educação básica será priorizada. Ao finalizar seu discurso, mostrou uma bandeira do Brasil e disse: "Eis a nossa bandeira que nunca será vermelha. Se for preciso (daremos) o nosso sangue para mantê-la verde e amarela." (ABr)


Terça-feira, 1º de Janeiro, 2019 ás 18:00

Bolsonaro, 38º presidente do país, toma posse hoje à tarde


Sessenta e cinco dias após ter sido eleito, Jair Bolsonaro assume a Presidência da República, em uma cerimônia marcada para o início da tarde de hoje (1º), com atos no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Itamaraty. Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente eleito deixará a Granja do Torto, por volta das 14h10, seguindo para a Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde se encontrará com o vice-presidente Hamilton Mourão.

Na Catedral, acontece a troca de carros e se inicia o deslocamento dos dois casais, em veículos separados, até o Congresso Nacional. No trajeto, que deve durar cerca de 10 minutos, a comitiva presidencial é acompanhada por policiais a pé, por batedores da Polícia do Exército e pelo 1º Regimento de Cavalaria de Guardas - Dragões da Independência.

A sessão solene de posse de Bolsonaro será aberta às 15h, pelo presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Nesta sessão, Bolsonaro assume o compromisso de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".

O juramento é seguido do primeiro discurso de Bolsonaro como 38º presidente do Brasil. Parlamentares e convidados participam da solenidade que deve durar cerca de 45 minutos e acontece no plenário da Câmara dos Deputados. Na saída do Congresso, Bolsonaro acompanhará a execução do Hino Nacional, a salva de 21 tiros de canhão e a exibição da Esquadrilha da Fumaça, bem como passará em revista às tropas.

Bolsonaro e Mourão, acompanhados das respectivas esposas, subirão a rampa do Palácio do Planalto por volta das 16h20. Serão recebidos pelo presidente Michel Temer e pela primeira-dama Marcela Temer. Todos seguirão para o parlatório. Depois de passar a faixa presidencial, Temer e a primeira-dama se despedem do Palácio do Planalto.

Já com a faixa presidencial, Bolsonaro se dirigirá à nação, em um pronunciamento de aproximadamente 30 minutos, que será acompanhado pelo público presente na Praça dos Três Poderes. Após o discurso, o presidente vai para o Salão Nobre onde receberá os cumprimentos dos convidados e dará posse aos 22 ministros. O ato é seguido da fotografia oficial. A partir das 18h30, o casal Bolsonaro receberá os convidados em um coquetel no Palácio Itamaraty.

Segurança

A posse terá um esquema de segurança reforçado, o maior para uma cerimônia presidencial. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu um ataque a faca, um dos motivos para a segurança reforçada. Desde sábado (29), carros e outros veículos não podem circular na Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá a cerimônia. Quem quiser assistir à posse terá que descer a Esplanada a pé. Não serão permitidos o acesso com bicicletas, skates e patins, por exemplo.

Outros itens proibidos para levar para posse: guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bebidas alcóolicas, garrafas, sprays, bolsas e mochilas. 

Quatro linhas de revistas serão montadas a partir da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar.  Detectores de metais também serão usados ao longo do percurso. A população só poderá passar pelas barreiras com frutas e pacotes de biscoitos, preferencialmente em sacola transparente.

A navegação no Lago Paranoá também será limitada, assim como há um esquema especial para defesa aérea e o controle de tráfego aéreo na capital federal.

A previsão é que 250 mil até 500 mil acompanhem a posse na Esplanada. Mais de 2,6 mil policiais militares trabalharão na região, junto com agentes do Exército, Polícia Federal, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e Detran. (ABr)




Terça-feira, 1º de Janeiro, 2019 ás 00:05