Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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29 janeiro, 2022

MOVIMENTOS SOCIAIS PEDEM PASSAGEM

 

Entidades se organizam para participar das eleições e influenciar os presidenciáveis com suas pautas classistas. A capilaridade em todo o território brasileiro ajuda os candidatos a formularem seus planos de governo

 

O clima de guerra gerado pela gestão de Bolsonaro provocou os movimentos sociais que prometem disputar a narrativa das eleições presidenciais, auxiliando os candidatos na discussão dos problemas brasileiros. Algumas entidades, que não declaram voto por força do estatuto, já organizam suas pautas e propõem soluções para resolver problemas deixados pelo atual governo, que arruinou a economia, atacou o sistema democrático e suas instituições, além de negligenciar a vida de toda a população no período de pandemia.

 

O envolvimento dos movimentos sociais nas campanhas presidenciais já marcou outras eleições. Alguns presidentes, inclusive, ganharam projeção com o suporte de entidades. Lula até hoje conta com apoio da CUT e da maioria dos sindicatos brasileiros. Fernando Henrique Cardoso surgiu no movimento das Diretas Já, amplamente apoiado por OAB, UNE e CNBB. E Bolsonaro veio na esteira de movimentos anticorrupção como MBL e Vem Pra Rua.

 

Abandonado pelos movimentos que surgiram com a bandeira de combate à corrupção, Bolsonaro vai se sustentar, provavelmente, nos evangélicos e nos ruralistas. No entanto, o presidente perdeu integralmente a pauta de movimentos contra a corrupção, especialmente após os escândalos da família. Prova disso, é que o MBL fez um ato de filiação para os seus membros que disputarão a eleição nacional, na quarta-feira, 26, ao Podemos para colaborar com a campanha do ex-juiz Sergio Moro. O vereador e dirigente do MBL, Rubinho Nunes, afirmou que “desde 2019 firmamos o compromisso de apoiar o candidato da terceira via e, hoje, o nome mais viável é do ex-juiz Sergio Moro”. A representante do Vem Pra Rua, Luciana Alberto, disse que o grupo também vai apoiar Moro e o que presidenciável já assinou um termo de compromisso, “alinhado com as pautas que o movimento sempre defendeu”.

 

A crise socioeconômica faz com que o discurso da pauta econômica tome protagonismo nas discussões. Temas como o desemprego, o aumento dos salários, o fim da inflação e a revisão das reformas da Previdência e Trabalhista são os focos dos movimentos sindicais. CUT e Força Sindical apoiarão Lula. Enquanto a CSB apoiará Ciro Gomes. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, diz que a crise atinge principalmente a população mais carente e acredita que o próximo presidente precisará “fazer o País voltar a crescer e gerar empregos”. Antonio Neto, presidente da CSB, reforça a questão trabalhista e afirma que é “preciso unir quem trabalha e quem produz para combater as desigualdades”.

 

O movimento estudantil também vai participar das discussões das campanhas. Em 2021, 3,5 milhões de estudantes desistiram do ensino superior privado, conforme afirma Bruna Brelaz, presidente da UNE. Ela diz que a entidade está preparando propostas e que pretende ser a maior propulsora do debate sobre a educação. “Nossa geração vive sem perspectivas de emprego, de terminar o ensino médio e de entrar no ensino superior”. Já o movimento de pessoas sem casa própria tem ganhado notoriedade nos grandes centros urbanos. O líder do MTST, Josué Rocha, diz que a entidade apoiará Lula e que pretende discutir “a revisão das reformas feitas a partir do governo Temer e o investimento público na infraestrutura urbana”.

 

A campanha de reeleição de Bolsonaro não terá vida fácil. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirma que Bolsonaro precisa ser derrotado nas urnas para que ocorra a reafirmação de um projeto democrático. “Nós vamos passar um bom tempo para nos recuperar desse processo de esvaziamento das instituições e de afronta aos demais poderes”, disse o advogado. O cientista político, Ricardo Ismael, diz que existem componentes nessa eleição que a deixam mais complexa. Setores organizados não têm mais o poder que tiveram nos anos de 1980 e 1990. “Existem atores sociais que não estão representados nesses movimentos, além das mídias sociais”, explica o cientista político. Ele ainda lembra que a atual crise econômica deixou mais da metade das pessoas fora do trabalho formal. No entanto, “essas entidades têm poder de influência, na medida em que têm uma ramificação nacional com dinheiro e unidades espalhadas pelo Brasil”, afirmou.

 

*IstoÉ

Sábado, 29 de janeiro 2022 às 10:47


 

24 outubro, 2020

PLATAFORMA AJUDA A ESCOLHER E ACOMPANHAR VEREADORES PARA ELEIÇÕES

 


Quem já utilizou aplicativos de encontro sabe que pode ser difícil selecionar e achar a pessoa certa em meio a tantas opções. Filtrar as características de aparência e personalidade pode ser complicado. Na política, essa escolha é ainda mais desafiadora: alinhar ideias e projetos em meio a tantas promessas e discursos não seria possível sem a ajuda da tecnologia.

 

A plataforma #TemMeuVoto surgiu em 2018, quando contribuiu para que eleitores optassem por deputados estaduais, federais e senadores de acordo com assuntos prioritários, ideias, propostas de campanha e afinidade ideológica. Similar aos aplicativos de relacionamentos, mas voltada para as eleições.

 

“A plataforma é uma tecnologia para auxiliar na busca de seu candidato ideal, por afinidade de ideias”, afirmou o coordenador do projeto, André Szajman. “Para os políticos, é uma grande oportunidade de se aproximarem de seus eleitores, e demonstrarem que mereceram o seu voto. Essa atitude ativa de ambos os lados é fundamental para o fortalecimento da democracia brasileira", acrescentou.

 

A ferramenta se baseia em perguntas que auxiliam a apontar quais políticos têm ideias similares às do eleitor. Para participar dessa espécie de “Tinder eleitoral” e, possivelmente dar um match, o usuário precisa responder algumas questões, a exemplo dos temas que considera prioritários, como transporte, saúde, educação, cultura, entre outros.

 

Também são feitas algumas perguntas para ajudar a definir a orientação política do usuário. Não é necessário cadastro prévio. Após as respostas, a plataforma disponibiliza uma lista com os candidatos a vereador que mais mais se identificam com as preferências do eleitor.

 

Um clique em cada perfil apresentado mostrará mais informações sobre o candidato ou candidata: partido, minibiografia, sites oficiais, prioridades, posição ideológica. O eleitor poderá refinar a escolha e definir o sexo e a raça do candidato, de acordo com os critérios e registros oficiais do TSE. Ao final, poderá marcar seus favoritos e gerar uma espécie de "colinha eletrônica" com os seus candidatos escolhidos.

 

Mas para o “encontro” dar ainda mais certo, Szajman destaca que é necessário que os candidatos acessem o site e também respondam às perguntas, uma vez que a plataforma é colaborativa e depende de informações inseridas pelos candidatos. Inicialmente as informações do Tem Meu Voto são as disponibilizadas por fontes públicas oficiais como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Segundo Szajman, é a partir dessas respostas que o programa do #TemMeuVoto lista para os eleitores os candidatos mais alinhados com o perfil de cada um. Ele avalia ainda que a ferramenta pode ajudar a dar mais visibilidade para as candidaturas pequenas, sem muita estrutura ou apoio partidário.

 

“Acredito que os candidatos não deveriam perder a oportunidade de preencher a plataforma. Ela é muito boa para um candidato pequeno, uma pessoa que não ia aparecer no radar. Essa ferramenta tem um fator importante de inclusão. De fato, é necessário aumentar a representatividade nos parlamentos de negros, mulheres, de minorias”, afirmou Szajman.

 

Outro ponto importante é que sempre vale a pena pesquisar mais sobre o candidato, não ficando restrito apenas aos resultados apresentados pela plataforma. Uma das justificativas é que como não há um “controle” sobre as respostas de cada candidato, alguns podem se aproveitar da ferramenta para mostrar um perfil que não corresponde ao seu de fato, a exemplo de um candidato de direita que finge ser de esquerda para atingir outra faixa de eleitores.

 

“A gente discutiu muito esse ponto, mas a verdade é que a gente não tem fazer essa avaliação [de cada resposta]. A gente tem que considerar que a resposta sempre parte da honestidade do político”, disse Szajman. “Espero que esses que eventualmente tenham esse tipo de atitude sejam dispensados pelos eleitores, esperamos que os candidatos sejam mais honestos”, afirmou.

 

Nas eleições de 2018, a plataforma teve 34 milhões de acessos e 1,5 milhão de escolhas por afinidade (matches). Nas eleições municipais deste ano, a expectativa é dobrar estes números. Desde que a plataforma foi ao ar, há cerca de duas semanas, já foram mais de 500 mil acessos. (ABr)

Sábado, 24 de outubro, 2020 ás 19:00 


 

13 julho, 2020

FIOCRUZ E DOIS HOSPITAIS DEVEM CRIAR PROTOCOLOS PARA ELEIÇÕES, DIZ TSE



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou segunda-feira (13/7) um acordo para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein participem da elaboração de um protocolo de segurança para a realização das eleições municipais de novembro, tendo em vista a pandemia de covid-19.

As instituições devem avaliar todos os riscos de contágio e à saúde pública durante a votação e desenvolver em seguida os protocolos sanitários e ambientais para a realização da votação no cenário da pandemia.

Segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, não haverá custo aos cofres públicos pelo serviço, que será uma ajuda “patriótica”, prestada “graciosamente”, conforme escreveu ele em ofício dirigido às instituições.

Em virtude da pandemia, o Congresso promulgou há duas semanas uma emenda à Constituição que adiou o primeiro turno das eleições municipais de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno foi alterado de 25 de outubro para 29 de novembro. (ABr)

Segunda-feira, 13 de julho, 2020 ás 17:00