O
presidente do Brasil afirmou na sexta-feira (22/05) que tomou conhecimento
antecipadamente e deu aval à carta na qual o chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, Augusto Heleno, mencionou “consequências imprevisíveis para a
estabilidade nacional” de um possível pedido de busca e apreensão do telefone
celular do presidente.
Em
entrevista à Rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo também afirmou que não
entregaria seu aparelho mesmo com decisão da Justiça. A solicitação foi
apresentada por parlamentares e partidos da oposição em notícia-crime levada ao
Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta interferência do presidente na
Polícia Federal.
Nesta
sexta-feira, dia 22, o ministro Celso de Mello, relator do caso, pediu que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre assunto. “Tomei
conhecimento do texto (do Heleno) antes da publicação. Eu olhei e falei: o
senhor fique à vontade”, declarou Bolsonaro. “Agora, Piraí: um ministro do STF
querer o telefone funcional de um presidente da República que tem contato com
líderes do mundo… tá de brincadeira, comigo? ”.
O
presidente criticou a decisão do ministro de Celso de Mello de consultar a PGR.
Para Bolsonaro, o magistrado não deveria nem cogitar a consulta.
“No
meu entender, com todo o respeito ao Supremo Tribunal Federal, nem deveria ter
encaminhado ao Procurador-Geral da República. Tá na cara que eu jamais
entregaria meu celular. A troco de quê? Alguém está achando que eu sou um rato
para entregar um telefone meu numa circunstância como essa?”, frisou.
Veja o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril:
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Estadão
Sexta-feira,
22 de maio, 2020 ás 8:30