Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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23 maio, 2020

ELE DIZ QUE NÃO ENTREGARÁ O SEU CELULAR NEM COM DECISÃO JUDICIAL


O presidente do Brasil afirmou na sexta-feira (22/05) que tomou conhecimento antecipadamente e deu aval à carta na qual o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, mencionou “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional” de um possível pedido de busca e apreensão do telefone celular do presidente.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo também afirmou que não entregaria seu aparelho mesmo com decisão da Justiça. A solicitação foi apresentada por parlamentares e partidos da oposição em notícia-crime levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta interferência do presidente na Polícia Federal.

Nesta sexta-feira, dia 22, o ministro Celso de Mello, relator do caso, pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre assunto. “Tomei conhecimento do texto (do Heleno) antes da publicação. Eu olhei e falei: o senhor fique à vontade”, declarou Bolsonaro. “Agora, Piraí: um ministro do STF querer o telefone funcional de um presidente da República que tem contato com líderes do mundo… tá de brincadeira, comigo? ”.

O presidente criticou a decisão do ministro de Celso de Mello de consultar a PGR. Para Bolsonaro, o magistrado não deveria nem cogitar a consulta.

“No meu entender, com todo o respeito ao Supremo Tribunal Federal, nem deveria ter encaminhado ao Procurador-Geral da República. Tá na cara que eu jamais entregaria meu celular. A troco de quê? Alguém está achando que eu sou um rato para entregar um telefone meu numa circunstância como essa?”, frisou.

Veja o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril: 



* Estadão

Sexta-feira, 22 de maio, 2020 ás 8:30