Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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04 dezembro, 2021

SANTOS CRUZ AVALIA LULA E BOLSONARO: "UM DESTRUIU A ESQUERDA, O OUTRO A DIREITA"

Recém filiado ao Podemos, o general Santos Cruz afirmou em entrevista que tanto o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) quanto o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) "destruíram a democracia". Na sua visão, "um destruiu a esquerda, o outro destruiu a direita".

 

A avaliação do militar é a de que um retorno do petista ao Planalto - ou a reeleição do capitão do Exército - seria "um grande retrocesso para o Brasil".

 

Ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Cruz passou a apoiar a pré-candidatura de Sergio Moro à presidência da República. De acordo com o general, o apoio ao ex-juiz ocorre "para que o Brasil não fique nesse dilema da polarização".

 

A ideia de entrar na política, segundo o general, amadureceu após sua saída do governo Bolsonaro. Isso porque, na visão do militar, houve uma tentativa de 'arrastar' as Forças Armadas para as aventuras políticas do atual presidente. "As Forças têm de ser valorizadas, preservadas e não podem ser instrumento de jogo político".

 

Questionado sobre uma possível interlocução com congressistas denunciados - caso se elega para a Câmara ou o Senado -, Santos Cruz diz que não teria problemas em dialogar com 'figurões' do centrão, como o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

 

"Ele tem uma função importante na Câmara. Ele representa a Câmara e tem de respeitar a instituição. O problema particular tem de resolver na Justiça. Você não pode adotar posições moralistas e sair julgando quem é bom ou ruim", avalia.

 

Em um futuro governo Moro, caso o ex-ministro vença as eleições presidenciais do próximo ano, o general considera que seu candidato terá que estabelecer "parâmetros políticos" nas negociações. "Se eu sou presidente, tenho de dizer: eu não negócio benefícios pessoais nem dinheiro público".

 

Sobre a pecha de 'traidor', atribuído a Moro por políticos próximos à família Bolsonaro, Santos Cruz afirmou - em entrevista à Folha de S. Paulo - que "essa tentativa de transferência de traição não cola".

 

"O grande traidor deste país se chama Jair Messias Bolsonaro. Ele traiu todas as promessas de campanha. Traiu um país inteiro. Ele falou que era contra a reeleição, mas governa desde o primeiro momento pela reeleição. Não cantaram musiquinha de que o centrão era um bando de criminosos? Ele descaracterizou o Coaf. Ele não prometeu que tinha de acabar com o toma lá dá cá? Agora que ele se filiou ao PL, voltou para casa, como ele falou", afirma.

 

iG Último Segundo

Sábado, 4 de dezembro de 2021 às 9:34



24 maio, 2020

CLOROQUINA A ÚNICA POSSIBILIDADE DE CURA CONTRA PANDEMIA



O capitão cloroquina comemorou sábado (23/05), na porta do Palácio da Alvorada, os testemunhos de pessoas que afirmam ter sido curadas da Covid-19 após uso de cloroquina. Apoiadores pagos estavam no cercadinho carregando um cartaz fazendo propaganda do medicamento.

Ele se negou a responder perguntas da imprensa, um dia após o vídeo de reunião do governo ser divulgado onde Bolsonaro fala sobre interferência nos ministérios. Em rápida conversa com a imprensa, o presidente disse que “toma quem quer” a droga, mas que hoje ela é a única possibilidade de cura, embora não haja comprovação científica. Sem apresentar números e a origem da informação, Bolsonaro disse que “muitas pessoas foram curadas” pelo medicamento.

Ao se negar a responder aos questionamentos de repórteres, disse que falaria apenas com os cinegrafistas presentes na porta da residência oficial. Diante da reclamação dos profissionais de imagem sobre agressões de apoiadores do governo, Bolsonaro respondeu: “Faço um apelo para ninguém agredir a imprensa”.

O presidente também ouviu agradecimentos de apoiadores que consideram que ele “defendeu a família dele” durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, cuja gravação foi divulgada ontem após decisão do Supremo Tribunal Federal.

Também sábado, Bolsonaro foi recebido com gritos de apoio e manifestações de protesto, na parte da tarde, em uma quadra residencial da Asa Sul, região central de Brasília. Ele foi visitar o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Os dois foram a padaria comprar pães e fizeram um lanche no apartamento de Ramos, onde Bolsonaro permaneceu durante uma hora e meia aproximadamente.

A aliados, o presidente repetiu, neste sábado, que ministros “escapam”, ao tratar da repercussão do vídeo da reunião ministerial. Ele recebeu as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) e mais cinco youtubers pela manhã no Alvorada.

Ao descer do prédio, Bolsonaro cumprimentou e tirou fotos com alguns apoiadores, mas abreviou o contato após ouvir batidas de panela e gritos de protesto. Alguns dos manifestantes se aproximaram do presidente, obrigando a equipe de segurança a reforçar barreira em seu entorno. Ele usava máscara, obrigatória no Distrito Federal.

Após a visita ao ministro, Bolsonaro se deslocou para o setor Sudoeste, uma área de Brasília, para visitar o filho Jair Renan, a quem chama de “04”. Bolsonaro parou para comer um cachorro-quente, já de noite, em um trailer, na Asa Norte, também região central de Brasília. De novo, ouviu gritos de apoio e de protesto. Fez o lanche do lado de fora do trailer, após questionar se podia comer no local.

Em poucos minutos, a presença do presidente gerou aglomeração em torno do trailer. Apoiadores se aproximaram com gritos de “mito” e “tá reeleito”. Das janelas de prédios, outras pessoas batiam panelas e o chamavam de “genocida”.

*O Globo

Domingo, 24 de maio, 2020 ás 11:00


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