Dados
disponíveis no site do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) mostram
que a administração do Estado de Goiás está com 155 obras paralisadas. Ao todo,
são mais de R$ 296,7 milhões de verba já gasta nas obras paralisadas, que o
cidadão sequer tem certeza se um dia irá usufruir o que foi prometido pelo
governo. O detalhe do levantamento feito pelo Goiás Real é que, das obras, 87
foram iniciadas em 2014, justamente o ano da reeleição do governador Marconi
Perillo (PSDB). Em 2013, 32 obras que tiveram início. Em 2012, foram 27 e em
2011, 9 obras foram iniciadas.
Entre
as obras paralisadas, que se iniciaram em 2014, a maioria é de pavimentação
asfáltica, recapeamento, drenagem superficial, meio-fio e sinalização em
diversas ruas e avenidas. Segundo as informações do TCE, 44 cidades estão até
hoje aguardando o benefício que, com certeza, foi exaustivamente divulgado por
lideranças ligadas ao governador Marconi Perillo (PSDB) durante as eleições
passadas. Somente neste quesito, que também é de responsabilidade da Agência
Goiana de Transportes e Obras (Agetop), o valor total que seria, mas não foi
transformado em benefício, é de R$ 114,9 milhões.
Coincidência
ou não, outra informação que causa estranheza é que para cidades do Entrono do
Distrito Federal, onde a disputa eleitoral é de certa forma mais complicada,
constam os maiores valores. É o caso da cidade de Luziânia, em que o Estado
prometeu investir R$ 10,1 milhões em pavimentação. Já o município de Santo
Antônio do Descoberto iria receber R$ 9,6 milhões e o valor para Novo Gama
seria de R$ 9,2 milhões. Além de outras cidades como Campinorte, Itapuranga,
Jussara, Campos Belos, Itaberaí, Nazário, Iporá, Aragarças, Crixás, Silvania,
Nerópolis e Porangatu que também aparecem na extensa lista.
Consta
também no relatório do Tribunal outras obras paralisadas como, por exemplo, o
Centro de Convenções de Anápolis, que representa R$ 118 milhões represados na
entrada da cidade sem nenhuma perspectiva de conclusão da obra. Assim como a
construção de pontes nas cidades de Goiás, Aurilândia, Uirapuru e Córrego do
Ouro.
Construção
e reforma de praças e parques também constam como itens que os moradores seguem
esperando, pois as cidades de Nova Crixás, Nazário, Posse, Damolândia, Formosa,
Guarani de Goiás, Portelândia, Santo Antônio do Descoberto e Daminópolis ainda
não vão poder proporcionar um momento diferenciado de socialização entre as
pessoas. Para a prática de esportes, os atletas ou as pessoas que gostam de se
exercitarem que moram em Catalão e Anicuns ainda esperam pelas reformas dos
ginásios de esportes, conforme prometido.
Chama
atenção ainda a quantidade de salas de aulas que deixaram de ser construídas em
12 cidades goianas. Conforme a planilha, em Catalão seriam construídas 78
unidades escolares, em Itumbiara 84 unidades, em Inhumas 101, 106 em Goiás, 77
em Anápolis, 100 em Rio Verde, Iporá e Luziania, 90 em Formosa, 82 em Uruaçu,
92 em Goianésia e mais 92 unidades na capital goiana.
Com
relação a Goiânia, além de três prédios públicos do próprio governo, o
relatório traz conclusões de obras, reformas e construções de escolas e
pavimentações asfálticas das GOs 080, 403 e 020. As obras do Centro Cultural
Oscar Niemeyer, Palácio dos Esportes, reforma do Estádio Serra Dourada e a
construção do Estádio Olímpico e o laboratório de capacitação do Centro de
Excelência também fazem parte da lista de obras paralisadas do TCE-GO.
Fonte:
Goiás Real
Terça-feira,
23 de junho, 2015
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