O “ano” de 2015 recebeu-nos, logo
nas primeiras horas com aquele atentado violento, quando morreram doze pessoas
em pleno centro da “Cidade das Luzes”, Paris, e aí, “todo mundo é testemunha”,
ávido de bater todos os recordes, com sangue escorrendo por seus dentes, aqui,
no “antes” nosso Brasil, intensificou os crimes, o sangue rolado e continua
aterrorizando de modo quase institucional, produzindo imagens impactantes
reproduzidas incessantemente nos noticiários matutinos e vespertinos, como se
fosse “matinê, não é mesmo misericordioso leitor? Toda a hora, todo o tempo,
tornando-se motivo de quase todas as conversas, até das crianças “adulteradas”
precocemente com a disseminação indiscriminada de imagens e músicas
pornográficas em tudo quanto é lugar, nos outdoors, na novela das seis, nos
desenhos, nos cadernos da escola. Também, e pior, milhões e milhões de pessoas,
de todas as idades, estão sendo mantidas em “acampamentos” com precárias
condições de higiene enquanto que o sonho de mais alguns milhões, que
perambulam sem rumo ou aventuram-se em alto mar, ondas gigantescas, alguns
abraçados nos filhos, muitos recém-nascidos, na escuridão da noite, em botes
infláveis superlotados, sem colete salva-vidas, sem água ou comida por mais de
um dia, sonhando em pisar numa “terra firme”, num país “sem conflito”. Mais de
1 bilhão de pessoas não sabem se comerão amanhã. Mais de 2 bilhões vivem em
condições precárias. Mais de 3 bilhões não têm “propriedade” alguma! Muitos
pensam que podem ser felizes em meio a todo esse caos, preocupando-se
excessivamente com seus problemas pessoais e assim potencializando-os e, pior, só
matizando-os. É por isso que temos uma farmácia em cada esquina no Brasil.
Alguns até assistem, continuamente, palestras e mais palestras de “ajuda
motivacional”, “emocional”, empreendem leituras infindáveis, de livros oriundos
das mais diversas partes do planeta, de sábios e gurus das mais diversas áreas
das ciências exatas e não exatas e eu pergunto: será que é tão difícil para
estas pessoas entenderem, compreenderem, aceitarem que não estão morando, “ainda”,
no céu?
Eu acho que todos estes complexos
problemas serão resolvidos com as revelações feitas pela nossa presidenta, ou
presidente – as duas formas estão corretas – em entrevista coletiva lá na
distante Nova Zelândia, fartamente propagada no You Tube. Não resisti e
transcrevo um pequeno trecho retirado do “Site G1”:
“Dilma agradeceu ainda a bola de
folha de bananeira, chamada de ki, que ganhou de um dos participantes da Nova
Zelandia e passou a solenidade toda apertando-a. “Esta bola é o símbolo da
nossa evolução porque nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres
sapiens” disse a presidente ao se referir a bola que quando se joga de uma
pessoa para outra transmite amor e carinho”.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)
Segunda-feira, 29 de junho, 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário