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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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09 junho, 2015

UNIÃO DOS ADVOGADOS PÚBLICOS FEDERAIS DENUNCIA APAGÃO NA AGU




Com chefias abandonadas em diversos órgãos da Advocacia-Geral da União, deflagração da greve não está descartada e Advogados Públicos Federais seguem mobilizados por condições dignas de trabalho.

Procuradores-chefes junto às Autarquias e Fundações Federais brasileiras assinaram documento coletivo informando que não havendo mudanças emergenciais, entregarão seus cargos de chefia. Cerca de 78 Procuradores Federais, chefes nas unidades, protestaram manifestando a intenção de entrega dos cargos, contra as más condições de trabalho na AGU.

A nova manifestação coletiva das chefias da AGU mostra a insatisfação generalizada que está instalada na Instituição e os graves problemas de sucateamento do Órgão, que compromete a atuação dos Advogados Públicos Federais na viabilização de políticas públicas em projetos como o ENEM, construção e reformas de rodovias, ferrovias e aeroportos, por exemplo.

No dia 27 de abril deste ano, Procuradores-Chefes das Procuradorias Federais da 1ª Região comunicaram à Procuradora Regional Federal a entrega dos cargos de todos os responsáveis e respectivos substitutos pelas áreas temáticas das Procuradorias Federais no Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Goiás (GO), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Piauí (PI), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO), entregaram suas coordenações, com pedido de exoneração, junto com os Procuradores-Chefes Substitutos. No dia 21 de maio, foram protocoladas na AGU mais de mil declarações de entrega de outros Advogados Públicos Federais que entregaram seus cargos de chefia também em protesto.

A mobilização de entrega de cargos é um protesto dos membros da AGU que reivindicam soluções imediatas para a ausência de carreira de apoio, problemas estruturais nos prédios das unidades em todo o País, valores pífios de diárias para viagens a trabalho, volume excessivo de processos e defasagem remuneratória frente às demais funções essenciais à justiça.

No dia 14 de maio, em apoio ao Movimento pela Valorização da Advocacia Pública Federal, integrantes da Câmara Permanente de Licitações e Contratos da PGF (CPLC/PGF) suspenderam a realização das atividades por tempo indeterminado. Os membros da AGU paralisaram a atuação, além da CPLC, também nos plantões judiciais, nos mutirões de conciliação, no GT – Minutas PFE/INSS, a Câmara Permanente de Convênios, a Comissão de atualização de minutas padrão da AGU.

O Diretor-Geral da UNAFE, Roberto Mota, destaca a amplitude que a mobilização tem alcançado e não descarta a greve geral da categoria. “Por muito tempo a atual administração da AGU manteve a falácia de que as reclamações das condições de trabalho eram apenas das associações. A adesão em massa dos colegas que trabalham nesses prédios precários e com completa falta de apoio e estrutura logística, mostra que trata-se de um pedido de socorro coletivo dos membros da Instituição”, pondera Mota.

O Procurador Federal, Ronaldo Gallo, que integra a nova lista de Procuradores-Chefes que endossaram a manifestação de insatisfação coletiva, pondera que medidas emergenciais devem ser adotadas para que a normalidade seja retomada e os membros da AGU possam exercer suas funções com segurança.

“A assinatura conjunta é um compromisso ético com a AGU e o Brasil. A AGU passa por uma crise sem precedentes e não poderíamos deixar de nos manifestar sobre essa grave situação. Não há mais condições de exercermos nossas funções sem prerrogativas básicas a nos conferir suporte. Sem falar nos colegas que, Brasil afora, exercem suas funções sem condições dignas de trabalho. O nosso empenho é para que a AGU ressurja forte e íntegra para cumprir o papel que lhe fora designado pela Constituição Federal: a defesa do Estado”, afirma o Procurador Federal.

OUTRAS CARREIRAS DA AGU

A mobilização de entrega de cargos na AGU também obteve adesão de integrantes das quatro carreiras jurídicas que integram o Órgão e são representadas pela UNAFE, são elas: Advogados da União, Procuradores Federais, Procuradores do Banco Central e Procuradores da Fazenda Nacional.

A UNAFE vai manter a atuação para assegurar as prerrogativas necessárias para atuação dos membros da Advocacia-Geral da União nas quatro carreiras representadas.(A/E)

Terça-feira, 09 de junho, 2015

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