Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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26 agosto, 2022

CANDIDATA À PRESIDÊNCIA SIMONE TEBET DIZ QUE URNAS SÃO CONFIÁVEIS

 

A candidata à Presidência pelo MDB, senadora Simone Tebet, participou na manhã de sexta-feira (26/8) da sabatina do Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan. Ao ser perguntada sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, Tebet avaliou que as instituições democráticas estão firmes e o Brasil terá o resultado das urnas obedecidos.

 

“Vamos respeitar o resultado das urnas. Em relação às urnas, eu mesma já tive dúvidas quanto a isso, mas sete anos se passaram, o atual presidente foi eleito com a urna, nós estamos convencidos que as urnas não estão ligadas à internet, não há possibilidade de um hacker entrar. Confio nas urnas, nos resultados”.

 

Outro tema abordado pela candidata foi a defesa do mandato de 10 anos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Simone Tebet também considera importante retirar o papel de Corte criminal do Supremo.

 

Ao falar de agronegócio e meio ambiente, a presidenciável falou sobre a substituição do “ou" pelo “e”. “Não é meio ambiente ou agronegócio. O agro é sustentável sim, não podemos generalizar e também não podemos colocar exceções dentro do processo, que é o único que está colocando comida na mesa do brasileiro. Temos grileiros e mineradores ilegais, mas eles não representam o agronegócio, são bandidos. Isso é minoria e precisa ser combatido. No meu governo é desmatamento ilegal zero, em qualquer bioma. Defendo o agro, minha família é do agro, mas sou contra derrubar uma única árvore ilegalmente”, disse.

 

Ainda durante a sabatina, a candidata defendeu salário igualitário para homens e mulheres. “É inconcebível dizer que por ser mulher você vai receber 20% a menos. Se for uma mulher preta, até 40% a menos. Isso me deixa indignada. Virando presidente, o primeiro pedido é pela aprovação desse projeto. Se aumentar o salário das mulheres, quem ganha é a economia”.

 

Sobre o horário eleitoral gratuito em rádio e televisão que começa amanhã para os presidenciáveis, Simone Tebet afirmou que poderá se tornar conhecida no país e ganhar apoio. “Acredito que a partir do momento em que nos tornarmos conhecidos diante de uma campanha tão polarizado, entre o voto do menos pior e por alguém que fala em esperança, tenho certeza que o eleitor vai repensar seu voto. Se chegarmos ao segundo turno, vencemos as eleições”, disse. Na noite de hoje, a emedebista será a candidata entrevistada pelo Jornal Nacional.

*ABr

Sexta-feira, 26 de agosto 2022 às 13:42


 

24 agosto, 2022

“ORÇAMENTO SECRETO COMPROU A CONSCIÊNCIA E ALMA DE MUITOS”, DIZ TEBET

 

A candidata do MDB (15) à Presidência da República, Simone Tebet, voltou a criticar, na quarta-feira (24/8), a execução das chamadas emendas de relator, conhecidas popularmente como “orçamento secreto”. Nas palavras da senadora, o orçamento secreto “comprou a consciência e a alma de muitos” parlamentares.

 

O dispositivo tem sido usado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) principalmente com o objetivo de negociar apoio de políticos do Centrão na aprovação de pautas de interesse do Executivo federal em tramitação no Congresso Nacional.

 

A fala ocorreu durante agenda de campanha da emedebista com pesquisadores e acadêmicos de São Paulo. Na ocasião, Tebet estava acompanhada de Mara Gabrilli, que é candidata a vice-presidente na sua chapa.

 

O convite partiu da bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz e tem por objetivo debater os desafios para ciência e tecnologia no próximo governo.

 

No encontro, Tebet defendeu que, caso eleita, tentará excluir investimentos na área de ciência e tecnologia do teto de gastos. “A educação está fora do teto de gastos. E estamos estudando a possibilidade de implantar, tirar do teto de gastos, os investimentos com ciência, tecnologia e inovação. Com isso, a gente aumenta recurso no orçamento”, disse.

 

A senadora também firmou o “compromisso de que nenhum centavo será contingenciado”, e indicou que terá como prioridade atender às universidades, instituições acadêmicas, com enfoque na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

 

Ainda no que diz respeito à execução orçamentária, a emedebista diz que está repensando o teto de gastos como âncora fiscal. “Estamos estudando fortemente essa possibilidade”, enfatizou.

 

Quero dizer o seguinte: tenho analisado com economistas – sou liberal na economia, mas não sou fiscalista sem alma – e estamos estudando, tenho conversado muito com economistas que nos apoiam, precisamos repensar uma âncora fiscal para evitar orçamento secreto, desvio de dinheiro”, prosseguiu.

 

Mais cedo, a candidata ao Palácio do Planalto cumpriu agenda da campanha na Fundação Abrinq, em São Paulo. Na oportunidade, ela defendeu como proposta de governo, a criação de uma espécie de poupança para estimular jovens a concluírem o ensino médio. Segundo a senadora, o projeto consiste em conceder ajuda financeira anual aos estudantes da faixa etária, que poderão sacar as quantias após a conclusão do período escolar.

 

Tebet defendeu a proposta como alternativa para reduzir a quantidade de “jovens nem, nem”, que são os adolescentes que não estudam e não trabalham.

 

Ao final do curso, eles poderão fazer o que quiser com o dinheiro”, explicou a candidata. “Podem comprar um celular, fazer uma viagem, um curso ou dar de entrada em um carrinho usado”, prosseguiu, defendendo que o programa, caso eleita, se chamará “Poupança Jovem”.

*Metrópoles

Quarta-feira, 24 de agosto 2022 às 19:25

 


 

22 agosto, 2022

O BELZEBU POLÍTICO

 

Agora começou de fato e de direito o jogo eleitoral. As campanhas para conquistar a preferência dos brasileiros ganharam as ruas. E vale de tudo: da fé contrária ao “demônio” – sempre, estrategicamente, colocado no outro extremo – até os habituais fakes news, que infestam ainda mais as discussões nesses tempos inglórios, quando candidatos se exibem mais mascarados que nunca.

 

Para além do populismo rasteiro dos dois postulantes que estão na dianteira da corrida, Lula e Bolsonaro, a religiosidade distorcida em mensagens e ideias virou a arma da moda. Também pudera! Tendo, lado a lado no ringue, dois pretensos salvadores da pátria, não poderia ser diferente.

 

No canto esquerdo, aquele que se acha mais famoso que Jesus Cristo, o demiurgo de Garanhuns, o sindicalista de carteirinha – de batente nunca foi – protetor dos pobres e oprimidos.

 

 No direito, o “mito” Messias, o caboclo capitão do baixo clero, totalitário por convicção, na sua ode delirante de combater um comunismo que jamais deitou raízes por essas paragens.

 

Verdadeiros Dom Quixotes contra os moinhos, eles travam aquela que acreditam ser uma guerra santa. Provavelmente não irão expiar os seus pecados na hora do Juízo Final. Dois espectros dos absurdos nesses tempos pouco edificantes da política brasileira. Mas é o que temos para agora.

 

O mandatário Jair, para ampliar a sua base de devotos, numa seita que parece exigir adoração e fé cega na palavra desse redentor, faz acenos momentâneos para os católicos, que desconfiam das pregações oportunistas. Já o adversário Lula recorre a conceitos mais elaborados para catequizar a massa ignara, taxando o opositor como um “possuído” pelo belzebu.

 

Quem está familiarizado com as encíclicas religiosas sabe muito bem do perigo de invocar o coisa ruim. Mas eles não temem, senão a própria sorte de uma derrota fragorosa nas urnas, e assim haja perjúrios e blasfêmias. Nenhum deles, nem Lula, muito menos Bolsonaro, é, decerto, um asmodeu menor na contenda. Possuem, ambos, pecados escabrosos e inomináveis, capazes de arrepiar os cabelos até dos devotos menos esclarecidos.

 

E como lobos na pele de cordeiros saem atrás dos incautos beatos e carolas para seus rebanhos. Autênticos fariseus do templo! O sincretismo religioso foi jogado na fogueira das vaidades. Deturparam, cruelmente, valores e crenças em todas as direções.

 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro, entoando os preconceitos atávicos do marido, chegou a rogar praga ao candomblé, iniciando assim uma temporada de perseguição a cultos, o que atenta, inclusive, contra uma cláusula pétrea da Constituição. Na linha que adotou, deixa a entender que para evangelizar novos adeptos seria necessário condenar os que professam ao abrigo de demais santuários, terreiros, sinagogas, catedrais e basílicas. Nada mais equivocado.

 

O Brasil, berço da tolerância aos diversos credos, não aceita tamanha afronta. O ecumenismo está na base de nossa sociedade. Michelle joga com o medo do apocalipse – e esse seria fomentado pela corrente adversária, no seu modo de ver –, enquanto promete a remissão dos “errantes” e dos pecadores de espírito, no caso aqueles que não perceberam no marido o poder da salvação.

 

Angariar votos de última hora entre neoconvertidos pode garantir mais quatro anos de privilégios presidenciais à família, missão que almeja cumprir a qualquer custo, nem que seja de joelhos nas seções do TSE ou dançando em transe, como já demonstrou quando o escolhido por ela alcançou o STF.

 

Na toada que vão os atuais inquilinos do Planalto, a ideia de Estado laico foi para o espaço. Bolsonaro colocou no Supremo alguém “terrivelmente evangélico”, contrariando os ditames legais, e distribuiu lingotes de ouro e verbas, numa forma de dízimo, do Ministério da Educação para conquistar a fidelidade dos pastores.

 

Michelle, por sua vez, seguiu contabilizando o potencial de milhões de frequentadores da sua igreja como meros discípulos para a vitória da purgação no pináculo do poder brasiliense. O contingente de católicos, evangélicos, umbandistas, espíritas e outros não é nada desprezível para os intentos deletérios dessa turma. Provavelmente, por isso mesmo, os dois contendores que estão à frente deixaram de lado propostas de gestão e as esperadas plataformas de governo para tocarem fundo na alma e emoção religiosa dos seguidores.

*IstoÈ

Segunda-feira, 22 de agosto 2022 às 13:58