Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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19 novembro, 2021

ELEIÇÕES 2022: CANDIDATOS NÃO CONTAM COM CONFIANÇA DO MERCADO

 

A eleição do próximo ano deve gerar muita polarização, ainda mais com os nomes que já são dados como certos na disputa presidencial e com uma terceira via ainda indefinida.

 

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) tem se vendido como o candidato da terceira via, mas o mercado parece não ter comprado a viabilidade dessa ideia.

 

Segundo Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, a subsidiária brasileira da corretora BGC Partners, de Nova York, ainda não existe um nome de consenso entre os investidores. Para os analistas, o mercado deve continuar bastante volátil até conhecer as equipes econômicas e as propostas de cada candidato.

 

Até lá, o mercado deve ser manter “nervoso e estressado”. As incertezas quanto ao futuro do Brasil nos próximos anos deterioram ainda mais o cenário econômico já bastante desfavorável e desgastado pelos riscos fiscais. O risco Brasil medido pelo EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus) aumentou 28,7%, saindo de 261 pontos no início do ano para 336 pontos nesta terça-feira, 16, e as expectativas não são de melhoria com a aproximação das eleições. O índice funciona como uma espécie de termômetro para medir o grau de percepção dos investidores sobre o país e quanto maior o número, maior é a insegurança. A bolsa brasileira, B3, tem sido um reflexo dessa percepção.

 

Com Veja

 Sexta-feira, 19 de novembro 2021 às 22:04


 

17 novembro, 2021

MORO ANUNCIA PASTORE EM SUA EQUIPE DE CONSELHEIROS ECONÔMICOS PARA 2022

 

                                       Affonso Celso Pastore

 Pré-candidato à Presidência da República, o ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos-PR) disse em entrevista ao Conversa com Bial na madrugada desta quarta-feira (17/11) que o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore faz parte de um grupo que ele reuniu para discutir os rumos econômicos do Brasil.

 

"É um dos melhores nomes do país", afirmou. Segundo o ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro, Pastore a assessora em relação à macroeconomia. "É importante controlar a inflação."

 

Em afirmação recente à Folha, Pastore disse que o Brasil deve permanecer por bastante tempo com um câmbio depreciado, fator que dificulta o combate à inflação e que não resolverá sozinho o problema de falta de competitividade da indústria brasileira.

 

Pastore afirmou também que o país corre o risco de perpetuar alguns erros do passado caso reeleja Bolsonaro (sem partido) ou o ex-presidente Lula (PT). Ele se declara otimista com uma terceira via social-democrata, com um modelo econômico de Estado provedor e que reduza desigualdades.

 

Na entrevista à Globo, Moro preferiu não revelar outros nomes que fazem parte do grupo de economistas reunidos por ele. Alegou que é melhor manter o sigilo porque "o projeto ainda está sendo construído".

 

O "projeto", admitiu, é a sua candidatura à Presidência da República em 2022. "Me sinto habilitado a construir esse projeto de país com a população brasileira", respondeu sobre a disputa eleitoral. Para Moro, é importante evitar que o país "caia no desespero de extremos'', referindo-se a Bolsonaro e a Lula.

 

Na parte final da entrevista, o ex-juiz respondeu genericamente sobre seus planos para controlar o preço dos combustíveis. Segundo ele, é preciso fazer isso com "as políticas econômicas certas". Moro disse ainda que uma das causas do aumento dos preços é a inflação e isso é responsabilidade do governo.

 

Ele também respondeu sobre mineração e exploração econômica em terras indígenas. Afirmou que no período em que foi ministro percebeu que há situações diferentes entre os indígenas, como os que vivem isolados e os que desejam ter atividades econômicas.

 

Para Moro, é preciso ter amparo e soluções para cada situação.

 

Apesar de admitir a candidatura, o ex-juiz prega o diálogo com outros líderes políticos para encontrar pontos em comum. "Essa união tem que ser em cima de um projeto", defendeu, afirmando que é preciso "colocar o Brasil nos trilhos".

 

Pouco depois de sua filiação ao Podemos, na quarta-feira (10), Moro se encontrou com o presidente do DEM, ACM Neto, e discutiu o apoio do partido à sua empreitada eleitoral.

 

Assim como fez no ato de sua filiação partidária, Moro defendeu o legado da Lava Jato na entrevista para o jornalista Pedro Bial e repetiu críticas a Bolsonaro e Lula.

 

Sobre o presidente da República, reafirmou que Bolsonaro boicotou o projeto de combate à corrupção que teria sido o motivo para ele aceitar ser ministro da Justiça.

 

Em relação a Lula, negou ter questões pessoais contra o ex-presidente e garantiu que agiu apenas como juiz que aplica a lei nos processos que envolviam o petista.

 

"Durante o governo dele aconteceram os maiores escândalos, como o mensalão e o Petrolão", disse. "A Petrobras foi saqueada como nunca antes nesse país."

 

Juiz da Lava Jato, Moro abandonou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, com quem se desentendeu -isso motivou seu pedido de demissão em abril do ano passado.

 

Neste ano, Moro sofreu uma dura derrota no STF (Supremo Tribunal Federal), que o considerou parcial nas ações em que atuou como juiz federal contra o ex-presidente Lula (PT). Com isso, foram anuladas ações dos casos tríplex, sítio de Atibaia e Instituto Lula.

 

Diferentes pontos levantados pela defesa de Lula levaram à declaração de parcialidade de Moro, como condução coercitiva sem prévia intimação para oitiva, interceptações telefônicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas e divulgação de grampos.

 

A posse de Moro como ministro de Bolsonaro também pesou, assim como os diálogos entre integrantes da Lava Jato obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros veículos de imprensa, como a Folha, que expuseram a proximidade entre Moro e os procuradores da Lava Jato.

 

Em resumo, no contato com os procuradores, Moro indicou testemunha que poderia colaborar para a apuração sobre Lula, orientou a inclusão de prova contra um réu em denúncia que já havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, sugeriu alterar a ordem de fases da operação Lava Jato e antecipou ao menos uma decisão judicial.

 

Moro sempre repetiu que não reconhece a autenticidade das mensagens, mas que, se verdadeiras, não contêm ilegalidades.

 

Na entrevista a Bial, Moro disse que mudanças recentes de jurisprudência no STF enfraqueceram o combate à corrupção. Ele citou apegos a tecnicismos como causas dessas mudanças, que considera negativas.

 

"A verdade é uma só: mensalão e Petrolão. E agora rachadinha", afirmou, como um bordão de campanha.

 

A entrevista terminou com a repetição de uma pergunta feita por Bial em 2019, quando Moro foi entrevistado no programa, sobre o último livro que havia sido lido pelo ex-juiz. Na ocasião, o então ministro não lembrou.

 

Mais preparado, dessa vez ele citou a obra "O rio da dúvida", sobre uma expedição de Theodore Roosevelt e Cândido Rondon na floresta amazônica.

(FOLHAPRESS)

Quarta-feira, 17 de novembro 2021 às  11:31


 

16 novembro, 2021

SUPREMO AGUARDA A PROPOSTA DO CONGRESSO QUE TORNE TRANSPARENTE O ORÇAMENTO SECRETO


Tão atacados, o Supremo e seus ministros têm enfrentado uma guerra insana para conter absurdos e arroubos antidemocráticos e chamar a Nação à razão. Se a Procuradoria finge que não vê, a Câmara é cúmplice e o STJ vem sendo cooptado, é graças ao Supremo, e também à mídia, que o Brasil não descamba.

 

Por 8 a 2, o Supremo deu um “freio de arrumação” no orçamento secreto revelado e esmiuçado pelo Estadão. A maioria bancou a liminar da ministra Rosa Weber, deu seu recado ao Planalto e ao Congresso e, agora, trabalha por uma saída consensual entre os Poderes.

 

É esperada para esta quarta-feira, 16, uma proposta do Congresso para, ao mesmo tempo, dar uma satisfação às justas críticas de Rosa e contemplar o voto de Gilmar Mendes. Ele explicitou o que a maioria dos ministros acha.

 

Rosa cobrou informações sobre os parlamentares, os valores e o destino das verbas – R$ 18 bilhões em 2021. E suspendeu todas as liberações.

 

O Supremo espera do Congresso uma proposta confirmando o fim do sigilo e abrindo as informações, além de arrumar alternativas para a excrescência de um único parlamentar ter o poder colossal de destinar para quem e para onde vai tanto dinheiro. Ou seja, revendo a “emenda de relator”, ou RP 9.

 

Em contrapartida, o Supremo endossaria a posição de Gilmar Mendes, revendo a suspensão dos recursos. Afinal, nem todos os beneficiários compraram tratores superfaturados em outros Estados, com intenções escusas. Há verbas para hospitais, postos de saúde, escolas, alguns praticamente prontos. É separar o joio do trigo.

 

O timing é fundamental, pois a proposta vai para Rosa, que deve pedir ao plenário para julgar o mérito. O risco é não dar tempo até o fim do mês, comprometendo o Orçamento de 2022 e ampliando a crise na política, na economia, no social e de credibilidade.

 

Se é para apostar, no fim dá certo. No mensalão e no petrolão, o STF foi demonizado pelos petistas e endeusado pelos futuros bolsonaristas. Com o chacoalhão nas condenações do ex-presidente Lula, os ânimos se inverteram: é demonizado por bolsonaristas e endeusado por petistas.

 

Nem uma coisa nem outra e é preciso reconhecer: ninguém está ali por acaso. Nem só por meritocracia, é verdade, mas nem só por jogadas e conveniências políticas. Todos estão por reunir um conjunto de trunfos, competências e circunstâncias. E, apesar dos erros, divergências internas, arroubos verbais, todos têm responsabilidade com suas biografias e o País. Espera-se que até aquele que Jair Bolsonaro chama de “meus 10%”.

*Estadão

Terça-feira, 16 de novembro 2021 às 9:33


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