Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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13 outubro, 2019

Dez mil brasileiros participam da canonização da Irmã Dulce




A Santa Sé estima que em torno de dez mil brasileiros participaram da celebração litúrgica. Entre eles, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffolli.

Além da primeira santa nascida no Brasil, o Papa Francisco também canonizou a italiana Giuseppina Vannini; a suíça Margarida Bays; o inglês John Henry Newman e a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan.
Ao se dirigir à multidão que lotava a Praça São Pedro, o Papa citou trecho do Evangelho de Lucas para destacar a importância da fé e da solidariedade. “Precisamos de ser curados da pouca confiança em nós mesmos, na vida, no futuro; curados de muitos medos; dos vícios de que somos escravos; de tantos fechamentos, dependências e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao celular, à opinião dos outros”, comentou Francisco. “Mas a fé caminhar juntos, jamais sozinhos. Constitui nossa tarefa ocuparmo-nos de quem deixou de caminhar, de quem se extraviou: somos guardiões dos irmãos distantes. Quer crescer na fé? Ocupa-se dum irmão distante”, acrescentou o Papa.

Milagres de Irmã Dulce

Nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, a soteropolitana passa agora a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres, grupo ao qual se dedicou desde o início da adolescência, quando passou a acolher moradores de rua e doentes em sua casa, transformando a residência da família, no bairro de Nazaré, em um centro de atendimento. No processo de sua canonização, dois milagres lhe foram atribuídos.

O maestro soteropolitano José Maurício Moreira é o beneficiário de um deles. Após 14 anos sem enxergar, Moreira recuperou a visão ao pedir ajuda a agora santa Irmã Dulce. Hoje, ele estava na Praça São Pedro, diante do Papa Francisco. Segundo sua esposa, Marize Araújo Jorge de Mendonça, o marido e todo o grupo de fiéis que viajou de Salvador estavam emocionados com o reconhecimento do trabalho assistencial e religioso de Irmã Dulce.

“Ela continua operando milagres todos os dias. Seus milagres continuam acontecendo por meio do acolhimento oferecido a milhares de pessoas necessitadas, desesperadas, seja no Hospital Irmã Dulce, seja em obras como o Centro Educacional Santo Antônio, em Simões Filho”, comentou Marize, referindo-se ao hospital de Salvador onde, segundo ela, são feitos quase três mil atendimentos médicos diários; e à escola da região metropolitana de Salvador onde mais de 700 crianças estudam em período integral.

Ainda emocionada, Marize contou que pediu aos santos para ajudá-la a conter a emoção diante do Papa, que cumprimentou a Moreira e aos outros beneficiários de milagres atribuídos aos cinco beatos santificados hoje. “Foi algo maravilhoso. Faltam-me palavras para descrever todo o encanto e a beleza desta cerimônia”, comentou Marize, chorando ao falar sobre a “felicidade” do Papa na escolha do tema de sua pregação. “Ele foi ultra feliz ao falar sobre a importância da fé, da esperança, em um tempo de tanta desesperança. As pessoas precisam ter fé, tentar não se desesperar diante das atribuições”, comentou, afirmando jamais ter duvidado de que Irmã Dulce seria santificada. (ABr)

Domingo, 13 de outubro ás 14:00

12 outubro, 2019

‘Desafio é tornar permanentes as quedas nos índices de criminalidade’, diz Moro



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a defender o recuo nos crimes ocorridos no Brasil desde o início da sua gestão, citando estatísticas oficiais que revelam queda “significativa” entre os principais tipos de ações criminosas. “Crime cresceu nos últimos 20 anos mesmo em períodos de boa situação econômica. Impunidade segue sendo um grande problema. Grande desafio é tornar permanentes as quedas nos índices de criminalidade. Os números remanescentes ainda são muito ruins”, ponderou Moro.

As declarações foram feitas em painel de abertura no segundo dia do Fórum de Investimentos Brasil 2019. O evento, realizado em São Paulo, é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

O ministro atribuiu a queda na criminalidade a uma série de iniciativas tomadas pelo governo federal, entre eles a criação do banco nacional de perfis genéticos. “O banco genético servirá para cruzamento de dados nas investigações de crimes. Não é uma invenção tupiniquim. Estados Unidos têm banco de dados com cerca de 12 milhões de perfis. No Reino Unido, são 6 milhões”, argumentou Moro.

O ex-juiz também defendeu uma atuação mais presente do governo federal junto aos entes estaduais no combate à criminalidade. “O governo federal não pode ignorar criminalidade na rua, que é responsabilidade da Polícia Militar. Estamos montando força tarefa federal, estadual e municipal em cidades mais violentas”, observou o ministro.

Fim da Lava Jato

O ministro da Justiça admitiu que a Lava Jato acabará em algum momento, porque tem “começo, meio e fim” e “nada dura para sempre”. Para ele, o que está em jogo não é a operação em si, mas, sim, o combate à corrupção como um todo, que, na sua visão, tem de ser tratado como uma questão institucional, uma missão do País, e não de uma de uma força-tarefa. “Meu trabalho na Lava Jato acabou, mas permaneço firme nas minhas crenças”, disse.

A declaração de Moro foi dada no fórum, após o tema ser levantado por um participante da plateia. Moro falava sobre iniciativa para o combate aos crimes cibernéticos, quando uma pessoa perguntou em voz alta: “e a Lava Jato?”. Moro acenou para que a pessoa aguardasse um pouco e, alguns minutos depois, o ministro começou a falar sobre a operação, embora já tivesse feito alguns comentários sobre o tema durante o seu discurso.

“Existem grandes desafios que são permanentes, tanto no avanço contra a corrupção como contra a criminalidade. (Podem achar) que não é tarefa do governo federal, que cabe à Lava Jato, mas temos de avançar de forma institucional, como País, contra a corrupção, contra a criminalidade, que ajuda no ambiente de negócios”, afirmou o ministro.

Moro, então, começou a discorrer sobre direitos humanos, mas, de repente, voltou a falar sobre a Lava Jato, ao afirmar que “precisamos resgatar a autoestima dos brasileiros”. Ele já havia dito no seu discurso que as conquistas da Lava Jato foram boas para resgatar a autoestima do brasileiro. Dessa vez, ele contou de uma pessoa que o encontrou na rua e disse que estava desiludido, mas que a Lava Jato o fez recuperar sua autoestima.

“O que está em jogo não é a Lava Jato, é uma força-tarefa que tem começo, meio e fim, nada dura para sempre, mas não podemos retroceder nesses avanços, virar de costas e incorporar certos discursos, que não fazem sentido”, afirmou. “Há analistas que dizem que a Lava Jato é culpada por problemas econômicos. Ah, pelo amor de Deus. É a velha história de culpar o policial por descobrir o cadáver do assassinato”, disse.

Apesar de ter exaltado a Lava Jato, Moro ressaltou em seguida que seu trabalho na operação “acabou”, mas que ele permanece “firme nas crenças que tinha no passado”. “Precisamos avançar e não retroceder, é um grande desafio, que não pode ser encarado só quando o governo age sozinho, precisamos de apoio de outras instituições e igualmente da sociedade”, disse. “Este é o meu compromisso, estaremos lá sempre, é meu lema no Ministério”, disse o ministro, aplaudido pela plateia.

Pacote ante-crime: 


Moro é recorrentemente citado como potencial candidato à Presidência da República. Ele ganhou notoriedade por ter sido juiz em primeira instância da Lava Jato. Logo após a vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial, em 2018, foi convidado para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Desde então, tem tocado uma agenda de combate à corrupção e à criminalidade violenta, simbolizada pelo pacote anticrime, que tramita no Congresso.

(Estadão Conteúdo )

Sábado, 12 de outubro ás 11:45

11 outubro, 2019

TSE requer linhas que enviaram mensagens em massa nas eleições de 2018



O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, requereu a operadoras de telecomunicações os números de linhas de quatro empresas e seus respectivos sócios. Estas firmas estão sendo investigadas pela denúncia de participação em ações de disparo em massa na plataforma Whatsapp nas eleições de 2018, supostamente beneficiando a candidatura do atual presidente Jair Bolsonaro.

Entre as operadoras de telecomunicações intimadas estão Vivo, Claro, Tim, Oi, Nextel, Algar, Porto Seguro, Datora e Terapar. As companhias de telecomunicações terão três dias para encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral as informações previstas na determinação do ministro.

Em setembro, Mussi havia negado diligências às empresas acusadas de execução do impulsionamento ilegal para apurar a denúncia. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro negou a prática.
No início deste mês, o gerente de políticas públicas e eleições do Whatsapp, Ben Supple, declarou em uma palestra durante o Festival Gabo, na Colômbia, que teria havido disparo em massa nas eleições brasileiras de 2018. “Sabemos que nas eleições do ano passado haviam empresas que mandavam mensagens em grande quantidade, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegar a públicos maiores”, disse o executivo.

Disparos em massa

A decisão faz parte de processo a partir de ação ajuizada pela coligação formada pelos partidos PDT e Avante nas eleições de 2018, então encabeçada pelo candidato Ciro Gomes.

O questionamento judicial cobrava apuração das denúncias de compra ilegal dos envios massivos de mensagens pelo WhatsApp no pleito. A denúncia de que empresas apoiadoras de Bolsonaro teriam contratado firmas de marketing político para realizar disparos em massa utilizando o WhatsApp foi feita ainda durante a campanha, pelo jornal Folha de S. Paulo.

Além do PDT e do Avante, o PT, também havia apresentado denúncia ao TSE cobrando investigação do episódio. A campanha de Bolsonaro à época negou as acusações e qualquer relação com esse tipo de prática. (ABr)

Pacote anticrime: 


Sexta-feira, 11 de outubro ás 18:00