Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

14 junho, 2018

Rússia massacra a Arábia Saudita por 5 a 0 e garante festa da torcida

A Copa do Mundo começou com festa russa em Moscou. Nesta quinta-feira, no estádio Luzhniki, a Rússia fez o que a torcida esperava – pressionou a saída de bola da Arábia Saudita, foi rápida na transição para o ataque e transformou chances criadas em gols para atropelar a adversária por 5 a 0 no jogo de abertura da competição.

Isso será fundamental na difícil missão da equipe no Grupo A do Mundial. Em uma chave que ainda conta com Uruguai e Egito, que jogam nesta sexta-feira em Ecaterimburgo, estrear com vitória era premissa fundamental para alimentar o sonho de tentar avançar para as oitavas de final do torneio.

Logos nos primeiros minutos, a seleção russa cumpriu à risca o que o técnico Stanislav Cherchesov havia pedido aos jogadores na véspera da estreia: dedicação e velocidade na transição para o ataque. Antes mesmo do primeiro gol, a equipe já tinha mais posse de bola e explorava principalmente os lados do campo.

Aos 11 minutos da primeira etapa, a pressão russa surtiu efeito. Após cobrança de escanteio, Golovin recebeu bom passe de Zhirkov na entrada da área pelo lado esquerdo do campo. Quase sem marcação, ele teve tempo de erguer a cabeça e cruzar na segunda trave. Gazinsky subiu mais que o zagueiro, que caiu deitado no gramado no lance, e cabeceou no canto direito, sem chance de defesa para o goleiro Abdullah Almuaiouf.

Aos 14 minutos, o lateral-direito brasileiro naturalizado russo Mário Fernandes recebeu Dzagoev pelo lado direito tocou rasteiro para Smolov, que chutou para o gol, mas foi travado pela zaga. Com isso, a bola subiu e iria cair dentro do gol, mas o goleiro árabe conseguiu espalmar a bola – Mário Fernandes estava impedido no lance, mas o bandeira não paralisou o lance.

Os árabes não conseguiam criar nenhuma jogada de perigo e a Rússia continuava com facilidade para chegar ao ataque. Aos 22 minutos, o atacante Dzagoev, camisa nove da seleção russa, sentiu contusão na coxa esquerda e caiu no gramado. Ele precisou sair do jogo e em seu lugar entrou Cheryshev.

Depois de desperdiçar algumas boas chances, a Rússia chegou ao segundo gol no final do primeiro tempo. Em saída muito rápida pela direita, a defesa da Arábia ficou correndo atrás da bola e não conseguiu impedir que Zobnin carregasse a bola na entrada da área e tocasse para Cheryshev. O camisa seis, que havia entrado no lugar de Dzagoev, cortou dois marcadores com uma “levantadinha” na bola e bateu firme na saída do goleiro para marcar o segundo gol russo no estádio Luzhniki, para festa da torcida.

No segundo tempo, a Arábia Saudita ainda tentou incomodar um pouco o goleiro Akinfeev no começo, mas o último passe sempre saía com defeito. A Rússia, que voltou para segunda etapa até um pouco mais recuada, voltou as e lançar para a frente e as chances de gol para os donos da casa voltaram a surgir.

Em uma delas, aos 22 minutos, Golovin recebeu a bola pelo lado direito do ataque. De novo, como no primeiro gol, a marcação da defesa da Arábia Saudita ficou apenas olhando o russo, que levantou a cabeça e colocou na medida para Dzyuba, que havia acabado de entrar no lugar de Smolov, cabecear com estilo para marcar o terceiro gol da Rússia.

A partir daí, a Rússia passou a se preservar. Seus jogadores trocavam passes mais no meio-campo. A Arábia Saudita, de forma quase infantil, fazia uma marcação homem a homem no campo de ataque russo. O resultado disso é que os jogadores sauditas ficavam literalmente correndo atrás da bola, enquanto os russos trocavam passes de forma tranquila, apenas cadenciando o jogo.

A parte final da partida, com a temperatura já na casa dos 15 graus, mas com sensação térmica de 10 graus, estava apenas servindo para a torcida da Rússia fazer a festa com os jogadores e ampliar o placar para 5 a 0, com dois gols nos descontos. Primeiro, Cheryshev mostrou que queria mais. Ele, que na primeira etapa havia marcado seu primeiro gol com a seleção russa, recebeu boa bola de Dzyba. Com espaço, marcou o seu segundo no jogo, o quarto dos donos da casa em um lindo chute de trivela, com o pé esquerdo, do bico da área, aos 46 minutos da segunda etapa.

Depois, aos 49, a defesa da Arábia Saudita fez uma falta boba na entrada da área. Alexander Golovin cobrou com categoria e marcou o quinto gol dos donos da casa.

No estádio, a celebração foi intensa e a promessa era de que a festa invadirá a noite em Moscou. A Fan Fest na área da Universidade Estatal da cidade teve lotação máxima. O próximo jogo da Rússia será no dia 19, às 15h (horário de Brasília), contra o Egito em São Petersburgo. A Arábia Saudita encara o Uruguai no dia 20, às 12h (horário de Brasília), em Rostov.

No fim, o resultado serviu para mostrar que os donos da casa vão lutar de forma intensa por uma das vagas nas oitavas de final da competição. Bom para a Copa do Mundo, que poderá ver o torcedor russo se animar e, por consequência, pegar gosto pela festa do futebol.

FICHA TÉCNICA

RÚSSIA 5 X 0 ARÁBIA SAUDITA

RÚSSIA – Akinfeev; Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich e Zhirkov; Zobnin, Gazinsky, Samedov (Daler Kuzyaev) e Golovin; Dzagoev (Cheryshev) e Smolov (Artem Dzyuba).

Técnico: Stanislav Cherchesov.

ARÁBIA SAUDITA – Abdullah Almuaiouf; Alburayk, Hawsawi, Othman e Alshahrani; Otayf (Fahad Almuwallad), Alfaraj e Aljassam; Aldawsari, Alsahlawi (Muhannad Asiri) e Alshehri (Fahad Almuwallad). Técnico: Juan Antonio Pizzi.

GOLS – Gazinsky, aos 12, e Cheryshev, aos 43 minutos do primeiro tempo; Dzyuba, aos 22, Cheryshev, aos 46, Golovin, aos 49 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Néstor Pitana (ARG).

CARTÕES AMARELOS – Golovin e Aljassam.

PÚBLICO – 78.011 torcedores.

LOCAL – Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS).

(Estadão Conteúdo)


Quinta-feira, 14 de junho, 2018 ás 14:00

Abertura da Copa na Rússia reúne Robbie Williams, Ronaldo e soprano russa


A abertura da Copa do Mundo da Rússia, antes da partida entre a Rússia e a Arábia Saudita, teve a participação do cantor inglês Robbie Williams, que cantou alguns de seus maiores sucessos. Entre eles, ‘Angels’, que contou com a participação da soprano russa Aida Garifullina.

Ronaldo também foi um dos personagens da abertura, apesar da participação discreta. O camisa 9 três vezes campeão mundial pelo Brasil chutou uma bola, brincou com o mascote da competição — o lobinho Zabivaka — e interagiu com o público.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino, fizeram um breve discurso antes do show e deram boas vindas aos torcedores. (DP)


Quinta-feira, 14 de junho, 2018 ás 13:00

Brasil comemora 60 anos do primeiro título mundial de futebol

No próximo dia 29 de junho o Brasil vai comemorar os 60 anos do seu primeiro título mundial de futebol. Em partida disputada no estádio Rasunda, na Suécia, diante de um público de 49.737 pessoas, a Seleção Brasileira, comandada pelo saudoso treinador Vicente Feola, vencia a Suécia por 5 x 2. Pelé fez dois gols, o saudoso centroavante Vavá fez mais dois e o ponta-esquerda Zagallo fez um gol.

Para esta partida, o técnico Vicente Feola foi obrigado a fazer uma substituição. Na lateral direita, De Sordi, contundido, deu lugar a Djalma Santos, que pela sua única atuação foi eleito o lateral da Copa. A Seleção venceu os donos da casa com a seguinte escalação: Gilmar, Djalma Santos, Orlando Bellini e Nilton Santos; Zito, Didi e Zagallo; Garrincha, Vavá e Pelé.

A Seleção Brasileira disputou todos os jogos anteriores com a camisa amarela, mas na final teve pela frente a Suécia, também amarela. O sorteio determinou que os donos da casa jogariam com a camisa principal. Então, o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, comprou um jogo de camisas azuis na véspera e mandou bordar o escudo da CBD e os números amarelos. No final da partida, já comemorando o título, a seleção brasileira dá a tradicional volta olímpica carregando a bandeira sueca, em homenagem ao país sede.

O estádio Rasunda, inaugurado em 1937, foi um estádio de futebol localizado em Solna, na região metropolitana de Estocolmo, Suécia. No dia 27 de novembro de 2012, 6 mil torcedores entraram em campo e começaram a demolição do estádio de maneira antológica. No mesmo dia, foi substituído pelo novo Friends Arena. Em 1958, na final da Copa do Mundo entre Suécia e Brasil, um então jovem de 17 anos, mostrava ao mundo do futebol, para que veio. Edson Arantes do Nascimento, O Rei Pelé, anotou duas vezes para o Brasil contra os donos da casa.

O jogo disputado em 15 de agosto de 2012, Suécia 0x3 Brasil, foi confirmada como a última partida da seleção sueca no estádio, deixando, assim, de ser a casa seleção local que passando a mandar jogos na Swedbanck Arena.

Confira abaixo o golaço histórico marcado por Pelé contra a Suécia. Se preferir assista ao jogo completo no segundo vídeo.






Quinta-feira, 14 de junho, 2018 ás 08:00

13 junho, 2018

Papa Francisco envia mensagens para Copa do Mundo na Rússia



O Papa Francisco enviou nesta quarta-feira (13/6) uma mensagem aos jogadores e organizadores da Copa do Mundo na Rússia, pedindo que o torneio seja um momento de solidariedade e paz entre as nações, culturas e religiões.

"Amanhã começa a Copa do Mundo de Futebol na Rússia. Desejo enviar a minha cordial saudação aos jogadores e aos organizadores, assim como aos que seguirão pelos meios de comunicação social este evento que ultrapassa qualquer fronteira", disse o Pontífice ao término da audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano. "Que esta importante manifestação esportiva possa se tornar uma ocasião de encontro, de diálogo e de fraternidade entre culturas e religiões diversas, favorecendo a solidariedade e a paz entre as nações", destacou.

O argentino Jorge Mario Bergoglio, eleito Papa em março de 2013, é um torcedor declarado do time do San Lorenzo. Francisco deveria ter recebido a seleção da Argentina na semana passada, ás vésperas da Copa, mas o encontro foi adiado.

Se o papa está feliz e ansioso para a Copa, os brasileiros não estão no mesmo clima. De acordo com pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha, a maioria da população brasileira diz não ter nenhum interesse na Copa do Mundo que será disputada a partir de quinta-feira (14), na Rússia.

Segundo o levantantamento, o desinteresse na Copa do Mundo alcançava 42% dos brasileiros no início deste ano e disparou às vésperas do Mundial, alcançando a marca de 53%. Esta é a primeira vez desde 1994, ano em que o Datafolha começou a fazer pesquisas sobre o tema, em que mais da metade da população demonstra não se interessar pela Copa.

Leia também: Pela primeira vez, maioria dos brasileiros diz não se interessar pela Copa
Antes do início da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil, o índice que mede o desinteresse da população com o evento estava em 36%. Aquela até então era a maior marca já registrada pelo Datafolha às vésperas de um Mundial e era alimentada pelos altos gastos públicos com a construção e reforma de estádios e com a inconclusão de obras de mobilidade prometidas pelo governo. (IG)

Quarta-feira, 13 de junho, 2018 ás 11:00


Nesta quarta-feira, em Moscou, a Fifa anunciou que a candidatura conjunta de EUA, México e Canadá venceu a de Marrocos.


A candidatura tripla recebeu 134 votos, contra 65 de Marrocos. Um voto foi para nenhuma das candidaturas. Sete confederações se declararam impedidas de votar. "O futebol é o único vencedor", bradou Carlos Cordeiro, chefe da delegação dos EUA.

No Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump celebrou a candidatura tripla.

"Os Estados Unidos com o México e Canadá receberão a Copa do Mundo. Parabéns. Um grande acordo para um trabalho duro!"

A CBF votou no Marrocos, contrariando pedido da Conmebol, que havia apoiado os países da América.

Capitaneada pelos EUA, a candidatura tripla promete a maior Copa do Mundo da história em termos de público, quantidade de times e dinheiro ganho. Os pesos econômico e político norte-americanos foram decisivos para convencer os dirigentes da Fifa a lhes dar o Mundial.

Maior economia do mundo, os EUA voltarão a receber a competição após a primeira edição em seu território, em 1994, que foi um sucesso de público. É uma forma de compensar a decepção pela perda de eleição para sede de 2022 para o Qatar em processo cercado de acusações de corrupção. Já o México será o primeiro país a ter jogos de três Mundiais. 

A Copa norte-americana será a primeira garantida com 48 times, um aumento de 50% em relação ao número atual de 32 times. Há uma discussão em relação a ter essa quantidade de seleções em 2022, mas é improvável que isso seja aprovado na Fifa.

Até por isso o presidente da federação internacional, Gianni Infantino, fez campanha nos bastidores pelos norte-americanos, o que lhe gerou críticas dos africanos. O dirigente tinha dois objetivos: garantir que esse novo formato encha os cofres da Fifa como o esperado, e não ter problemas de organização. A candidatura marroquina teve nota 2,7 na avaliação, enquanto a dos americanos, 4.

A promessa da candidatura United, como chamada pelos três países, é de levantar um total de US$ 14 bilhões em receitas. Isso representa mais do que o dobro do que será ganho pela Fifa na Rússia e do que foi obtido no Brasil, entre US$ 5 e 6 bilhões. Há, no entanto, ceticismo no mercado em aumentar neste patamar a receitas, visto que já existem contratos em vigor nas áreas de TV e marketing.

E os gastos com infraestrutura seriam consideravelmente menores do que os realizados por esses dois países. Estão incluídos nos planos da Copa um total de 23 estádios, todos já construídos. Haverá reformas em nove deles apenas. Devem sobrar 16 arenas no corte de seleção.

A média de capacidade de público prevista é 69,261 mil para cada estádio. É bem superior ao que ocorreu no Brasil, onde apenas o Maracanã e o Mané Garrincha tinham a possibilidade de receber público acima desse.(Uol)


Quarta-feira, 13 de junho, 2018 ás 10:00

12 junho, 2018

Acidente com barco turístico mata 11 pessoas em cidade-sede da Copa


Uma colisão entre um catamarã turístico e um rebocador deixou ao menos 11 mortos em Volgogrado, uma das 11 cidades-sede da Copa do Mundo da Rússia. O acidente ocorreu na noite desta segunda (11) no rio Volga e todos os mortos eram russos.
Como ontem foi o Dia da Rússia, feriado nacional, é provável que os passageiros estivessem aproveitando as últimas horas de folga no popular passeio noturno pelo rio.

Volgogrado receberá quatro jogos da primeira fase da Copa, que começa na próxima quinta (14), mas a seleção brasileira não jogará na cidade. O primeiro jogo será entre Tunísia e Inglaterra (18), seguido por Nigéria e Islândia (22), Arábia Saudita e Egito (25) e Japão e Polônia (28).

A cidade, famosa pelo antigo nome de Stalingrado, foi o cenário de uma das maiores e mais violentas batalhas da Segunda Guerra Mundial, na qual o Exército nazista foi derrotado pelos soviéticos, selando o fim do avanço alemão. (Com Folhapress)


Terça-feira, 12 de junho, 2018 ás 17:00

Vettel corneta Copa do Mundo para rebater críticas à Fórmula 1

Uma crítica vem sendo recorrente na Fórmula 1: a falta de emoção durante as corridas. Torcedores e até pilotos se queixaram recentemente da pouca disputa nas últimas etapas. Por conta disso, o alemão Sebastian Vettel, vencedor do GP do Canadá no último domingo (10), resolveu sair em defesa da categoria usando uma comparação com o maior evento de futebol do planeta - a Copa do Mundo, que começa na próxima quinta-feira (14).

"Não sei por que as pessoas são tão míopes. Tivemos sete corridas neste ano. Acho que algumas foram fenomenais, outras foram chatas. A Copa do Mundo está começando e prometo a você que vários jogos não serão tão emocionantes, mas outros serão incríveis", comparou o piloto da Ferrari.

No último fim de semana, Vettel venceu o Grande Prêmio do Canadá liderando de ponta a ponta após largar na pole position. Para muitos fãs, a corrida deixou a desejar. Antes disso, em Mônaco, o espanhol Fernando Alonso declarou que aquela havia sido "a corrida mais chata da história".

Sebastian Vettel, no entanto, não concordou com a opinião dos críticos e disse que a preocupação dos pilotos é se manter na frente durante as corridas, e não competir.

"Não acho que seja justificado criticar as corridas, ou criticar esta corrida. Não sei se foi chato. Do meu ponto de vista, obviamente, estou ocupado dentro do carro, não importa onde eu esteja. Fazemos nosso trabalho dentro do carro e se eu puder competir, vamos competir, mas obviamente nosso trabalho é evitar a competição, desaparecer, ficar na frente, ou não ser ultrapassado", acrescentou.

A Fórmula 1 retorna no dia 24 de junho com o Grande Prêmio da França. Vettel lidera com campeonato com 121 pontos - um à frente do britânico Lewis Hamilton.


Do UOL, em São Paulo/ 12/06/2018 12h28

Sem Fred, seleção faz treino para 4 mil com invasão e histeria por Neymar


A seleção brasileira fez seu primeiro treino em solo russo. Para 4 mil pessoas nas arquibancadas por uma imposição da Fifa, o time de Tite trabalhou no CT em Sochi nesta terça-feira (12) pela manhã e viu uma histeria por Neymar e até mesmo uma invasão de um torcedor em busca de uma selfie.

Dentro de campo, os atletas fizeram uma rotina mais física do que técnica e coletiva. Se reapresentando depois de um dia de folga após a vitória contra a Áustria, o elenco não teve a presença de Fred. Afastado desde o dia 7 após uma entrada de Casemiro, o volante fez trabalho à parte com os fisioterapeutas. Sua volta ainda é incerta.

O Brasil volta a treinar nesta quarta-feira, desta vez, sem a presença de torcida e com pouca abertura para a imprensa. No domingo (17), o time estreia no Mundial, às 15h (de Brasília), contra a Suíça, em Rostov.

Durante toda atividade, Neymar foi o mais ovacionado pela torcida. Em alguns momentos, o público se revezava e gritava também os nomes de Marcelo, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus. Mas a estrela do PSG era o jogador mais visado, inclusive, pela imprensa estrangeira.

Em determinado momento, um torcedor pulou o alambrado e foi em direção dos jogadores. Contido pelos seguranças, ele foi retirado sob aplausos dos torcedores e não desistiu em momento algum de uma selfie ao lado dos atletas. No final, outros também tentaram a "sorte".
Fagner e Philippe Coutinho receberam a tradicional “ovada” de seus companheiros por terem feito aniversário. O lateral comemorou na última segunda, enquanto o meia comemora nesta terça. Na brincadeira, sobrou para Neymar, que também foi atingido por um ovo vindo de Thiago Silva.

Os 4 mil ingressos foram distribuídos principalmente a crianças de escolas da região, mas também pararam na mão de brasileiros que moram no país. A forma com que eles conseguiram ainda é um mistério.

O certo é que eles deram o tom de brasilidade às atividades, com alguns gritos, bandeiras e uma “escola de samba” improvisada com tambores e pandeiros. No banco de reservas, Edu Gaspar, coordenador de seleções, e Rogério Caboclo, futuro presidente da CBF, acompanharam tudo.

Os que ficaram de fora deram um jeito de acompanhar de perto. Um viaduto que não conta nem com calçada, no entorno do estádio, ficou tomado por torcedores. Sob o sol que fazia os termômetros baterem quase 30ºC, eles não arredaram pé até o término das atividades. Os que ficaram até o fim e estavam nas arquibancadas foram presenteados com autógrafos e fotos dos ídolos.

Do UOL, em Sochi (Rússia) 12/06/2018 05h29


11 junho, 2018

Ao menos 75% dos servidores da Eletrobrás devem trabalhar durante paralisação


A Justiça trabalhista determinou que ao menos 75% dos trabalhadores de cada uma das empresas do grupo Eletrobrás deverão trabalhar normalmente caso a paralisação de 72 horas anunciada para começar à zero hora desta segunda (11/6) se concretize

A determinação é do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado. Embora considere legítimo o direito da categoria à greve, o ministro considerou que, dada a essencialidade do serviço, o percentual mínimo proporcional às funções dos empregados deve ser respeitado. Se a decisão for descumprida, as entidades sindicais que representam a categoria poderão ser multadas em até R$ 100 mil diários.

Relator do dissídio coletivo de greve, instaurado na última sexta (8), o ministro Godinho admitiu que o pedido da Eletrobras para que a greve seja considerada abusiva ainda voltará a ser discutido no curso do processo.

“Viés político”

Ao analisar a alegação de que o movimento tem “viés político”, o ministro apontou que, além de observar as diretrizes da Lei de Greve, os profissionais têm interesse legítimo na preservação da empresa, dos postos de trabalho e das condições profissionais e contratuais.

Uma das motivações dos eletricitários ao paralisar as atividades por 72 horas é protestar contra os planos do governo federal de privatizar a estatal.
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) alega que a transferência das distribuidoras de energia do grupo para a iniciativa privada vai resultar no aumento das tarifas de energia elétrica, ameaçando a soberania nacional no planejamento e na operação da matriz energética.

Segundo a FNU, o movimento deve parar, até a 0h desta quarta (13), as áreas administrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia: Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas. De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), os serviços essenciais não serão afetados.

A Eletrobras garantiu que está providenciando as medidas necessárias para assegurar aos empregados que não aderirem à paralisação o livre acesso a seus postos de trabalho.

Privatização

Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) a publicação do edital de privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras.

A intenção do governo é finalizar o processo até 31 de julho, mas uma decisão da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras vai elevar o nível de eficiência e levar dinamismo à empresa.

Atualmente, o governo federal detém 63% do capital total da Eletrobras, sendo 51% da União e outros 12% do BNDESPar. A empresa responde pela gestão de 32% da capacidade de geração de energia instalada no país, atuando na distribuição em seis estados das regiões Norte e Nordeste.

Além disso, o grupo é responsável por 47% das linhas de transmissão de energia do país e possui usinas de vários tipos, como hidrelétricas, eólica, nuclear, solar e termonuclear. (ABr)


Segunda-feira, 11 de junho, 2018 ás 10:00

10 junho, 2018

Partidos ainda não definiram como vão dividir fundo eleitoral entre os candidatos

Nas primeiras eleições majoritárias e proporcionais após a proibição do financiamento empresarial de campanhas, os partidos políticos ainda não definiram de que forma vão dividir os recursos do fundo eleitoral entre os seus candidatos.

Criado no ano passado para regulamentar o repasse de recursos públicos entre as legendas, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha deve ficar em R$ 1,716 bilhão este ano de dinheiro público.

A maior parte é dividida proporcionalmente entre os partidos, levando em conta o número de representantes no Congresso Nacional. Ou seja, as siglas que elegeram o maior número de parlamentares em 2014 – MDB, PT e PSDB – terão direito à maior fatia do bolo. Já o menor percentual, de 0,57%, será destinado aos partidos menores, chamados de nanicos, que ficarão com R$ 980 mil cada.

MDB

Responsável por receber a maior fatia, de R$ 234 milhões, o MDB definirá no fim deste mês os critérios de divisão. Segundo o presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), a Executiva Nacional terá uma reunião no dia 26 de junho para discutir o assunto.

Além do financiamento público, o partido pretende arrecadar doações de forma independente, de pessoas físicas, e por meio da plataforma de financiamento coletivo na internet, conhecida como crowndfunding. De acordo com Romero Jucá, ações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aumentar a arrecadação “não estão no horizonte do partido”, apesar de os recursos serem inferiores aos obtidos em 2014, quando ainda era possível a doação empresarial.

Ele disse que o MDB oferecerá a todos os candidatos uma plataforma para receberem as doações virtuais. “O MDB aposta nesta modalidade. A plataforma está em fase final de elaboração, sendo ativada à medida que os pré-candidatos solicitam, e será apresentada aos candidatos também na reunião da Executiva, dia 26”, afirmou.

PT

Em março deste ano, o PT divulgou uma resolução definindo os critérios e prioridades estratégicas para utilização dos recursos. O partido, que vai contar com R$ 212 milhões do fundo eleitoral, disse que o financiamento público de campanhas é uma bandeira histórica da legenda e defendeu a mobilização da sociedade para obter outras formas de arrecadação.

“Os recursos do fundo eleitoral não serão suficientes para financiar todas as candidaturas no nível que o partido gostaria. Assim, é necessária a formulação de uma política partidária de financiamento transparente e compatível com essa realidade”, avaliou a direção partidária, após reunião da Executiva Nacional da legenda.

Na resolução, o partido informa que “estimulará a busca por financiamento coletivo” de pessoas físicas. A prioridade número um do PT, segundo o documento, é o financiamento da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, seguida eleição de uma “grande bancada” de parlamentares, priorizando os que tentam a reeleição e os que têm “viabilidade eleitoral”. Depois, vêm a campanha para reeleição e eleição de governadores e de bancadas para assembleias legislativas.
PSDB

Por meio de um post em seu site, o PSDB informa que o dia 30 de junho é a data final para definir a forma de distribuição dos recursos. O partido deve receber do fundo R$ 185,8 milhões. Segundo a direção nacional do partido, as arrecadações na internet feitas até o momento foram destinadas à sigla e, a partir de agora, os candidatos passarão a ser habilitados para o recebimento de doações.

“Aguardamos definições de decisões recentes do TSE, como os 30% para mulheres. Após isso, vamos discutir internamente como serão distribuídos recursos que já estavam previstos e aprovados em reunião do mês passado”, informou a legenda, referindo-se à decisão judicial determinando a destinação mínima de 30% do fundo público a campanhas de candidatas.

O PSDB afirmou que apoia e estimula a participação das mulheres nas eleições, mas disse aguardar o detalhamento das decisões “para saber como agir”. “Vamos seguir a legislação aprovada e tentar arrecadar via crowdfunding e outras fontes permitidas por lei”, acrescentaram os dirigentes.

PMB

Admitindo que o baixo montante de recursos irá dificultar o lançamento de candidaturas majoritárias, a presidente do PMB, Suêd Haidar, afirmou à reportagem que o foco será a eleição de mulheres para a Câmara dos Deputados e as assembleias estaduais.

“Vamos dividir esse pouco que temos com as candidaturas femininas. Esse recurso do fundo público nós investiremos nas [campanhas destinadas às] bancadas federal e estaduais”, disse. Suêd Haidar classificou de “injusto” e “danoso” o processo pelo qual o partido vem passando na busca pelos recursos de outro fundo: o partidário, repassado anualmente às siglas.

Após receber a filiação de 24 deputados em 2015, quando teve o registro autorizado pelo TSE, a legenda perdeu esses quadros alguns meses depois, e agora pleiteia na corte uma parte do fundo partidário referente à representação proporcional que tinha na Câmara. “O direito é nosso, na própria legislação eleitoral diz que quando os parlamentares migrassem não levariam o direito de antena nem os recursos”, disse.

Sobre a determinação de 30% dos recursos do fundo eleitoral para as candidaturas femininas, a presidente comemora com ressalvas. Ela diz que o partido sempre foi o que proporcionalmente elegeu o maior número de mulheres.

PSTU

Para a pré-candidata do PSTU à Presidência, Vera Lúcia Salgado, o problema enfrentado pelas siglas pequenas para sustentarem campanhas simboliza a “falta de democracia” nas eleições. “Entendemos que o financiamento de campanha deveria ser público, com o mesmo valor para todos e o mesmo tempo [de rádio e televisão] também”, afirmou à reportagem. Atualmente, as mesmas regras de divisão do fundo eleitoral se aplicam à propaganda gratuita de rádio e TV, distribuindo grande parte do tempo a partidos com representação na Câmara e no Senado.

Segundo Vera Lúcia, de acordo com a divisão atual, a candidatura do partido ao Palácio do Planalto terá direito a apenas três segundos de propaganda. “Pelas condições materiais, além da expressão de pensamento através dos meios de comunicação, já está dado que quem vai ganhar as eleições são aqueles de sempre: é o que tem maior tempo de TV, tem o maior volume de dinheiro para fazer campanha, que por sua vez são os mesmos partidos e os mesmos que estão aí”, criticou.

Sobre a divisão dos recursos, ela disse que a legenda ainda está discutindo o assunto. A pré-candidata afirmou que o PSTU lançará nomes para os governos estaduais e o Senado, além de disputar o cargo de deputados federais e estaduais. (ABr)


Sábado, 09 de junho, 2018 ás 10:45

09 junho, 2018

As reinações de Lula

Mesmo no xilindró, há quase três meses encarcerado, Luiz Inácio Lula da Silva não desiste da fuzarca. Quer visitas, quer passar recados, quer se manter nos holofotes. Recursos pela sobrevivência. E assim tem feito através de mensagens que envia por intermédio de seus estafetas. Dos comentários, a suprema maioria beira o ridículo – quase cômico, não fosse absurdo – e dá o tom de delírio avançado que arrebata o honorável líder petista. Tome-se, por exemplo, a avaliação que ele fez, logo a seguir trombeteada por ninguém menos que seu poste presidencial, Dilma Rousseff, sobre as injunções na política de preços da Petrobras. Avisou Lula estar muito preocupado com o futuro da estatal do petróleo. Logo ele, que junto com a sucessora, anarquizou as tarifas de combustível, praticou populismo rasgado congelando reajustes, pintou e bordou naquela seara, limando de vez a competitividade da empresa? Lula não se condói do que diz? O Petrolão, os dutos de escoamento da propina desavergonhada, a quadrilha de saqueadores que, junto com a sua turba, colocou lá não despertaram sequer uma ruga de preocupação no grande paladino moral. Já os movimentos para resolver uma greve incontrolável, esses são imperdoáveis na visão algo cínica desse mestre das dissimulações. É preciso muito óleo de peroba na cara para encenar tal papel. Lula maneja com destreza a arte de converter eventos, quaisquer que sejam, a seu favor. Com as patacoadas verbais esconde fatos desabonadores e adapta versões para beneficiar a cultuada imagem, que faz de si próprio, de um “salvador”. Não passaria em um detector de mentiras. O loroteiro tentou até pegar carona no movimento dos caminhoneiros falando que, se fosse ele, solto, não haveria desabastecimento. Por trás, incitou a tropa de partidários a promover a paralisação dos petroleiros. A maneira de fazer política que Lula encarna tem na ideia do “quanto pior, melhor” a grande bandeira. Para ele, o avança da algazarra é um benefício. Nada de promover a pacificação. Lula não admite nem mesmo composições. Deseja o poder absoluto. Sonha em resgatar o papel de mandatário para reativar, sem amarras, seus habituais desmandos. Deixou claro que no eixo das candidaturas de esquerda não fechará com ninguém. O pedetista Ciro Gomes até que tentou costurar uma aliança. Em vão. Levou um chega pra lá do demiurgo de Garanhuns. Em seguida, o PT foi orientado a comunicar que estavam suspensos todos os movimentos de acordos eleitorais. A agremiação prefere mesmo o isolamento suicida. A tal ponto que teve o atrevimento de pedir ao TSE o direito de colocar uma espécie de “dublê” nas eventuais sabatinas que venham a ser feitas durante a campanha – já que seu “titular” não poderá participar direto da cadeia. Desfaçatez sem tamanho. O Partido dos Trabalhadores sabe, de antemão, que o nome Lula está definitivamente fora das urnas, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Somente uma reviravolta impensável – por representar uma quebra gritante do primado das regras – mudaria esse status quo. Enquanto isso, os petistas tumultuam o processo com desinformações e artimanhas. Nesse pormenor se esmeram. A última no capítulo dos escárnios foi pedir ao Comitê de Direitos Humanos da ONU que revisse, de forma cautelar, a prisão de Lula por não se tratar – no entender deles – de um criminoso comum. A velha conversa de processo político. O recurso foi finalmente julgado pelo colegiado internacional na semana passada, que rejeitou o pedido, realçando que o devido processo legal foi seguido e que não havia “dano irreparável” à luz dos direitos humanos. A agência da ONU, por mais delirante que tenha sido a opção de consultá-la, figurou como mais um degrau nas reinações de Lula, para quem apelar, procrastinar e reclamar sem fundamento não tem limites.

Carlos José Marques / IstoÉ

Sábado, 09 de junho, 2018 ás 00:05


08 junho, 2018

Ministro do Supremo libera para julgamento ação contra a presidente do PT

O ministro Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou, sexta-feira (8/6), para julgamento a ação penal contra a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) e seu marido, o ex-ministro petista Paulo Bernardo. Ambos são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, na Operação Lava Jato.
Ação será julgada pela Segunda Turma, agora, acabe ao presidente da Turma ministro Ricardo Lewandowski marcar a data do julgamento. O empresário Ernesto Kugler Rodrigues, também será julgado.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os três agindo de “modo livre, consciente e voluntário” pediram e receberam R$ 1 milhão desviado da Petrobras para a campanha de Gleisi.

O valor foi pago em quatro parcelas por meio de empresas de fachada, do doleiro Alberto Youssef, contratadas pela Petrobras e pelas empresas de Rodrigues. O ex-diretor de Abastecimento da petrolífera Paulo Roberto Costa teria sido o responsável por liberar os recursos, em busca de apoio para permanecer no cargo.

Em novembro de 2017, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge pediu a condenação do casal, e o pagamento de R$ 4 milhões como forma de indenização aos cofres públicos. (ABr)


Sexta-feira, 08 de junho, 2018 ás 18:00

Juiz não vê dano moral em reportagem contra a senadora Gleisi Hoffmann

Meios de comunicação só devem indenizar quem se sentir ofendido por suas publicações se "extrapolarem a pauta do interesse social e da verdade dos fatos". Com esse entendimento, o juiz Flávio Fernando Almeida da Fonseca, do 7º Juizado Especial Cível de Brasília, afirmou que não houve dano moral em textos da revista Veja sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

A senadora pediu indenização de R$ 38 mil do jornalista Augusto Nunes. Os motivos foram quatro matérias publicadas no site da Veja, que teriam atacado a política, violando sua honra com “injúrias e calúnias”. Os textos foram assim intitulados: Moro custa muito menos que Gleisi, O besteirol de Gleisi assassina a verdade, Amante quer transferir Amigo da gaiola para um palanque e Gleisi prova que, no Brasil do PT, é o bandido que procura o juiz.

O jornalista e a revista foram representadas no processo pelos advogados Alexandre Fidalgo, Juliana Akel e Guilherme Martins, do Fidalgo Advogados. Na petição, a defesa alegou que Gleisi foi denunciada, em 2016, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e que o que foi descoberto nas investigações deveria vir a público. Afirmou ainda que o termo “amante”, que aparece em uma das matérias, foi retirado do relatório de investigação da Polícia Federal, documento que dizia que a senadora era citada em listas da Odebrecht por esse nome.

Entre outros argumentos, os advogados ressaltam que as reportagens tiveram cunho jornalístico e crítico, e que as expressões utilizadas não poderiam ser analisadas separadamente por perigo de violação à liberdade de imprensa.

O juiz Flávio Fonseca julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais por considerar que os textos têm “algumas insinuações que não constituem ofensa direta à autora, nem possuem o condão de ocasionar dano à sua honra ou imagem”.

Ele reafirmou que é fato público que a senadora fora citada como uma das pessoas que recebiam propina e que, de acordo com a operação “lava jato”, era citada como “amante”. “A designação da autora com esse vocábulo faz uso de ferramenta jornalística para chamar atenção do leitor, porém com base em apelido descoberto durante as investigações”, disse o juiz.

“Tem-se consagrado em nosso ordenamento jurídico e na jurisprudência assentada pelos Tribunais, que só se imputa responsabilidade a meios de comunicação social em casos em que o veículo de comunicação extrapole a pauta estabelecida pelo interesse social da notícia e a verdade dos fatos narrados, o que não se vislumbra no caso em análise”, ressaltou o magistrado ao dizer que as reportagens foram baseadas em informações divulgadas sobre a ação penal na qual a autora é ré no Supremo Tribunal Federal.

“Assim, ausente qualquer fato que deturpe a notícia levada a público acerca do Requerente, não resta configurada a prática de ato ilícito, requisito indispensável à ocorrência do dano moral e, consequentemente, qualquer direito à reparação por prejuízos morais”, afirmou.

A advogada Juliana Akel elogiou a decisão. Disse que ela "prestigiou valores constitucionais de liberdade de informação e bem identificou o exercício lícito da crítica jornalística".

Clique aqui para ler a decisão.
Processo 0711265-11.2018.8.07.0016

Sexta-feira, 08 de junho, 2018 ás 11:00

07 junho, 2018

Presidente da Petrobras diz que estatal vai contribuir com consulta pública da ANP

O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro afirmou nesta quinta-feira (7) que a estatal vai contribuir com a audiência pública da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre os reajustes de preços dos combustíveis. A declaração foi dada na saída do leilão da 4ª Rodada de Partilha do Pré-Sal, no Rio de Janeiro.
Monteiro disse pretende aguardar o resultado da audiência para tomar alguma decisão sobre a atuação comercial da Petrobras.  “A Petrobras vai aguardar o processo da consulta pública, que me parece ter dois pilares claros: liberdade e competição. Então, nós vamos aguardar com calma este processo e vamos contribuir para a consulta”.

Em relação à política de preços, Monteiro ressaltou que a Petrobras hoje pratica reajustes diários, no caso da gasolina, seguindo o padrão de atuação comercial, e por isso mesmo, “a postura da companhia é de aguardar o resultado da consulta e apenas após o resultado, com a qual a gente vai contribuir, a gente vai tomar uma decisão, até porque a companhia não sabe o resultado da pesquisa”.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone também participou do evento e reafirmou que não há e não haverá interferência do governo na formação dos preços dos combustíveis. “Ninguém pensa em intervir, nem intervirá em nada. A formação de preços no país é livre e continuará livre”.

Nesta terça-feira (5), a ANP aprovou a realização da audiência pública com objetivo de ouvir e colher do mercado propostas sobre a periodicidade dos reajustes nos preços dos combustíveis em todo o país. A consulta Pública começa na próxima segunda-feira (11/6) e vai até o dia 2 de julho. (ABr)


Quinta-feira, 07 de junho, 2018 ás 18:00

STJ autoriza apreensão de CNH de condutores inadimplentes

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou, na terça (5/6), a apreensão da carteira de motorista (CNH), como medida para forçar condutores a regularizar débitos.

Os ministros analisaram o habeas corpus de um cidadão inadimplente, que teve o passaporte e a CNH suspensas por dever R$ 16.853,10. O réu afirmou que o recolhimento dos documentos “ofende sua liberdade de locomoção, coagindo ilegalmente sua liberdade de ir e vir”.
Mas o ministro Luís Felipe Salomão afirmou que as medidas são importantes para possibilitar a execução de decisões. Porém, destacou que as determinações não podem ferir direitos como a liberdade de deslocamento.

A Quarta Turma do STJ rejeitou autorizar o recolhimento do passaporte por julgar que a decisão viola o direito de ir e vir.

O ministro Salomão alegou que a apreensão do passaporte é ilegal, pois restringe o deslocamento. E concluiu que a carteira de motorista poderia ser recolhida, porque não proíbe o direito de ir e vir do cidadão.

“Inquestionavelmente, com a decretação da medida, segue o detentor da habilitação com capacidade de ir e vir, para todo e qualquer lugar, desde que não o faça como condutor do veículo’, disse o ministro. (ABr)


Quinta-feira, 07 de junho, 2018 ás 11:00

06 junho, 2018

Temer chama de ‘ficção policial’ indícios de mesada nos anos 1990

Na tarde desta quarta-feira (6) por meio de nota, a presidência da República afirmou que a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a suposta mesada de R$ 340 mil paga ao presidente Michel Temer na década de 90, “entrou no terreno da ficção  policial”.

A PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre indícios de que empresas portuárias, entre elas a Rodrimar, no fim da década de 1990, pagavam uma espécie de mesada, no valor de R$ 340 mil, ao presidente Temer. No pedido feito no dia 15 de março, o delegado federal Cleyber Lopes cita uma planilha com pagamentos e siglas, sendo assim “MT” seria Michel Temer, “MA” Marcelo Azeredo, indicação de Temer para comandar a estatal que administra o Porto de Santos a  Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a letra “L”, que seria de Lima, João Batista de Lima Filho, o amigo de Temer, coronel aposentado da Polícia Militar e sócio da empresa Argeplan. A informação é do G1.

O presidente Temer tem reclamado do vazamento sistemático de acusações contra ele, no curso desse inquérito, com o objetivo de firmar a impressão de que ele é culpado.

Sobre a planilha, a nota afirma que “seu uso produz um fantasioso cenário de reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas uma imensa farsa”.

Inquérito dos Portos

Tanto o presidente Temer como dirigentes da Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, são investigados no inquérito dos Portos que apura se Temer favoreceu empresas portuárias com a edição de um decreto em 2017, em troca de propina.


Nota à imprensa:

A investigação da Polícia Federal sobre o suposto benefício do presidente Michel Temer ao grupo empresarial Rodrimar entrou no terreno da ficção policial. Isso porque, na verdade, o decreto dos portos não trouxe nada em favor da empresa. Sem fatos novos ou provas, delegado tenta reabrir investigação já arquivada duas vezes pela Justiça por falta de provas.
Usa agora planilha encontrada nesses arquivos.  E com base  neste  documento produz um fantasioso cenário de reconstrução arqueológica,  mas está alimentando apenas uma imensa farsa.

Tal planilha já foi renegada pela pessoa que acabou, involuntariamente, anexando esse papel, sem origem e sem autor, a processo de separação.

“Para não deixar dúvida em relação ao histórico contido na peça inicial daquela ação, a qual eu  não  subscrevi,  esclareço  que  os  documentos  mencionados nela não foram tirados do computador pessoal de meu ex-namorado,  o  senhor  Marcelo  Azeredo,  mas  sim  chegaram-me  às  mãos  anonimamente,  em  envelope  fechado,  sem  identificação  do  remetente.

Entreguei os tais documentos aos meus ex-advogados para simples análise e não para serem utilizados, já que não tinha certeza nenhuma da verdade do seu conteúdo e  da sua origem”, escreveu Érika Santos em 2001, em  documento oficialmente anexado ao inquérito.

Passados 17 anos, ela  concedeu  entrevista  à  revista  Veja.  E disse o  seguinte: “Veja – Depois de entregar a planilha à Justiça, a senhora acabou  fazendo um acordo extrajudicial com seu ex-marido e desistiu do processo.

Quais foram os termos do acordo?

ES – Não fui eu que entreguei aquela planilha.

Veja – Os seus advogados  daquela  época  disseram  que  foi  a  senhora  que  entregou a planilha…

ES – Imagina, eu não estava no Brasil.  Eu  estava  em  Los  Angeles.  Esse advogado entregou esse material sem a minha assinatura.  Por isso é que, depois, retirei a ação.  Eu não sei onde ele arrumou  aqueles  documentos.

Alguém deve ter pago a ele. Não fui eu.  Ele que montou um monte de documentos. Ele fez uma ação para me incriminar. Só me prejudicou”.

Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno do Projac, a maior fábrica de ficções do país.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (ABr)


Quarta-feira, 06 de junho, 2018 ás 18:00

STF julga validade do voto impresso e suspensão de condução coercitiva

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta (6) um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para revogar o uso do voto impresso nas eleições de outubro. Também está na pauta de julgamento a validade da decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a decretação de condução coercitiva para levar investigados a interrogatório. A sessão deve começar às 9h.

Na ação que trata da condução coercitiva, Mendes atendeu, em dezembro do ano passado, a pedidos feitos em duas ações por descumprimento de preceito fundamental (ADPF) protocoladas pelo PT e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), após o juiz federal Sérgio Moro ter autorizado a condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Lava Jato.

As entidades alegaram que a condução coercitiva de investigados não é compatível com a liberdade de ir e vir garantida pela Constituição.

Ao impedir temporariamente juízes de todo o país de autorizar as conduções, Gilmar Mendes entendeu que o acusado não pode ser obrigado a prestar depoimento perante a Justiça.
“A condução coercitiva para interrogatório representa uma restrição da liberdade de locomoção e da presunção de não culpabilidade, para a presença em um ato ao qual o investigado não é obrigado a comparecer. Daí sua incompatibilidade com a Constituição Federal”, argumentou Mendes.

Voto impresso

Na ação que trata da validade do voto impresso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, autora da ação direta de inconstitucionalidade (ADI), sustenta que o voto impresso “causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes e prejudicará a celeridade do processo eleitoral”, sendo inconstitucional também por ter o potencial de comprometer o sigilo do voto.

Ela pediu uma liminar (decisão provisória) urgente para revogar a implementação do voto impresso, previsto na Lei 13.650/2015 (minirreforma eleitoral).

Desde 2015, a lei prevê que o voto impresso seja 100% implementado nas eleições deste ano, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ao Congresso, com anuência do Tribunal de Contas da União (TCU), não ter condições técnicas nem dispor em orçamento dos R$ 2 bilhões previstos para isso. O TSE assinou, em 30 de abril, um contrato de R$ 57 milhões para instalar impressoras em apenas 30 mil urnas eletrônicas, 5% do total.

A adoção do voto eletrônico teve início no Brasil nas eleições de 1996, quando 35% das urnas foram informatizadas. Desde o ano 2000, todas as urnas são eletrônicas, sem impressão do voto. (ABr)


Quarta-feira, 06 de junho, 2018 ás 10:30