Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

Mostrando postagens com marcador inteferencia na PF. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inteferencia na PF. Mostrar todas as postagens

15 dezembro, 2021

O COISO CONSEGUIU TRANSFORMAR O PAÍS NUMA DESORIENTAÇÃO QUASE ABSOLUTA

 

O período Jair Bolsonaro na história do Brasil, iniciado em 2019, no final deste ano já provocou uma desordem compulsiva e uma desorientação geral que atinge quase todos os setores da administração federal e dos próprios Poderes institucionais.

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, reportagem de Mariana Muniz, André de Souza e Aguirre Talento, O Globo, pediu ao Supremo Tribunal Federal que revogue o inquérito aberto pelo ministro Alexandre de Moraes contra o presidente da República por ter ele gravado um vídeo no qual, baseado numa informação fantasiosa, apontou a vacinação contra a Covid-19 como um caminho para conduzir a proliferação do HIV.

 

A informação foi atribuída a uma publicação inglesa, mas o governo do país, como é lógico, desmentiu totalmente a fonte e o conteúdo da matéria. Foi um gesto público do presidente Bolsonaro. Não se sabe como Augusto Aras encontrou argumentos para pedir a suspensão do inquérito.

 

Os processos são suspensos, quer dizer, os acusados não se defendem, as procuradorias e o STJ anulam as provas, considerando as investigações ilegítimas. Agora, no caso da Aids, a mesma coisa.  O presidente sequer se retrata publicamente pela posição anti-vacina que mais uma vez assumiu. O procurador-geral da República age como se fosse advogado do chefe do Executivo.

 

Na Folha de S. Paulo desta terça-feira, Ranier Bragon e Camila Mattoso destacam que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, está se negando a revelar quais deputados votaram remotamente para aprovar a PEC que aplica o calote no caso dos precatórios. Ele infringiu duplamente a lei: sonegou a informação e não explicou por qual motivo aceitou o voto remoto se a sessão em que estava na pauta a emenda constitucional dos precatórios, embora presencial, incorporou o voto remoto.

 

Além disso, como já escrevi, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e Arthur Lira, presidente da Câmara, aceitaram o absurdo de fatiar por parcelas o texto da PEC dos Precatórios. Um absurdo que esvazia qualquer impulso favorável à candidatura de Pacheco à sucessão presidencial de 2022.

 

Manoel Ventura em O Globo e Maria Sabino no Estado de S. Paulo focalizam a decisão do governo de autorizar às distribuidoras de energia elétrica a contratarem créditos bancários de até R$ 15 bilhões para cobrir supostos prejuízos que tiveram na fase de escassez de energia hidrelétrica, substituída pela contratação de energia termelétrica, mais cara.

 

O absurdo é absoluto. Em primeiro lugar, os consumidores de todo o país, incluindo indústrias, comércio e residências (são cerca de 45 milhões de residências) já pagaram aumento em consequência do uso de bandeiras que implantaram custos adicionais nas contas dos últimos meses.

 

Mas a questão não termina aqui. O imbróglio assume dimensão colossal quando se descobre que os empréstimos bancários serão pagos por todos nós, contribuintes, além das indústrias, comércio e serviços.

 

Se o governo autorizou as distribuidoras a contratarem empréstimos, assumindo a condição de avalista, não faz o menor sentido que esse mesmo governo transfira o pagamento dos empréstimos que ele autorizou para nós. A Medida Provisória já foi publicada e tem o endosso do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Francamente, não é possível levarmos a sério um governo assim.

 

*Tribuna da Internet

Quarta-feira, 15 de dezembro 2021 às 12:07